no médico;— Eu tô com medo. - comento, tirando mais uma pelinha do meu dedo e fazendo Sho praticamente ter que arrancar a mão da minha boca pra me fazer parar com uma de minhas manias ansiosas.
— Para de comer sua unha! - brigou, olhando o estado em que estava a tal falada "unha". — Seu dedo daqui a pouco vai ficar em carne viva, para com isso.
— Mas eu tô nervosa.
— Amor, é só uma consulta de rotina pra saber o porquê você consegue ficar bêbada. Nem deve ser nada. - garantiu, sorrindo gentil enquanto dedilhava meu cabelo.
— Mas e se for?
— Se for, a gente passa por isso juntos. - piscou um olho, e em um muxoxo eu estava com a cara em seu peito, o agarrando que nem ursinho de pelúcia.
Um tempo depois...
— E então? - perguntei para o médico, deslizando minhas mãos pela minha calça jeans, tentando enxugar o suor que não parava de brotar na minha pele. E ele continuava a analisar meus exames de cara séria. — Tem alguma coisa errada doutor? Eu vou morrer?!
— Bom...você de fato tem uma deficiência em suas células regeneraritivas que acabam não conseguindo processar o álcool que você consome e o eliminar de seu organismo tão rápido como deveria ser, mas tirando isso não tem nada de errado com a senhorita. - soltei um suspiro bem alto de alívio, o fazendo sorrir. — Então não senhorita Herrera, você não vai morrer.
— Graças a deus. - murmurei, me recostando mais na cadeira.
— E afeta somente a isso, porque pelos testes feitos você tem uma ótima recuperação quanto a doenças, e sua imunidade é ótima. Tenho certeza de que ferimentos você também não tem dificuldade de curar, não é?
— Eles nunca ficam muito tempo abertos. - respondo, me lembrando da última aula de Aizawa e a queimadura que eu acabei levando de Katsuki. Não demorou nem 3 minutos para fechar. — O máximo, eu acho, que já ficaram abertos foi 3 minutos.
— Até para aqueles que tem poderes com propriedade de cura demoram mais para conseguirem se recuperar. - o médico comentou, e eu assenti. — Bom, você está boa, só não tem máxima tolerância para álcool e por isso sugiro que tenha juízo e manere para que não acabe ocorrendo um acidente.
— Obrigada doutor.
— Está dispensada senhorita Herrera. - se despediu com um sorriso, me entregando os resultados dos exames.
ciúmes (você);
— Todoroki-san, poderia vir aqui um instante por favor?
Seus ouvidos se empertigaram quando escutou chamarem seu namorado. E não era ninguém da sala.
Desviando-se de uma conta ridícula que tinha dedicado o tempo livre pra fazer, seus olhos seguiram para onde Sho agora ia, observando de longe a conversa dos dois e a reação dele.
Era uma garota do segundo ano que desde semana retrasada vinha chamando atenção de seu namorado. E sempre nos momentos mais esquisitos, como em uma vez, quando você estava relaxando no quarto do seu namorado e já tinha passado do toque de recolher e ela foi até ele para pegar alguma coisa emprestada.
Ela não tinha te visto, mas no fundo, você sentia que mesmo se ela tivesse te visto não teria ligado.
Você não chegou a falar sobre isso com Sho ainda pois achava ser coisa de sua cabeça. Mas depois de tantas vezes, e o olhar que ela dava pro seu namorado neste exato momento, se provaram ser suficientes para que você não gostasse dela.
Se endireitou na cadeira, encarando atentamente os dois, vendo o exato momento em que ela saiu cabisbaixa e ele entrou na sala com o mesmo semblante de sempre.
— O que ela queria? - perguntou, o observando puxar a cadeira para o seu lado e quase te puxar para o colo dele de tanto que te apertou. — Hein?
— Ela veio se confessar pra mim. - sua sobrancelha se ergueu com o jeito que ele falou. Como se não fosse nada.
— E você disse o que?
— Que eu já tinha namorada, óbvio!
— Nossa, só isso?! - indignada, e se afastando dele, com bastante dificuldade diga-se de passagem.
Sho te encarou surpreso e sem entender nada da sua reação.
— Você queria que eu falasse o que?
— Que você tá muito comprometido, que você ama sua namorada, que ela é feia sem graça sem sal sem tempero e que você nunca jamais me trocaria por ela! - falou tudo de uma vez só, sem nem sequer respirar e fazendo Sho se preocupar momentaneamente com seu rosto ficando cada vez mais vermelho e uma veia começando a aparecer no lado direito sua testa.
— Mas ela se tocou já, amor...
Bufando, você puxou mais a sua cadeira pro lado, colocando um pouco de distância entre vocês dois.
— Não fala comigo por enquanto, tô irritada com você. - disse sem olha-lo, voltando a focar na conta filha da puta de matemática.
ciúmes (parte dele);
— Ah sim, eu gostei desse também! - comentou, sorrindo abertamente para o esverdeado.
— Eles são incríveis não é?! - exclamou todo animado, não percebendo que estava perto demais de você para o desagrado de uma certa pessoa, e que a mão no seu braço tinha descido um pouco mais do que a certa pessoa gostaria. — Quando eu soube que eles iam divulgar um novo álbum fiquei louco pra escutar.
— Eles são realmente ótimos, obrigada por ter me recomendado Izu!
Izu? Izu?? IZU?!!!!!
Com um bico nos lábios e uma cara feia, Sho foi até vocês, se enrolando em suas costas tão forte que quase te desequilibrou e fez o "Izu" se afastar dois passos também.
— O que vocês tanto conversam? - ainda emburrado e metralhando Izuku pelo olhar, deixando esverdeado totalmente confuso. — Também quero saber.
— Er...a gente tava falando de uma banda que gostamos em comum. - você respondeu, tentando se remexer dentro do abraço de Sho, mas sem sucesso.
— Hmmm, acho que já deu dessa conversa. - disse, ainda com olhando feio pra Izuku e te puxando suavemente dali. — Tá na hora de você me encher de beijos.
— O que?! Esper-Ei!
E sem esperar você se despedir de Izuku, Sho te arrastou até o quarto dele, onde você fez bem mais que encher ele de beijos <3
~.~
ciumenta, para de ser tão ciumenta
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𝐓𝐎𝐃𝐎𝐑𝐎𝐊𝐈 𝐒𝐇𝐎𝐓𝐎, 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐧𝐚𝐦𝐨𝐫𝐚𝐝𝐨
FanficDias, semanas, meses - e quem sabe anos? - você passa ao lado dele, seu namorado Todoroki Shoto. tw: cenas explícitas de sexo, drogas, violência, álcool, traumas. capa: @miytsuya neném de mi vida <3