ᴋɪᴍ ᴛᴀᴇʜʏᴜɴɢ...
O telefone da minha sala tocou, e o ramal de Jennie piscou, mostrando que era ela quem ligava. Não pude conter um sorriso.
── Podemos fazer uma reuniãozinha rápida? ── ela perguntou, toda profissional.
── Claro. Estou sempre livre para você.
── Perfeito, estou indo aí.
Jennie trabalhava na sala ao lado da minha.
Desde que Sehun morrera contratamos algumas pessoas para assumirem seu cargo temporariamente, e Jennie começou a trabalhar na Antunes, no setor de marketing, levando Jisoo e Rosé para sua equipe. Formada em design, minha esposa fez uma pós em marketing e foi crescendo aos poucos dentro da empresa.
Claro que sempre haveria os invejosos que assumiriam que estava chegou nessa posição porque era casada comigo, mas quem a conhecia de verdade sabia que era esforçada e muito competente.
Eu assumi o posto de CEO, desde que tio Geraldo se aposentou, mas nunca me mudei para a sala dele. Gostava da minha, onde tudo o que eu precisava já estava organizado onde eu queria, e, de alguma forma, gostava de pensar que o lugar do meu tio estava lá, esperando-o, quando cismava de visitar a empresa e passar um dia ou outro, porque não conseguia sossegar.
E, consequentemente, seria o lugar do meu filho um dia, se ele quisesse, é claro.
Eu estava com a mesma secretária desde que Jennie se demitiu, e Irene fora mandada embora, porque não queríamos, de forma alguma, uma pessoa como ela trabalhando para nós.
Ouvi os saltos de Jennie batendo no piso, desenhando seu caminho até a minha sala. Ela deu duas batidinhas e abriu a porta, entrando.
Linda.
Porra, ela só ficava mais e mais linda.
Usando uma saia grafite e uma blusa social branca, com sapatos altos pretos, os cabelos caíam pelas costas, escuros e longos como quando nos conhecemos. Os olhos dourados estavam maquiados discretamente, e ela trazia uma pastinha na mão.
── Oi, amor ── falei quase em um suspiro, enquanto ela se aproximava da minha mesa. Levantei-me para recebê-la com um beijo.
Tínhamos saído juntos de casa, como todos os dias, depois de irmos pessoalmente levar Theo na escolinha, mas já eram cinco da tarde, e passamos muitas horas em reuniões, separados. Ela almoçara com as
meninas, e não tivemos tempo para nada.── Hum, sentiu minha falta, chefinho? ── ela sempre me chamava assim quando queria me provocar, tanto para lembrar nossos tempos de secretária e patrão como para brincar que eu ainda era superior a ela, já que era o CEO da empresa.
── Sempre. ── Dei-lhe mais um beijo e me afastei. ── Posso te ajudar em alguma coisa?
── Vim te trazer um documento importante. ── Sem dizer mais nada, ela entregou a pasta a mim, e eu a abri, realmente pensando que se tratava de algo da empresa.
Para a minha surpresa, tratava-se de um exame de sangue.
Um exame de gravidez, cujo resultado era positivo.
Olhei para ela, sentindo-me completamente atordoado.
Nosso pequeno Theo já tinha cinco anos e meio, e era a coisinha mais preciosa que tínhamos na vida. Era nosso mundo inteiro, e nós não chegamos a conversar sobre ter outro filho. Eu queria. Muito. Mas como
Jennie estava muito empenhada no trabalho, amando o que fazia, não quis pressioná-la.Aparentemente o destino tinha novamente se intrometido e resolvido a questão por nós.
── Você está...? ── mal consegui terminar a pergunta, porque a vi balançar a cabeça afoitamente, em afirmativa.
── Fui hoje, com as meninas, fazer o exame só para confirmar, mas eu já tinha quase certeza. Vamos ter outro bebê!
Uau... a ideia tomou conta da minha cabeça de uma forma muito mais deliciosa do que pensei.
Outro bebê...
Minha nossa!
Não respondi nada, apenas abracei Jennie, tirando-a do chão e beijando-a de novo.
── Obrigado! ── exclamei, sentindo-me meio bobo, ainda mantendo-a erguida nos meus braços.
── Olha, pelo que me contaram e pela minha experiência anterior, ainda
mais pelo método original da coisa, são necessárias duas pessoas para gerarem um bebê. Você tem papel nisso ── afirmou, brincalhona.── Então me agradeça também.
Ela passou os braços pelos meus ombros.
── Obrigada! ── Nós nos beijamos novamente, e eu ri contra a sua boca. ── O que foi?
Aproveitando que ela estava fora do chão, coloquei-a sentada sobre a minha mesa. As persianas da sala estavam fechadas, o que achei bem propício.
── Sabe uma coisa que eu sempre penso? Que eu tive a secretária mais bonita de todas, ela estava a fim de mim, e eu nunca tive a oportunidade de realizar um dos maiores fetiches da história.
── Quem disse que eu estava a fim de você? ── perguntou, provocadora.
Ergui uma sobrancelha, com um leve toque de arrogância.
── Até onde eu sei, você já estava até grávida de mim, mocinha. ── Levei um tapa brincalhão no ombro.
Merecido.
── E até onde eu sei, fui bem clara quando disse que não queria ser o clichê da secretária e do chefe.
── Concordo. E da esposa do chefe? Acho que seria excitante vivermos uma aventura, não seria?
Seu sorriso sexy quase me colocou de joelhos à sua frente.
── Sem dúvidas, chefinho. Sem dúvidas.
Bem... no final das contas eu realmente me coloquei de joelhos. E me colocaria mil vezes mais, não apenas para lhe dar prazer, mas para venerar a mulher da minha vida.
A mulher que me dera uma família, que me fez lembrar o sentido da felicidade e que me salvou... provavelmente de mim mesmo.FIM!
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝙾 𝚋𝚎𝚋ê 𝚍𝚘 𝚖𝚎𝚞 𝚌𝚑𝚎𝚏𝚎 || ᴛᴀᴇɴɴɪᴇ
RomanceA secretária virgem seduzida pelo chefe viúvo Uma gravidez inesperada, um bebê mantido em segredo Um reencontro um ano depois... . Depois de ser traída pelo babaca do meu ex-namorado, decidi que a melhor forma de me vingar era saindo para um barzinh...