Rose Dans Le Crâne

Capítulo- 2

Nada melhor do que um baile de máscaras para seduzir um homem, já dizia minha avó a anos atrás. Enquanto lavava a louça da minha casa, como faço em todas minhas as tardes, acabei planejando todo um plano.

Número 1: Não se apaixonar
Número 2: Conseguir a aliança entre as gangues e depois terminar tudo.
Número três: Não foder o plano número um.
Número 3: instigar a curiosidade dele sobre mim

Acabei por decidir não ir com o majestoso vestido da cor creme ao baile. Afinal, pela manhã quando bati o olho no vestido com a saia verde cor de rubi e o busto todo em renda da cor preta, não pude resistir e acabei por me apaixonar pela peça. Fora a linda fenda que tem na saia, que deixaria minha perna amostra.

Ao finalmente pegar o celular para checar as horas, dou me conta que já está em meu horário. Subo as escadas as pressas como sempre e tomo um banho bem demorado, já que pela manhã já tinha feito meu cabelo o cabelo, não teria que me preocupar, minhas ondas negras estavam perfeitamente alinhadas. Passo o vestido pelo meu corpo, as tatuagens que cobrem os meus braços ganhavam um belo destaque, me senti tão linda. Amo quando minhas tatuagens ficam aparentes, é um detalhe importante para mim.

— Aly, amarra minha gravata, por favor?— Angelina usava terninhos bem poderosos, se sentia uma criança linda, e nas palavras dela "Dá para esconder bem mais facas". Eu diria que minha irmã é uma mini chefinha

— Claro, vem cá!— Faço um nó para prender o tecido no lugar e logo a menina se distância para me analisar com maior atenção. Minha irmã tinha o mesmo olhar de meu pai, analisava tudo e a todos aos mínimos dos mínimos detalhes

— Coloque a gargantilha de rubi. Você está linda, magrela!— De fato faltava algo, fui em busca da gargantilha e logo ela já estava posicionada em meu pescoço.

Meu deus, eu realmente estou linda! Essa missão vai ser moleza, só preciso ser confiante como de costume.

Alguns minutos depois de deixarmos nosso lar, já estávamos na grande casa, que hoje seria apenas um salão para o evento. Desço do carro com a cabeça erguida e nossa família logo atraí muitos olhares. Aqui nós somos frios, bem diferente do que somos em casa, sorrisos abertos mas claramente não sinceros. Não confiamos em muita gente, mas essas festas são importantes para os negócios.

Ao pôr os pés dentro da grande casa, a música "Boyfriend" do Justin Bieber vem como uma porrada no meu ouvido. Olho na direção da minha melhor amiga, Mellanie, que cantava olhando para o meu decote, mas logo começou a rir escandalosamente. Obviamente não fiz diferente, essa vagabunda ainda me diz ser hetero. Vou na direção da minha melhor amiga, o DJ acabou a expulsando da mesa de som, e a música "Do It For Me" soava pelo salão.

— Eu sei que tenho uma missão, mas agora nós vamos dançar, vadia!— Digo a puxando para a pista, não havia visto Hacker, mas algo me dizia que ele já estava aqui.

Mellanie agarrou minha cintura com uma mão, enquanto nos movimentamos ao ritmo da música, sinto uma de suas mãos agarrarem meus cabelos e logo sei que é agora que uma das minhas pernas irão em direção ao seu quadril, enquanto jogo meu corpo para trás e Mellanie me segura com força. Assim que me levanto completamente, faço com que ela se afaste e volte com as costas encostadas no meu peito, deixo um beijo em seu ombro e minha mão que antes estava na sua cintura, agora foi em direção ao seu pescoço para que ela se inclinasse para trás. Depois de mais alguns passos a música finalmente acabou.

— Vamos beber, você tem uma missão! E eu preciso beijar seu irmão essa noite.— Mellanie sempre foi apaixonada por Lorenzo, mas ele nunca a notou dessa forma, pelo menos é o que parece

— Sua missão com toda a certeza é melhor que a minha, ele nem veio. E olha que demos um show de prender todo e qualquer olhar, Mel— Digo irritada e viro o copo, vai ser foda para cumprir essa merda de missão, se a porra da minha missão não saí do esconderijo

— Na verdade eu estou aqui e vi sim, não se preocupe— O homem com uma calça social e camisa de botões preta se aproxima e que bom que a segunda parte eu só pensei.— Prazer, sua missão. E por favor, não pense que isso vai dar certo de algum jeito, já estou ciente da merda que Roger quer que faça.

Não sei como ele soube disso, mas não vou sair por baixo! Eu sou uma Michel, não vou desistir disso, vou completar minha missão custe o que custar.

— É bom que você já fique sabendo, Hacker! Não gosto de mentiras e não quero fazer nada pelas suas costas.— O homem me olha e sorri com sarcasmo e porra! Como ele fica lindo sorrindo

— Não vou formar uma aliança, Michel. Perderia a parceria com umas três mafias diferentes que me trazem muitos benefícios— Agora sim nós começamos onde eu quero chegar

Me aproximo do seu ouvido para sussurrar algo, mais paralisei ao sentir seu perfume gostoso entrando em minhas narinas. Arfei de leve, claramente foi proposital, para tentar desestabiliza-lo, nem que por alguns poucos segundos

— Somos maiores e melhores do que essas pequenas máfias que você está com medo de perder, Hacker! Garanto que se formar essa aliança, terá bem mais benefícios do que acha— Claro Alyson, ele vai ter um plano de saúde e um dentário para acompanhar

Sua gargalhada rouca soava baixa, mas assim que subo minhas mãos pelo seu peito ele engole em seco. Sou foda e isso é inevitável, preciso manter minha postura.

— Te darei tempo para pensar com calma, enquanto isso vou dar uma volta.— Merda, estou me sentindo foda.

— Já pensei, Alyson Michel — Sorrio vitoriosa ainda de costas para o seu corpo grande— E a resposta é não

Me viro para conseguir olhar com atenção para os seus olhos, que não falharam um segundo se quer em me encarar de volta. Ele ainda estava com um sorriso irritante no rosto, mas eu definitivamente não vou deixar isso ficar assim, ou eu não me chamo Alyson Michel Lancaster Grey.

— Veremos até onde sua teimosia vai durar, você precisa de nós— Me aproximo novamente de seu corpo grande para o intimidar

— Eu não preciso de ninguém, Michel. E se vocês querem uma aliança, é porque estão com medo do quanto de poder eu tenho— Não é medo, mas é bom manter os inimigos por perto.

— Medo? Medo do que exatamente, Hacker?— Me aproximo mais, fazendo seu rosto ficar ainda mais próximo do meu. Esperando que ele se sentisse abalado e se afastasse, mas ele simplesmente olhou para os meus lábios antes de completar.

— Medo que eu destrua vocês, medo de que não sobre nada do seu império. Vocês tem medo de mim e de tudo que posso fazer se isso se tornar uma guerra— Ele diz tudo isso olhando para a minha boca. Mas seus olhos logo subiram para encontrar os meus.

— Isso é a prova viva de que você não nos conhece! Não temos medo de ninguém, até porque, não sentimos nada além de prazer ao acabar com um território inimigo. E é apenas isso que acontece e nunca ao contrário, mas eu gostei de você, Hacker. Por isso te aconselho que é melhor ser nosso amigo do que inimigo.— Digo e logo me afasto, indo curtir o resto da festa.