Efecto Mariposa Part.2

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Juliana Valdes ~ Punto de Vista

Depois que o rapaz deixou as coisas ali a Valentina parecia um pouco aérea, ela não parecia esta muito bem, o que me deixou um pouco preocupada.

- Você esta bem? Aconteceu algo? - Pergunto-lhe enquanto ela nos servia.

- Sim, esta tudo bem Juls, só achei uma coisa estranha, mas deve ser coisa da minha cabeça. - Ela fala enquanto me olhava agora com um semblante ainda mais preocupada.

- Me conta, o que houve? - Falo puxando ela pelo braço e sentando na cama.

- O garoto que veio entregar nossa comida perguntou se éramos a "Juliana e a Valentina", e isso não deveria acontecer eles apenas entregam as coisas com a numeração do quarto e não pelo nome dos hóspedes. - Ela fala e agora eu me sinto aflita. - Penso que deveríamos ir para outro lugar. - Valentina fala novamente.

- Supõe que pode ser o Chino? - Pergunto para Valentina, e ela concorda com a cabeça. - Ok então vamos arrumar nossas coisas e procurar outro lugar para ficarmos. - Falo pegando a minha mala e colocando as minhas coisas ali e Valentina fazia a mesma coisa, ela parecia muito aflita e aquilo me machucava, pois era alguém da minha família, uma pessoa da minha família que não deixava eu viver a minha vida em paz com a mulher que eu amo.

- Vale, vai ficar tudo bem eu prometo. - Falo indo abraçá-la e eu sinto que ela estava prestes a chorar. - Ei eu prometo vamos ficar bem.

- Eu não posso te perder Juliana. - Ela fala com a voz de choro e eu não aguento, eu não aguentava mais aquilo eu não aguentava o fato de termos sido feliz por dois anos e não saber notícia alguma dele, e agora que estávamos em uma nova fase da nova vida ele querer tirar a nossa paz.

Valentina Carvajal - Punto de Vista

Após arrumarmos nossas coisas, Juliana pediu um táxi e reservou um hotel um pouco distante de onde estávamos, isso fez com que eu ficasse um pouco mais tranquila, mas ainda sim, aquela sensação de angústia permanência em mim. Juliana a todo momento estava ao meu lado segurando minha mão ou apenas me olhando tentando de alguma forma ler meus pensamentos, ela sabia que eu não estava bem e com isso ela também acabava por não ficar bem.

- Se sente um pouco melhor? - Juliana pergunta ao sairmos do táxi.

- Um pouco, ainda estou preocupada com tudo isso, com você e conosco. - Respondo para ela de forma sincera, ela segura em minha mão e para na minha frente.

- Eu não vou a lugar algum estou aqui e vou cuidar de você. - Juliana fala levando minha mão até sua boca onde da, um beijo nela. - O que você acha da gente dar uma volta, não viemos aqui apenas para ficarmos no quarto. - Juliana fala novamente indo até à recepção e pegando nossos cartões do quarto.

- Ok, mas vamos levar alguns seguranças ok? - Falo seguindo ela até o elevador, e ela apenas concorda com a cabeça.

Chegamos no quarto com nossas coisas, apenas as deixamos lá e pegamos mais algumas coisas e saímos, eu não estava com uma sensação boa, porém Juliana tinha razão, não viemos para ficarmos presa no quarto por medo.

...

Acrópole de Atenas

Fomos com alguns seguranças, porém não queríamos chamar atenção das pessoas que tinha ali, então alguns ficavam mais espalhados pelo local, o lugar era lindo, e apesar de a estrutura estar com modificações devido a milhares de décadas assim sim, era lindo, aqueles monumentos muito bem conservado, olhei para Juliana e ela parecia hipnotizada e não era para menos.

- Tira uma foto minha aqui Vale. - Juliana falou enquanto me entregava seu celular e ia andando para eu tirar uma foto sua, e nossa como ela é linda, como eu me sentia sortuda por ter ela ao meu lado.

Foram coisas de dois segundos, dois segundos que eu fui verificar como a foto ficou e ela já não estava mais ali.

- Juliana... - Gritei assustando algumas pessoas.

- Senhora Valentina está tudo bem? - Romero, meu segurança chega correndo até mim.

