𝙲𝚊𝚙í𝚝𝚞𝚕𝚘 𝟹𝟶

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ᴋɪᴍ ᴛᴀᴇʜʏᴜɴɢ

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ᴋɪᴍ ᴛᴀᴇʜʏᴜɴɢ...

Foi o cheiro de fumaça que me fez despertar.

Eu a senti penetrando minhas narinas e chegando aos meus pulmões, me fazendo tossir.

A cabeça doía, e eu me demorei para lembrar que tinha sido atingido.

Pelo meu próprio primo.

Meu próprio primo invadira o chalé onde eu estava descansando com a minha família e tentara fazer mal ao meu bebê.

Isso me fez levantar quase de um pulo, o que me deixou zonzo por segundos. Fechei os olhos e levei a mão à cabeça, contendo um grunhido.

A primeira coisa que escutei quando os zumbidos cessaram foi o choro.

Meu filho!

── Meu filho! ── sussurrei para mim mesmo, ainda aéreo, tentando me
reconectar com a realidade.

Novamente a imagem de Theo e meu dever de protegê-lo me obrigaram a finalmente me colocar de pé.

Foi quando percebi que estava quente.

Quente como se estivesse...

Pegando fogo.

── Merda! ── vociferei, entrando em desespero ao perceber que o chalé
estava em chamas.

A primeira coisa que fiz foi checar o berço. O quarto estava escuro, mas eu ouvia o chorinho desconsolado do bebê, e lá estava ele, intacto. Peguei a fraldinha que estava em um dos cantos do berço e usei-a para cobrir seu rostinho, tirando-o do berço.

Meu outro pensamento: Jennie.

Não demorei a encontrá-la, caída próxima à cama, no chão, com os cabelos escondendo o rosto. Aproximei-me em um rompante, erguendo sua cabeça para olhá-la e não só encontrei um ferimento acima da sua sobrancelha como o fato que a mantinha ali: não só estava inconsciente, mas uma algema a prendia.

Sobre a cama, um papel. Apesar de não haver iluminação no quarto, meus olhos estavam se acostumando com a escuridão, e a caligrafia fora feita com uma pilot vermelha, bem chamativa. A mensagem:

QUAL DELES VOCÊ VAI SALVAR?

Foi então que o poder daquelas palavras me atingiu, ainda mais forte do que a pancada que levei na cabeça. Eu e Jennie estávamos sozinhos ali. Eu não poderia deixar meu bebê, lá fora, e voltar para buscá-la.

Não só porque estava inconsciente, mas porque precisaria de algum tempo para conseguir soltá-la, se é que iria acontecer. Se mantivesse Theo ali dentro por tempo suficiente para conseguir abrir as algemas, meu filho poderia sofrer os efeitos da fumaça.

Ele tinha apenas três meses de vida, não aguentaria muito tempo.

Eu mal sabia por quantos minutos tinha ficado desacordado. E se já estivesse em perigo?

𝙾 𝚋𝚎𝚋ê 𝚍𝚘 𝚖𝚎𝚞 𝚌𝚑𝚎𝚏𝚎 || ᴛᴀᴇɴɴɪᴇOnde histórias criam vida. Descubra agora