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Eros saiu batendo o pé, indo o mais longe possível de Yanka.

Perguntas rodeavam sua cabeça sem parar e ele tinha vontade de gritar de frustração. Quando achara que começara a entender o que estava acontecendo, parecia que as respostas estavam mais inalcançáveis ainda e com toda certeza Yanka não estava ajudava.

"Se ao menos você estivesse aqui, mãe", Ele pensou, desesperado, "Ao menos eu saberia o que está acontecendo".

Bufando, ele virou uma esquina e voltou na mesma hora, colando o corpo na parede.

Espiou no cantinho da parede e visualizou Ícaro e Alexander no meio de uma discussão com um integrante da tribo Saqua. O homem olhou para os lados furtivamente e entregou um frasco transparente, cheio de um pó branco.

O homem saiu na direção oposta à de Eros, e ele ouviu seus soldados conversando:

- Acha mesmo que isso fará efeito?

- Não sei. Não pareceu que dá outra vez fez o efeito que deveria, não é mesmo?

Alexander, o mais baixo, balançou a cabeça, parecendo contrariado.

- Tantas moedas gastas para o homem se levantar como se tivesse ressuscitado. E tudo por culpa dele...

Eros enrolou as mãos em punho, o coração acelerado. Então o motivo pelo qual ele quase morrera fora seus próprios homens. Eles o envenenaram.

Ele deu um passo para sair de seu esconderijo e exigir que se explicassem, mas foi puxado de volta. Yanka o pressionou contra a parede, um dedo nos lábios.

Eros tentou se desvencilhar dela, mas Yanka o imobilizou dolorosamente, e se ele se livrasse dela, só a machucaria.

- Me solte – Ele rosnou quando escutou seus homens caminhando para longe.

Yanka espiou para dentro do corredor e o soltou.

Eros virou a cabeça para longe dela.

- Não se meta nisso. - E tentou caminhar para longe, mas ela o puxou. O sentido de urgência em seus olhos fez ele parar.

- Estou desconfiada dos dois há um tempo.

- E por que não me contou?! - Eros estava realmente bravo com ela, em ponto de explodir. - Eles tentaram me matar, sabia?

Ela deu tapa forte no seu peito.

- Porque você sempre grita comigo quando quero falar algo importante, seu babaca. - Ela o puxou para longe do corredor. - Grita e sai pisando duro, fazendo um show de drama.

Ele a acompanhou, de má vontade.

- Você não me fala nada.

- Vou falar, bunda mole.

- Não me chame assim – Ele a puxou de volta, mas ela continuou arrastando-o.

- Vou continuar chamando enquanto você se comportar assim.

- E para onde está me levando?!

- Vou te jogar nas águas de novo se continuar com essa merda, Eros.

- Me jogue então!

- Não me teste!

- Socorro – Ele gritou, despertando a atenção de algumas pessoas. - Essa mulher maluca está tentando me matar!

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- Uau. - Eros olhou ao redor. Estavam em uma caverna, nos limites da montanha. Pequenos furos no teto acima lançavam fachos de luz nas dezenas de flores do deserto que se espalhavam pelo chão, um mosaico de flores maduras vermelhas e jovens, amarelas e laranjas.

O despertar de CatiOnde histórias criam vida. Descubra agora