𝐓𝐎𝐃𝐎𝐑𝐎𝐊𝐈 𝐒𝐇𝐎𝐓𝐎, 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐧𝐚𝐦𝐨𝐫𝐚𝐝𝐨

• festival desportivo •

Segundo dia...

Até quando ela vai continuar encarando? Porra meu, eu tô encarando ela de volta com a pior cara de cu que eu consigo fazer e a filha da puta não se toca?!

Tem como ser mais sonsa que isso?

Arqueei uma sobrancelha, cruzando os braços e me aproximando mais de Shoto, que era outro sonso também. Mal percebia a cirigaita ali quase comendo ele publicamente.

— Vai olhar até quando querida? - falo alto, e ela pisca, sobressaltada, olhando para os lados como se conferisse se eu estava realmente falando com ela. — É, é contigo mesmo que eu tô falando. - exclamo, ainda mais agressiva.

— Que foi amor? - não olhei pra ele quando me perguntou.

— Saiba que você pode olhar a vontade, mas não ouse tentar tocar nele. - grudei no meio a meio, uma mão em sua bunda e a outra em seu abdômem durinho. — É meu, e se você se atrever a relar, eu corto tua mão fora. - ouvi risadas, mas eu estava falando sério.

E a garota — provavelmente do segundo ano — pareceu perceber também. Eu posso aparentar ser legal, mas não mexe muito comigo não. Eu sou doida, e não bato muito bem da cabeça.

Estávamos na arena, todos os participantes que venceram as provas do primeiro dia. Fomos instruídos a fazer duas filas, um de frente para o outro.

Seria uma luta, digamos assim. Eles classificaram essa prova como "a guerra de Esparta", e eu estou começando a entender o porquê.

Os dez que continuarem de pé passam pra última prova, que ocorrerá amanhã.

Eu achei ótimo. Foi mais criativo que a do ano passado.

Me preparei, ativando minha individualidade quando Midnight subiu no palco e o telão atrás dela brilhou com mais informações. Apesar de estar ouvindo, meu foco estava nela. A garota que encarou Sho como se fosse um pedaço de carne.

Não me entenda mal, eu apoio sororidade, sou feminista e sentir ciúmes pra mim é a coisa mais cringe possível. Mas o que é meu, é meu. E pronto acabou.

A sirene tocou, e todo mundo começou a se atracar. Percebi que ela estava tentando fugir de mim. Que pena lindinha, posso sentir cheiro de puta de longe.

Entrei no meu modo alfa, e me atirei pra ela, correndo tão rápido que eu mal consegui controlar a força que a derrubei no chão.

— ARGH! SAI DE CIMA DE MIM! - berrou, e eu fiz careta, sentindo meus tímpanos doerem.

— Haha, não. - a imobilizei, arrancando a pulseira de seu braço. — Ah, e isso foi por ter encarado meu namorado demais. - lhe dei um tapa, nada fraco, em seu rosto. O prazer que eu senti em ver a marca dos meus dedos brilhar vermelha em sua pele foi indescritível.

Sorri, saindo de cima. Ela havia sido desclassificada. Mostrei o dedo do meio antes de ir atrás de outras. Peguei o máximo de pulseiras que consegui. Eu era rápida, e os outros não.

Estava indo bem, até meu corpo ser jogado com tudo no chão. Grunhi, apertando meu punho pra não permitir que nenhuma das pulseiras que eu coletei seriam roubadas. Abri os olhos, encarando a criatura que estava em cima de mim, me prendendo no solo.

Merda, por que ele?

— Parece que eu te peguei, gatinha. - falou, sorrindo ladino e abaixando o rosto, imobilizando meu corpo com as pernas e os braços.

— Sai de cima de mim porra! - rosno, tentando sair do aperto de seu corpo. Tony sorriu, virando a cabeça e a enterrando no meu pescoço. Jesus. — Qual é a porra do seu....você me lambeu?! - tento sair debaixo dele ainda mais.

— Você tem o melhor gosto pirralha. - sussurrou no meu ouvido. — Não é a toa que seu namorado é louco por você. - se afastou, olhando nos meus olhos. — Eu ficaria louco também se pudesse te provar todos os dias. - arregalei os olhos, vendo os dele começarem a mudar de cor.

— O que caralhos você tá fazendo? - meu coração batendo mais rápido com o receio, e eu totalmente desesperada para alguém vir aqui e tirar ele de cima de mim.

Mas todos estavam ocupados "guerreando", mal reparavam em nós largados no chão, bem no cantinho.

— Te mostrando, tudo o que sinto quando estou perto de você. - foi quando eu senti. A primeira pontada no meu baixo ventre, e meu corpo esquentando e se arrepiando com a consciência de que ele estava por perto. Um gemido deixou minha boca quando minha buceta também ficou sensível. Eu estava...excitada? Meu deus, não, não, não, não! — É insuportável ficar perto de você ainda, sabia? Você está ainda mais irresistível do que a última que eu te vi. - eu não conseguia me mexer, entorpecida demais com as coisas que ele causou no meu corpo.

Mas quando ele começou a baixar a cabeça, lambendo os lábios e com a atenção voltada pra minha boca, aí que eu me desesperei mesmo.

Socorro!

~~~

tenso