𝙲𝚊𝚙𝚒𝚝𝚞𝚕𝚘 𝟸𝟻

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ᴋɪᴍ ᴛᴀᴇʜʏᴜɴɢ

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ᴋɪᴍ ᴛᴀᴇʜʏᴜɴɢ...

Sem camisa, suado e com um martelo na mão, eu observava a minha obra.

Eu não era muito bom em trabalhos manuais – nunca fui, na verdade –, e poderia muito bem contratar alguém para me auxiliar naquela tarefa, mas achei que seria significativo se eu mesmo montasse o primeiro berço do meu filho.

Jennie me ajudou no que pôde, mas ela mais ria do que colocava a mão na massa, e nós brincávamos um com o outro o tempo todo.

Fomos à loja naquela mesma manhã, fizemos a compra da peça – nem fora a que mais gostamos, mas era a única que estava disponível em estoque e precisávamos com urgência – e lá estávamos. O negócio estava montado.

Com Theo no colo, que nos olhava completamente confuso, ela comemorava imitando pulinhos no mesmo lugar, e eu me aproximei dos dois, beijando cada um deles.

O neném na cabecinha, a mulher, na boca.

Era irônico pensar que há muito tempo não me sentia tão feliz, e o motivo era a vitória em uma tarefa completamente inusitada na minha vida.

Assim como o berço, nós compramos algumas coisinhas para Theo, e eu fiz questão de que Jennie adquirisse novos pertences para ela também, já que tinha saído da casa do filho da puta de seu empregador apenas com a roupa do corpo. Foi difícil convencê-la a gastar dinheiro e usar meu cartão de crédito, mas consegui, afinal de contas.

Mais tarde, com nosso bebê descansando no berço, decidimos nos sentar para conversarmos, logo depois de ela dar de mamar. Eram umas oito da noite, num domingo, e eu queria saber tudo sobre o meu filho. No dia anterior, com a confusão de nos adaptarmos, não tivemos tempo para isso.

Tanto que sequer dormimos juntos. Ela ficou com a minha cama de casal, junto ao menino, e eu fui para o quarto de hóspedes.
Só que naquela noite eu queria dormir com ela.

Puxei-a para os meus braços, sem nem lhe pedir permissão, e a fiz descansar as costas contra o meu peito. Enquanto acariciava seus cabelos, comecei a ouvi-la falar sobre Theo, sentindo cada nota de orgulho em sua voz. Cada pequena vitória daquele bebezinho era como uma grande conquista para ela, e eu conseguia perceber que grande mãe se tornara, mesmo diante de tantas adversidades.

Contou-me sobre a gravidez, sobre o parto, sobre o que nosso filho fazia, que horas costumava acordar de madrugada, o que o acalmava, o que o levava ao choro.

Fascinei-me com cada informação, ainda me maravilhando com a ideia de que era pai. De que o garotinho incrivelmente encantador que dormia no berço, a uma pequena distância de nós, era meu.

Será que sua mãe seria minha também? Nós pertencemos um ao outro apenas uma vez, fui o único homem que a tocou, mas eu queria mais.

Queria que se entregasse novamente. Tê-la daquela forma, tão perto, sentir seu cheiro, ouvir sua voz... tudo me enlouquecia.

𝙾 𝚋𝚎𝚋ê 𝚍𝚘 𝚖𝚎𝚞 𝚌𝚑𝚎𝚏𝚎 || ᴛᴀᴇɴɴɪᴇOnde histórias criam vida. Descubra agora