Impossível

Un paso de cada vez

Flashback Valentina Carvajal

6 Meses após a morte da Lupe

Após a morte da Lupita, Juliana se isolou não queria comer não queria conversar não queria fazer absolutamente nada, eu via em seu olhar um ódio, ódio de todo mundo e eu entendia, todo mundo que ela acreditou que a amava tinham a enganado e usado, não tinha como eu não entender.

Me machucou um pouco o fato dela ter feito descaso comigo mesmo que sem querer pelo fato dela achar que eu também estava envolvida com isso, mas isso não aconteceria eu a amava, eu amava ela inteiramente chegava a ser absurdo o quanto que eu pensava nela o quanto eu queria proteger ela.

Demorou alguns meses e ela voltou a sorrir mesmo que pouco voltou a conversar comigo, ela se mudou para um apartamento longe de onde estava morando com seus pais, Chino estava foragido e não se tinha informação alguma dele, Guilhermo foi preso por ser cúmplice, o que me feriu de uma forma absurda imaginar que tudo que ele falou como ele agiu e foi aberto comigo e eu via sinceridade era tudo mentira, era mentira que ele apoiava nós, era mentira tudo e aquilo acabou comigo.

Eu não queria e eu nem tinha tempo de pensar o quão ferida eu estava, pois, eu tinha Juliana e eu queria e eu precisava cuidar dela, mesmo ela me pedindo para ir embora e viver minha vida, mesmo ela dizendo que o que estávamos sentindo uma pela outra foi tudo armação, e era tudo mentira, mas eu não tinha forças para deixar ela sozinha e eu não queria, eu amava ela e eu a protegeria.

Juliana aos poucos tentava voltar a sua rotina, mas toda vez que ela conseguia, algo fazia lembrar da morte da sua mãe, ou os jornais ou a impressa que tinha descoberto onde ela estava morando e sempre aparecia querendo saber se ela tinha participado de todo aquela armação, e se ela sabia onde chino estava. Ela voltou a confiar em mim, voltou a acreditar que eu estava ali por ela e que em nenhuma fração eu pensaria em magoar ela e a enganar quanto ao que eu sentia.

- Come, fiz uma quesadilla para você, sei que você gosta. - Falo para Juliana que acabou de aparecer na cozinha somente de calcinha e camisa, linda.

- Obrigada, mas eu estou sem fome. - Ela fala sentando na cadeira sobre uma de suas pernas, e amarrando seu cabelo que insistia em se soltar do coque.

- Você precisa comer, sei que quando eu não venho aqui você não come, por favor come e vê se ficou bom. - Falo olhando para ela com cara de cão que caiu da mudança. Ela da de ombros.

- Wow, está muy saboroso! - Ela fala com a boca um pouco cheia, sujando o canto da boca, me sinto feliz por aquilo feliz por ela comer e até pelo mínimo sorriso que ela deu após eu limpar o canto da sua boca. - Sei que está sendo uns meses difíceis, me desculpa por estar assim eu estou tentando, me desculpa por duvidar de você no começo eu estava me sentindo enganada por todo mundo, mas obrigada por ficar e não desistir de mim. - Ela fala segurando a minha mão e aquilo acabou comigo sem ao menos nem perceber que já estava chorando.

- Eu te amo Juliana, e eu não vou desistir de você, nunca. - Falo beijando a sua mão que acariciava a minha.

- Eu também te amo, mas eu espero que você tenha paciência comigo, sei que você também está passando por muitas coisas, me desculpa por não estar bem para te ajudar. - Juliana fala limpando o canto da boca e segurando a minha mão. - Eu te amo Valentina e eu nunca vou esquecer de tudo que você fez e está fazendo por mim. - Ela fala novamente e limpa uma lágrima que caiu no canto do seu olho.

O que deveria ser apenas um café tranquilo não foi não tranquilo assim, ver ela triste daquele jeito me deixava indefesa eu simplesmente só queria tirar aquela dor dela fazer ela ficar bem, mas o tempo podia fazer isso, e eu ficaria ali o tempo que fosse necessário para ter a minha Juliana de volta, a Juliana brava, engraçada que ria de piadas extremamente ruins que eu fazia, a Juliana safada que eu amava mais que tudo, aquela Juliana feliz.