𝙹𝚎𝚗𝚗𝚒𝚎 𝙺𝚒𝚖...
DOIS MESES DEPOIS
Segurei meu bebê contra o peito, quase como se ele fosse um escudo, enquanto subia as escadas da enorme casa de campo do Sr. Geraldo Antunes.
Usava um vestido comportado, em tons de azul e branco, não porque acreditasse que precisava me fingir de recatada, mas porque... Ah, sei lá!
Sabe aquela bobeira de quando conhecemos a família do namorado e queremos parecer boas moças? No meu caso, a situação era ainda mais complexa, porque eu era três anos mais nova do que Taehyung e porque
a forma como tudo aconteceu entre nós poderia ser mal interpretada.Qualquer um poderia alegar que eu tentei lhe dar o golpe da barriga.
Poderiam pensar o pior de mim, na verdade, mas não era assim.
Também sabia que aquele encontro era importante para Taehyung, porque ele amava o tio. Era como um pai para ele, e eu queria que me recebessem na família de braços abertos.
Claro que não era a minha roupa que iria falar sobre o meu caráter, e eu me sentia uma boba por ter me preocupado com isso.
Adiamos ao máximo aquela visita. Depois de todo o ocorrido, do trauma que ficou, desejamos apenas voltar para casa, como se isso fosse nos proporcionar a sensação de segurança que nos fora roubada naqueles minutos que mais pareceram uma eternidade. Nos minutos em que jurei que precisaria dar minha vida pela do meu bebê.
E eu faria isso mil vezes se fosse preciso.
Mas Taehyung me salvou mesmo assim. Ele e os policiais incríveis que chegaram a tempo e fizeram toda a diferença. Policiais que não apenas cumpriram um resgate como também encontraram Sehun pouco depois, em uma investigação apurada, em uma loja de conveniências fazendo algumas compras, em total desespero, como se estivesse se preparando para uma fuga de última hora.
Ele conseguiu fugir dos policiais e acabou sofrendo um acidente do qual não sobreviveu. Este foi mais um dos motivos que nos impediu de ir à casa dos tios de Taehyung. Apesar de já saber de tudo, o homem amava o sobrinho.
A imagem que tinha de Sehun era completamente diferente daquela que criamos nos últimos tempos e seria muito difícil suportarmos o luto dele.
Taehyung não foi sequer ao enterro. Tudo o que conseguimos foi dar um pouco de força a Luana, que, por acaso, foi passar uma temporada com Geraldo e a esposa. Nós a encontraríamos lá também.
Seria estranho olhar para ela, porque sabia que era uma mulher justa e se envergonhava das ações do marido.
Esperava que pudéssemos até ser amigas, que soubesse que eu tinha toda a noção de que não era culpada por nada; era apenas mais uma vítima. Por dentro, acreditava que estaria melhor sem aquele louco como marido.
Um braço protetor pousou no meu ombro, e eu me voltei para Taehyung, que sorria ao meu lado.
── Nervosa? ── ele perguntou, parecendo calmo demais. Claro, para ele era fácil. Não era o novato na berlinda.
Eu e Theo, sim.
── Bastante. Nunca conheci a família de um namorado. ── Ao ouvir aquela palavra, uma expressão diferente surgiu no rosto de Taehyung. Nunca tínhamos oficializado, ele nunca me pedira em namoro, mas dissemos que nos amávamos.
Mais de uma vez, aliás, depois do momento tenso no chalé.
Esperava não estar me iludindo à toa.
Mas ele não pareceu não gostar. Pelo contrário.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝙾 𝚋𝚎𝚋ê 𝚍𝚘 𝚖𝚎𝚞 𝚌𝚑𝚎𝚏𝚎 || ᴛᴀᴇɴɴɪᴇ
RomanceA secretária virgem seduzida pelo chefe viúvo Uma gravidez inesperada, um bebê mantido em segredo Um reencontro um ano depois... . Depois de ser traída pelo babaca do meu ex-namorado, decidi que a melhor forma de me vingar era saindo para um barzinh...