Capítulo- 3

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Passo a língua nos lábios jogando minha cabeça para trás. O homem a minha frente parecia frustrado pela minha falta de informações.

— Vagabunda, parece até que não está sentindo dor. Eu conheço esse seu tipo de vadias, e você vai abrir o bico uma hora ou outra! CADELA FRACA, AGORA PARE DE FINGIR QUE A PORRA DA FACA FINCADA NA SUA PERNA NÃO ESTÁ DOENDO— Porra, para que gritar. Minha cabeça parece que vai explodir a qualquer segundo

— Dói— Faço um olhar triste na direção do homem, que agora tinha um sorriso satisfeito no rosto.— Mas é suportável...eu até gosto

Minha frase foi o suficiente para levar um, dois, três...quatro e eu já nem sei mais quantos socos foram. O gosto de metal na minha boca já começava a me incomodar e eu só queria chorar. Eu estou tentando ser forte, mas já faz quase uma semana e a qualquer momento eu vou desistir.

— Você vai ceder, mini Michel! Eu vou fazer você cair, assim como todos os seus irmãos e até mesmo aquele merda que você chama de pai!.— Ele afundou um pouco mais a faca na minha coxa e eu me segurei para não gritar tão alto.

— ALYSON, ACORDA!— Angelina gritava enquanto me chacoalhava— Foi apenas um sonho...apenas um sonho! Estou aqui agora, e nunca vou te deixar. Nenhum de nós vai.

Olho na direção da porta e vejo meus outros irmãos parados, todos estavam com suas armas em mãos, acho que os assustei com meu pesadelo, isso acontecia quase sempre quando era um pouco mais nova

— Desculpem, não queria acordar vocês. Foi só um..

— Pesadelo? Eles voltaram a quanto tempo?— Lorenzo tinha uma preocupação evidente em sua voz.

— Hoje, depois de cinco anos sem ter nenhum. Só tive hoje.

Mattheo ainda estava em completo silêncio, mas se aproximou cuidadosamente para me dar um abraço apertado e deitar na minha cama. Angelina olhava cada canto do cômodo, enquanto Lorenzo e Mattheo brigavam pelo lugar vago na cama

— Saíam da frente— Angelina gritou e logo os meninos levantaram às pressas

— O que aconteceu, Angelina?— Angelina levantou sua preciosa adaga em nossa direção, meus irmãos estavam armados, mas não moveram um dedo. Nenhum de nós moveria.

— Abaixem!— Minha irmã mais nova sussurrou e logo lançou sua adaga em direção a parede de modo preciso

Me aproximo agora que tudo parece mais seguro, e consigo pegar a mini câmera e a escuta em minhas mãos. Já sei o porque do pesadelo, invadiram meu quarto, meu cérebro tentou me acordar

— Vamos, temos que ir falar com o pai— Mattheo diz, mas logo o mando parar no meio do percurso, pois ouvi o barulho do meu celular indicando uma ligação

— Esperem!— Mando e pego o celular, o número era desconhecido. Logo atendo a chamada

— Sua irmã tem um talento incrível para ver detalhes— A voz de James Vincent Hacker chegou aos meus ouvido, seu timbre estava rouco, mais rouco do que quando o ouvi na festa

— Por que invadiu meu quarto, Hacker? Se quiser informações é só formar a aliança que as darei a você sem que precise se esforçar dessa forma— Meus irmãos me olhavam atentos

— Não confio em ninguém, Michel. Você até foi convincente no baile, mas não vou te dar a minha confiança na bandeja da forma que está pensando que vai acontecer— Fácil fácil, eu disse— Venha para a minha casa amanhã, só você! Vamos conversar e estabelecer um possível acordo.

— Poxa, nem me levou para um jantar antes e já quer que vá para a sua casa? Você é rápido. Mas eu vou— Quando finalmente volto meu olhos para meus irmãos, Lorenzo estava com uma sobrancelha levantada ao me ouvir aquilo em forma de flerte e Mattheo apenas fez um meio coração com sua mão, já que ele estava com uma Angelina adormecida em seus braços. A pequena tem uma facilidade incrível para dormir, mas toda vez que vai para os braços do irmão, dorme profundamente. Logo Mattheo saí e Lorenzo se deita na minha cama, como em todas as noites que eu tive um pesadelo e meu irmão mais velho dormia comigo.

— Hacker, nunca mais invada a minha casa! Eu mato você de olhos fechados e foda-se essa aliança. Me ouviu bem? Espero que sim, boa noite.

Desligo a chamada e volto a me deitar, agora usando o braço de Lorenzo como travesseiro e recebendo carinhos em meus cabelos emaranhados

— Você vai se apegar a essa missão, il mio magro— Minha família tem um currículo amplo quando se trata de linguagem diversidade de línguas, fora nossos nomes típicos de lugares diferentes. Nossa família é uma grande mistura, italianos, espanhóis, brasileiros, americanos e entre outros. Então nós meio que temos que falar pelo menos alguns idiomas desses, para nos comunicarmos com nossos familiares e aliados espalhados por todo o mundo.

— Não posso dizer que ele não me chamou atenção, mas vou tentar ser o mais fria possível— Isso era totalmente verdade, eu não conseguia mentir para o meu irmão mais velho.

— Teu mal é sono, Alyson!— Diz em um tom de brincadeira.

— Meu mal é falta de namoradinho- Lorenzo começa a rir e dá um tapa na minha testa, olho para ele indignada.

— Eu já te mimo o bastante, precisa de namorado não.— Dou um beijo na sua bochecha, Lorenzo realmente me mima muito, não só com coisas matérias! Mas também com carinho, um que me deixa feliz e confortável

— Mas e você e a Mel?— Pergunto, nunca é tarde para vender o peixe da sua melhor amiga— Acha que não percebi que vocês sumiram?

— Eu sumi porque estava fechando uma nova parceria, e ela sumiu por estar pegando um cara qualquer— Seu tom se voz era sério demais para alguém que não se importa

— E como sabe disso?— Não poderia deixar de perguntar.

— Porque eu sei de tudo, ela é sua melhor amiga e o pai dela é nosso aliado a anos. Não posso deixar essa garota morrer em hipótese alguma

— Só pelo trabalho então?

— Só pelo trabalho— Lorenzo afirma e Se ele diz, então quem sou eu para contestar suas vontades

— Mas e se ela aparecesse namorando alguém?— Pergunto e vejo Lorenzo levantar a sobrancelha como sempre faz ai pensar em algo— Nem tente mentir para mim

— Sem mentiras né?— Faço que sim com a cabeça— Então, eu mataria muita gente e perderia o controle dos meus atos, não sei te explicar o porquê.

— Eu sei! Você gosta dela— Algo pareceu incomodar o meu irmão, já que seus olhos se tornaram distraídos, como se ele estivesse no meio de uma tempestade perigosa.

— Não conte isso a ninguém, Alyson. Nunca— Ele suspirou.- Amo sua melhor amiga a muito mais tempo do que você pensa, mas à muitas coisas em jogo que eu não posso simplesmente deixar de lado.

Depois de mais alguns minutos de conversa, acabei adormecendo nos braços do meu irmão e protetor. Ele sempre se preocupa com todos, e cuida da família de um jeito surreal. Afinal...ele é o grande herdeiro.

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Rose Dans Le CrâneOnde histórias criam vida. Descubra agora