• presos no elevador •

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— Amor, tá tarde, cê tem certeza de que quer pegar doce agora? - Sho perguntou pela décima vez, e mesmo assim, eu estava convicta.

Nada me faria mudar de ideia.

— Já falei pra você, eu tô com desejo. - murmurei.

— Você sabe que falar isso faz parecer que você tá grávida né? - olhei estranho pra ele, que também olhava estranho pra mim.

— Eu hein.

— Você tá grávida S/N?

— Deus me livre! - automaticamente a mão dele veio pra tapar minha boca. Acho que falei um pouco alto demais. — Credo, vira essa boca pra lá mano.

— Ok, entendi, mas não precisa gritar também né? - prendi a risada vendo ele emburrado.

— Desculpa, mas a culpa é sua! Quem manda sugerir um negócio desse? - sussurro, brigando com ele.

— Eu falei só brincando, tu que é doida. - sussurrou brigando de volta. — Sério, tu é inacreditável.

Após andarmos pelo corredor longo e escuro, finalmente chegamos no elevador. Elevador esse que fazia parte do lado dele do dormitório, já que resolvi dormir com ele hoje.

Pegamos o elevador, descemos calmamente e em menos de um minuto já estávamos na cozinha, onde minha felicidade plena habitava. Comida.

E doce, já que como falei tô com desejo.

— Talvez eu devesse pedir pro Sato fazer um bolo pra mim quando ele acordar. - comentei com o meio ruivo, abrindo a parte do armário que eu sabia ter doces.

— Vai fazer o coitado cozinhar pra você? - se sentou no balcão, com um pacote de bolacha waffer na mão.

— Por que? Você quer fazer um bolo pra mim? - abrindo a geladeira e achando o resto de brigadeiro que tinha feito dois dias atrás.

— Eu faria um bolo ótimo pra você.

Aaaaaa, meu coração derreteu depois dessa.

— Então por favor, de manhã faça. - sorrio pra ele, começando a comer o brigadeiro.

Passamos mais de meia hora na cozinha, conversando e comendo. Sho tava com celular dele no bolso, e isso garantiu umas fotos bem legais dessa pequena travessura que fazíamos.

Eu tinha certeza de que ele ia mandar pra mãe dele depois.

— Bora subir? - perguntou, guardando a caneca já lavada no armário de novo. — Ou tu vai comer mais?

— Não, tô satisfeita. - desci do balcão, e me enrolei nele enquanto íamos pro elevador de novo. Entramos e apertamos o botão do andar do quarto dele. Risonha, eu falei. — Imagina se o elevador quebra?

Não deu nem meio segundo, e o negócio travou, balançando um pouco antes de parar totalmente. As luzes se apagaram e o que iluminou a gente foi a lanterna do Sho, que estava direcionada pra mim.

— Ê boca grande.

~~~

se isso acontece cmg acho q eu tenho um troço do coração

𝐓𝐎𝐃𝐎𝐑𝐎𝐊𝐈 𝐒𝐇𝐎𝐓𝐎, 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐧𝐚𝐦𝐨𝐫𝐚𝐝𝐨Onde histórias criam vida. Descubra agora