ᴋɪᴍ ᴛᴀᴇʜʏᴜɴɢ...
A noite tinha potencial para ser estrelada, e, do ponto onde estávamos, no chalé, eu conseguia vê-las quase perfeitamente, especialmente no céu que começava a se transformar em púrpura durante o crepúsculo.
Jennie insistira que queria fazer alguma coisa para que comêssemos, e eu decidi aproveitar o tempo com o meu bebê, sentado na varanda da casa, no balanço.
Theo parecia gostar do movimento, parecia apreciar o clima. Eradifícil não sorrir olhando para ele e percebendo nossas semelhanças e as pequenas diferenças – coisas que herdara da mãe.
Queria que ele herdasse, principalmente, sua personalidade. Que fosse gentil e bondoso como ela, que enxergasse o melhor nas pessoas, mas que também fosse forte e justo, e...
E tantas outras coisas que eu não conseguia nem enumerar.
Foi olhando para o meu filho que eu me dei conta de algo muito importante: disse que não amava Jennie, quando ela perguntou, e no momento não foi mentira. Durante o ano de sua ausência, aquela sensação de vazio perdurou. Fingi por muito tempo não entender do que se tratava, tentando enganar a mim mesmo, negando e fechando os olhos para meus próprios sentimentos, mas eu a amava.
Eu amava Jennie. Aquela menina inocente e doce que entrara na minha vida de repente, mudando-a por completo.
── É, amigão ── falei com o neném, aproveitando que seus olhinhos escuros estavam fitando os meus ──, eu amo a sua mãe.
Meu garotinho abriu a boca, movimentando-se como se entendesse o que eu estava dizendo, e eu sorri. Abertamente. Desejando que ele também sorrisse para mim. Quase pedindo por isso.
Queria que me reconhecesse, que soubesse que, a partir daqueles dias, eu seria uma figura presente em sua vida. Seria seu porto seguro, seu protetor, seu conselheiro. Queria ensiná-lo suas primeiras palavras, estar presente nos primeiros passos e lhe passar bons valores.
Enquanto eu pensava nisso tudo, ele sorriu. Ou o mais próximo que poderia ser de um sorriso.
Foi como se o mundo inteiro ao meu redor se iluminasse.
── Meus meninos estão tendo um momento de garotos? ── a voz doce de Jennie surgiu, e eu me voltei para ela, mostrando o rostinho de Theo.
── Ele está sorrindo, não está? ── perguntei, enquanto se acomodava ao meu lado.
── Por que não estaria? Você é o papai dele. E você é lindo. Não tem como não sorrir.
── Você é uma gracinha. ── Inclinei-me para beijá-la e coloquei o bebê no carrinho que estava à minha frente, porque precisava das mãos livres. Meu garotinho se acomodou rapidamente, nem reclamando de sair do meu colo.Senti mais falta de tê-lo ali do que ele mesmo. Depois de soltar um suspiro e me remexer, voltei-me na direção de Jennie, olhando em seus olhos: ── Há um ano, nós estávamos dispostos a tentar, não é?
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𝙾 𝚋𝚎𝚋ê 𝚍𝚘 𝚖𝚎𝚞 𝚌𝚑𝚎𝚏𝚎 || ᴛᴀᴇɴɴɪᴇ
RomanceA secretária virgem seduzida pelo chefe viúvo Uma gravidez inesperada, um bebê mantido em segredo Um reencontro um ano depois... . Depois de ser traída pelo babaca do meu ex-namorado, decidi que a melhor forma de me vingar era saindo para um barzinh...