• festival desportivo •

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Todoroki

Eu não quis soar pretensioso quando disse que machucaria ela. Mas é a verdade.

Meu sangue está borbulhando de raiva até agora, e mesmo que eu esteja aqui, com ela em uma sala toda branca, sozinhos no mais puro silêncio enquanto eu cuido dos ferimentos nas costas dela, eu ainda penso no desgraçado que estava em cima dela há não muito tempo atrás.

Muita ousadia desse cara querer se atracar com ela, muita ousadia tocar nela. Abusado de merda!

— Ai! - ouvi seu sibilo, e parei, minha mão no ar melecada com a pomada que passava em suas costas. — Merda, eu não sabia que estava tão dolorido.

— Quer que eu pare? - pergunto, observando seu rosto.

— Não, pode continuar. - suspirou, e eu continuei, um pouco mais suave e tentando não apertar tanto sua pele.

Espalhei a pomada pelas suas costas, deixando uniforme e quase invisível, cobrindo todo o ferimento que arderia mais tarde quando ela tomasse banho. Mas imagino que ela já saiba disso.

— Quer que eu alivie pra você? - pergunto, me sentando na cadeira ao lado da maca em que ela estava, pegando sua mão e encarando seu rostinho.

— E como você faria isso? - em um muxoxo, já que metade de seu rosto estava pressionado no travesseiro.

— Assim. - estendi minha mão, esfriando ela e a deixando perto da pele machucada dela. Percebi que S/N se arrepiou, mas a careta de dor que fazia não estava mais lá. — Melhor?

— Uhum. - se aconchegou mais no travesseiro, fechando os olhos.

Sorri, levando a outra mão para o seu cabelo, acariciando e massageando, até que ela dormisse.

— Eu vou estar aqui quando você acordar. - sussurrei, beijando sua testa, a ouvindo ressoar tranquilamente.

Final do segundo dia...

— Eu não gosto dele. - falou sobre o personagem que passava na televisão do meu quarto.

— Que foi que ele te fez? - brinquei, encarando ela.

S/N estava de bruços, virada para a ponta da cama, enquanto que eu estava encostado na cabeceira. O que significa que eu estou tendo uma visão bem tentadora neste momento.

— Eu não preciso de motivos pra não gostar de alguém, entenda isso. - ri suavemente, resolvendo me aproximar e me deitar ao lado dela. De costas na cama, a encarei, tranquilo por ela estar aqui comigo. Percebi seu rosto esquentando, e sorri com isso. — Por que tá me encarando?

— Não posso mais olhar a coisa mais linda que já aconteceu na minha vida?

— Aaaaaaaaaaaah. - ela enterrou a cara dentro dos braços, surtando. — Pelamor não faz isso comigo. - ri quando ela levantou o rosto, o mostrando todo vermelho pra mim. — Sério Sho, eu sou cardíaca cara.

Ah, minha namorada é a melhor.

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boiolas

𝐓𝐎𝐃𝐎𝐑𝐎𝐊𝐈 𝐒𝐇𝐎𝐓𝐎, 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐧𝐚𝐦𝐨𝐫𝐚𝐝𝐨Onde histórias criam vida. Descubra agora