• festival desportivo •

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Com os fones de ouvido no máximo eu me concentrava unicamente no meu treinamento. Suava feito uma cabrita e meus músculos ardiam com todas as sessões de exercícios que fiz desde que vim pra fora treinar.

Mas eu não parava.

Minha mente não estava quieta, e eu não conseguia pensar em nada além da bença que resolveu aparecer na minha vida novamente. Coisas como: "o que ele está fazendo aqui?", "por que caralhos ele voltou?" e "tinha que ter ficado mais gostoso?!" viviam aparecendo entre um pensamento e outro.

Eu conheci Tony quando tinha 6 anos. Praticamente crescemos juntos, e no início nos dávamos bem. Posso até dizer que éramos amigos. Mas...alguma coisa foi mudando conforme crescemos.

Mais 50 flexões e eu termino aqui.

Respirei fundo, subindo e descendo meu peso, chegando perto do chão e subindo de novo. Eu estava na última quando um par de pés surgiu no meu campo de visão.

Levantei a cabeça, reconhecendo os cabelos bicolores.

— Oi amor. - digo, terminando minha série e levantando. Ofegante, tiro o fone do ouvido, encarando ele preocupada. — Por que está aqui fora? Já jantou? - pergunto, vendo o horário no meu celular.

Tá tarde.

— O que tá acontecendo com você? - a mandíbula saltando toda vez que ele mordia os dentes. Uh, sexy.

— Como assim?

— Você tá estranha. - direto como um tapa na cara. — Desde que aquele cara chegou na escola você fica mais presa nos seus pensamentos do que aqui comigo, com os nossos amigos. Duas vezes nessa semana você preferiu ficar no terraço à almoçar com a gente no refeitório, e você tem ignorado as nossas mensagens. - se aproxima, olhando pra baixo pra alcançar meus olhos.

Malditos 1,90.

— Eu ignoro mensagem de todo mundo pra ser justa. - murmuro, tentando desviar o olhar. Mas ele segurou o meu queixo...e forte ainda por cima.

— Fora que toda vez que ele tá perto você fica tensa, como se esperasse o pior dele. - seguro seu braço, tentando afastar a mão dele da minha cara. — Que porra esse cara fez pra você? - engoli em seco.

Ele está bravo, preocupado e muito provavelmente puto com meu comportamento. E tenho quase certeza de que eu deveria estar me desculpando agora, mas eu tô pulsando.

Merda.

— É complicado Sho, eu acho que ele me odeia. - murmuro, esperando que ele desfaça a expressão tenebrosa no rosto dele. — Eu não sei como te explicar.

Sho continuou me encarando, e não soltou a mão do meu queixo. O silêncio dele me incomoda, nunca vi meu namorado tão inexpressivo.

— O jeito que ele te olha...- sibila, me empurrando para parede mais próxima de nós. Ofego quando minhas costas encontram o gelado do concreto. — Ele não te odeia. - aproximou o rosto do meu, pressionando o corpo no meu.

— O que? - confusa.

— Ele quer você. - disse com tanta certeza que eu até me assustei. — Mas pena pra ele, você já é minha.

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todoroki possessivo >>>>

𝐓𝐎𝐃𝐎𝐑𝐎𝐊𝐈 𝐒𝐇𝐎𝐓𝐎, 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐧𝐚𝐦𝐨𝐫𝐚𝐝𝐨Onde histórias criam vida. Descubra agora