𝙲𝚊𝚙𝚒𝚝𝚞𝚕𝚘 𝟸𝟸

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𝙹𝚎𝚗𝚗𝚒𝚎 𝙺𝚒𝚖

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𝙹𝚎𝚗𝚗𝚒𝚎 𝙺𝚒𝚖...

Eu estava há muitas horas naquela portaria.

Acompanhei a troca de turno e continuei sentada naquele sofá. Dormi nele. Mal lembrava a última vez que tinha comido. Ainda bem que meu bebê ainda mamava; isso o manteria nutrido até que seu pai resolvesse aparecer.

Até onde eu sabia, Taehyung poderia estar em qualquer outro lugar, passando a noite. Era uma sexta-feira, e eu tive a audácia de ir procurá-lo, chegando ao Rio de Janeiro de ônibus, à noite. Ele poderia estar naquele
mesmo bar onde nos conhecemos, flertando com uma garota aleatória, como acontecera comigo.

Isso ele sem dúvidas poderia estar fazendo, com todo o direito. Mas o resto eu descobri, depois de alguns meses, que foram mentiras.

Quando já estava instalada na casa onde passei a morar e a trabalhar, comecei a fazer algumas pesquisas básicas. Eu me lembrava muito bem do sobrenome de Carla, que vi no exame de DNA, mas demorei um pouco demais para buscá-la.

Primeiro para ver se estava bem, porque, na teoria, fomos vítimas do mesmo crápula.

Qual não foi a minha surpresa ao descobrir que ela tinha um parceiro, marido ou namorado, não importava, e que ele já existia mesmo antes de ela descobrir que estava grávida.

Fui investigando um pouco mais suas mídias sociais e me dei conta de
algumas coisas muito curiosas.

Além desse companheiro aparentemente considerar a criança como sua – o que eu poderia considerar como se ela tivesse mentido para ele sobre o bebê ser de Taehyung, para ter um suporte –, a vida deles subitamente mudou. Viagens, uma casa nova grande e espaçosa, restaurantes caros, carro do ano.

Fora algo tão de repente que me fazia pensar se não havia dinheiro envolvido.

Algo que Sehun também me ofereceu, mas de outra forma. Só que eu não aceitei, porque sua proposta para mim era inviável.

Ok. No início continuei acreditando que poderia se tratar de um dinheiro dado por Taehyung, talvez? Depois que desapareci, ele poderia ter se compadecido de Carla e a ajudado por causa de seu filho, e ela mantivera a mentira para o pai da criança, inventando qualquer coisa a respeito do dinheiro. Ou pior, o pai do menino poderia ter se interessado pelo dinheiro que veio com o bebê e se mantido ao lado da mãe por causa disso. Eram muitas teorias e todas elas poderiam fazer muito sentido.

Claro que eu não era profissional em nada daquilo; não era uma detetive, mas tinha algum tempo livre à noite e decidi usá-lo para compreender melhor o que tinha acontecido. A história que me foi contada nunca me desceu bem, nunca me pareceu possível e verdadeira. Mas poderia ser uma ilusão boba da minha cabeça, não? Um desejo de que o que vivi com Taehyung não tivesse sido uma mentira.

Foi quando fiz uma loucura e liguei para o laboratório cuja logo estava estampada no envelope que me foi entregue naquele dia da reunião.

Apresentei-me como Carla, dando meu nome completo, e pedi se era possível eu ir buscar uma segunda via do exame de DNA que fora feito lá. De início a atendente apenas respondeu que sim, que qualquer exame poderia ser reimpresso, mas insisti pedindo que ela me informasse a data correta em que fora realizado.

𝙾 𝚋𝚎𝚋ê 𝚍𝚘 𝚖𝚎𝚞 𝚌𝚑𝚎𝚏𝚎 || ᴛᴀᴇɴɴɪᴇOnde histórias criam vida. Descubra agora