- Não, me ajude a procurar a Juliana. - Falo e guardo seu celular e começo a andar pelo monumento, o que eu estava mais correndo do que andando.

- Julianaaa... - Gritei novamente e nada. Sinto o celular dela vibrando no bolso da minha calça, mostrava ser um número desconhecido.

- Oi, fiquei sabendo que se casaram e nem me chamaram, fico chateado com isso. - Era Chino, eu conhecia a sua voz e eu conseguir sentir o seu sarcasmo pelo telefone, ele me dava nojo.

- Onde está ela Chino? Deixa eu falar com ela! - Falo gritando e com raiva, como eu odiava ele.

- Calma, sabe onde fica o teatro, no lado sul da acrópole, não estou brincando Valentina, então acho bom que você venha sem seus seguranças, te vejo em 15 minutos. - Ele fala e desliga, começo a me tremer e pensar em algo rápido o suficiente para que eu e Juliana saíssemos de lá em segurança.

...

Canto Boêmio

Talvez eu não deveria estar ali, sim, talvez, mas se eu não fosse o que seria de mim sem Juliana, o que eu faria se não tivesse ela, ok, talvez isso seja uma forma exagerada de pensar, mas no momento eu não estava conseguindo pensar direito, queria apenas Juliana ao meu lado e acabar com a vida daquele ser desprezível.

O lugar estava vazio, e estava muito frio, eu conseguia ouvir o meu coração batendo tão rápido e forte, que eu pensava que a qualquer momento eu poderia ter síncope ou uma parada cardíaca, seja o que for que acontecesse eu tiraria a Juliana dali.

- Juliana. - Falo alto ouvindo o eco por todo o lugar.

- Olha só Juliana, ela é obediente, entendi o motivo de você ter se apaixonado por ela. - Chino aparece em um dos pilares na parte de cima do teatro, segurando a Juliana pelo braço, enquanto apontava uma arma em direção a sua cabeça, Juliana parecia estar com medo, porém ela não daria essa satisfação a ele.

- Você não deveria ter vindo aqui Valentina. - Juliana fala com um pesar em sua voz, vou ao encontro deles esperando e torcendo para que ele, simplesmente largasse ela.

- Larga ela Chino, você quer dinheiro? Eu te dou apenas larga ela e some da nossa vida. - Falo com raiva e também com medo, não queria desafiá-lo eu vi o que ele consegue fazer, sei até onde ele pode ir.

- Não quero dinheiro. Valentina, isso eu já tenho, eu quero que sua família sofra, quero que todos vocês morram. - Chino fala e aponta a arma em minha direção, eu não tive reação apenas congelei não conseguia pensar não conseguia nem respirar, e foi ali que eu soube que iria morrer.

- Eu te amo. - Falo baixo apenas para que Juliana lesse meus lábios.

- Não Chino, você não pode tirar ela de mim. - Juliana fala e parte para cima do Chino, ele era mais forte que ela, eu tive medo, medo por ela, eu simplesmente fui para cima dele tentando tirar a arma de sua mão, Juliana tentava o afastar de mim.

- Valentina, sai daqui, ele quer matar você. - Juliana grita em minha direção e eu me assusto, eu não iria deixar ela ali com ele.

- Eu não vou te deixar aqui. - Falo para Juliana, minha visão fica turva, sinto meu coração dispara, ouvimos um barulho muito alto, não conseguia identificar o que era, logo após isso sinto um impacto no meu estomago, e minha barriga queimando, ouço a voz da Juliana vindo em minha direção. - Valentina. - Juliana grita.

- Ajudem ela. Valentina, estou aqui vai ficar tudo bem. - Juliana fala pressionando algo contra minha barriga.

- O que aconteceu? Cadê ele? - Falo tentando formular algo e tentar entender o que aconteceu.

- Romero, ele apareceu e o Chino se desequilibrou e caiu lá embaixo, mas a arma dele disparou e acertou a sua barriga, mas está tudo bem vamos te tirar daqui. - Juliana fala e então vejo a sua mão coberta de sangue.

Talvez, esse não foi o final que nos esperávamos, mas talvez tenha sido esse o melhor que poderíamos ter.

...

N/a: Até o próximo e ultimo, beijos :))

ImpossívelOnde histórias criam vida. Descubra agora