ᴋɪᴍ ᴛᴀᴇʜʏᴜɴɢ...
UM ANO DEPOISA cena era muito familiar para mim, embora por motivos muito diferentes.
Seis anos atrás eu me vi andando de um lado para o outro, pelos corredores de um hospital, com a notícia de que minha esposa tinha sido baleada. Pareceu tão irreal na época que eu me lembrava de cada passo que dei até chegar a alguém que me informasse qualquer coisa.
Era o mesmo hospital. O motivo, diferente, mas nem por isso mais feliz.
Luana estava perdendo seu segundo bebê em um ano. Era pouco mais de meia-noite, e ela não encontrara Sehun em lugar nenhum. Celular fora de área, ela não fazia ideia de onde ele estava, então ligou para mim. Nem hesitei.
Ao chegar em sua casa, ela me atendeu, e eu vi o sangue. Cheguei com ela nos braços no hospital, enquanto a sentia chorar contra o meu peito. Não precisávamos de confirmação para o que já sabíamos.
Fiquei com ela durante todo o tempo e a levei para casa, conduzindo-a pelas escadas com cuidado e colocando-a na cama.
Sentei-me ao seu lado, cobrindo-a e sentindo meu coração se despedaçar com seu choro. Já estava quase amanhecendo, e nada de Sehun aparecer em casa.
── Ele tem feito isso constantemente? ── perguntei, vendo Luana desmoronar do meu lado, escondendo o rosto nas mãos, respirando profundamente para tentar se acalmar.
── Quase todas as noites. Eu não sei mais o que fazer... Não sei. E agora, então... ── Na primeira vez em que perdera o bebê, Luana se culpara. Ou melhor, meu primo ficara tão decepcionado com ela que não restava muitas dúvidas a respeito de qual era seu posicionamento naquela situação.
Peguei a mão dela, apertando-a.
── Ei, Lu... olha para mim. ── Ela o fez, parecendo cansada e muito triste. ── Não é culpa sua.
── Como não, Tae? É o segundo. E se eu não puder conceber?
── A pergunta mais importante não é essa... Você quer esse filho?
Não era a primeira vez que a questionava sobre aquilo, mas eu sabia que Sehun enchia sua cabeça de ideias absurdas sobre eu estar tentando convencê-la a não ser mãe, porque eu queria ganhar a posição de CEO.
Como se eu estivesse tentando muito ser pai... A última mulher que levei para cama foi Jennie
Luana hesitou em responder. Para mim era o suficiente, mas esperei que dissesse alguma coisa. Soltou minha mão, baixou os olhos para seu colo e respirou fundo.
── No início eu não queria. Jurei que não estava pronto. Mas desde que tive o primeiro aqui ── ela levou a mão à barriga, em um gesto maternal e muito doloroso ──, algo mudou. ── Seus olhos enormes e vermelhos do choro se voltaram para mim. ── Eu não queria perder os bebês, Tae. Sehun deu a entender isso no primeiro, que foi a minha má vontade em ser mãe que causou o aborto, mas eu juro. Já amava aquele bebezinho. E este aqui... ── Luana balançou a cabeça em negativa, corrigindo-se: ── Aquele lá... eu também amava.
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𝙾 𝚋𝚎𝚋ê 𝚍𝚘 𝚖𝚎𝚞 𝚌𝚑𝚎𝚏𝚎 || ᴛᴀᴇɴɴɪᴇ
RomanceA secretária virgem seduzida pelo chefe viúvo Uma gravidez inesperada, um bebê mantido em segredo Um reencontro um ano depois... . Depois de ser traída pelo babaca do meu ex-namorado, decidi que a melhor forma de me vingar era saindo para um barzinh...