Rose Dans Le Crâne

Capítulo- 29

— Não quero ir para casa hoje, Hacker— Estávamos perto, perto o suficiente para seu cheiro me embebedar.

— Dorme no mato então— Consigo ver com clareza que toda a emoção da conversa anterior se foi, dando lugar ao seu mal humor habitual

Desci meu corpo do carro e fui em direção à porta, nunca vi alguém tão bipolar quanto esse louro filho da puta. Do que Hacker tem tanto medo? Some por dias e depois me procura de novo.

Sentei no banco de couro com os braços cruzados e bati a porta com tanta força que ouvi sua voz rouca reproduzindo um palavrão alto. Se Hacker pretende fazer isso com constância ele está completamente errado, se ele quer só uma noite tudo bem, não sou frágil e sei partir.

— Taque a porta de novo e eu vou atirar em você— Entrou com cuidado, como se estivesse se desculpando com seu carro

— Você não vê a hora de me deixar em casa, não é?— Cansada da noite e levemente alterada pela bebida, começo a falar olhando em seus olhos pequenos mas que contam grandes histórias— Não vê a hora de ver aquela porra da vadia alemã. Deu para querer os restos daquele lixo?

— Quer falar realmente sobre ser uma vadia? A garota era uma criança e não teve escolhas a vida inteira. Já você, estava prestes a deixar aquele merda cair de boca na sua buceta enquanto você fazia isso com a garota que ama o seu irmão

Nesse momento a bebida deixou o meu corpo e meu sangue esfriou, eu realmente tinha feito tudo aquilo. Não poderia culpar a bebida, pois estava apenas alterada, mas bem lúcida. Lorenzo vai me odiar e eu acabei de foder quaisquer chances que Mel poderia ter com ele.

— Ela não é uma vadia— Ligou o carro e começou a dirigir em total silêncio até descer por todo o percurso que fizemos.

— E eu sou, Hacker?— Olhei para seu rosto sério e não obtive resposta.

Posso ter errado essa noite e sido uma pessoa bem merda nos últimos dias, mas não vou permitir que me tratem desse jeito. Afinal, quem cala consente ou concorda. E Vincent se calou na intenção de me fazer pensar nisso, não é tão difícil ler seu rosto

E por um segundo de falta de lucidez da minha parte, abro a porta do carro em movimento e corro para fora. Escuto seus gritos e xingamentos como "maldita desgraçada" e "mulher maldita", enquanto corro como se minha vida dependesse disso, não voltaria com ele nem se implorasse por isso.

Me escondo entre árvores enquanto paro de ouvir o barulho do motor, e logo começo a ouvir passos pela floresta. Continuo sorrateira e escondida entre as árvores.

— Sabe o que eu reparei, Alyson?— Sua voz estava distante— Sua nova tatuagem não está aparecendo, o que é bem curioso, já que seu vestido é transparente para karalho

Permaneço quieta e me movimentando devagar para não sinalizar a minha posição, mas quando sinto sua respiração ao pé do meu ouvido já é tarde demais, endureço a coluna quando sinto sua mão grande segurar meu pescoço e seu corpo pressionar o meu contra uma árvore com tanta força que sinto as farpas começarem a espetar toda a minha pele

— Você é uma vadia sim, Alyson— sua mão me força a virar o rosto para conseguir ver o seu com maior clareza os seus olhos claros e boca rosada com o maxilar duro— Mas é a minha vadia! Se eu ver outro homem ou mulher tocando o seu corpo, vou matar na sua frente e comer essa buceta quente e apertada no sangue do indivíduo que for.

— Você é nojento— Antes que pudesse pensar em gritar, sua mão livre acertou minha bunda em um tapa extremamente forte que fez com que eu abraçasse a árvore involuntariamente

— Eu sou o seu pior pesadelo, Alyson— Outro tapa que me tirou o ar dos pulmões— E seu maior desejo também. Te assusta que eu consigo ser os dois, não é? Mas não se preocupe, depois que eu te foder bem gostoso, você vai ter coragem o suficiente para implorar pelo o meu pau de novo.

— Você quem vai implorar, não eu— Sinto a lubrificação descer por toda a minha coxa, mas me mantendo apenas provocando o homem forte

— A minha vadia só fala quando eu mandar, porra— Outro tapa e um puxão forte no cabelo. Só que ao invés de ficar calada, dessa vez gemi alto o suficiente para que todos os fantasmas desse lugar me escutassem— Assim não, amor. Eu tenho ciúmes dos seus gemidos, só eu posso ouvir essa canção

Sua mão que estapeava minha bunda, agora estava passeando por entre minhas coxas e recolhendo minha umidade entre os dedos gelados. Todo o meu corpo estremeceu quando ele tocou minha calcinha completamente encharcada e riu com toda a sua rouquidão em meu ouvido.

Seus dedos começaram com um movimento de vai e vem por cima do tecido. Meu corpo movido pelo tesão e completamente dominado pelo o seu, cedeu no momento em que ele tocou em meu clítoris inchado e pulsante e o massageou com uma carícia deliciosa. Empinei minha bunda na sua direção e encaixei seu pau em mim, sua masturbação ficava mais intensa e eu já estava perto de implorar para Hacker me fazer gozar.

— Gostosa do karalho— Vincent mordeu meu ombro quando acelerou ainda mais os seus movimentos e puxou meus cabelos para trás, fazendo minha cabeça tocar seu ombro— Quero que goze nos meu dedos, mas faça olhando para mim. Você entendeu?— Seus movimentos se tornaram lentos para que eu pudesse responder sem gaguejar

— Eu entendi— Seus movimentos voltaram a ser rápidos e torturantes— Me faz gozar, por favor

E foi o suficiente para sua mão rasgar a minha calcinha e começar a me penetrar dois dedos com força e rapidez. Senti todo o meu corpo se tensionar enquanto Hacker me fodia com seus dedos.

— Goza para mim— Todo o meu corpo estava tenso, bastou apenas ouvir sua voz para que toda essa tensão se libertasse como foi mandado— Você é minha, Alyson. Só minha porra.

Estava completamente fraca, se não fosse por seus braços me sustentando no lugar, eu teria caído no chão. Mesmo que não tenha sido o sexo completo e com toda a sua glória, nunca tive algo tão intenso como agora e isso é a mais completa loucura.