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Ao terminar de tomar seu café da manhã, os gêmeos fizeram suas higienes tomando um banho quente, se vestiram e seguiram para a escola de Mistyc Falls.

S/n revirou os olhos sentindo o mesmo sentimento de tédio de sempre, a garota ficou ainda mais entediada quando três adolescentes passaram correndo, esbarrando em seus ombros.

Ao ouvir a risada do pequeno grupo de garotas que presenciaram seu material cair, S/n sussurrou irritada:

— Vadias.

—Irmã!.-Repreendeu o mais novo.

— O que? Você ouviu o "hihi" delas? Me irritam.-S/n cuspiu voltando a caminhar.

— Você é uma idiota, e nem por isso ando pelos corredores te xingando.-Rebateu Victor.

— Mas é claro.-S/n sorriu presunçosa.— Você tem medo.

Victor revirou os olhos com o comentário antes de mudar de assunto.

— Você vai ao jogo de hoje? Você tem que ir, seu irmãozinho aqui vai jogar.-Victor escorou-se no armário.

— Meu irmãozinho nem deveria estar nesse jogo.-S/n encarou o mais novo.— Você tem força e velocidade avançada, diria que está apelando.

— Qual é, não seja chata.-Victor suspirou.— Você usa sua força avançada para brigas de rua e nem por isso fico jogando na sua cara.-Sorriu sarcástico.

S/n riu.

— Limites, irmão. Limites.-Avisou a mais velha.—Estarei lá.-Concluiu fechando a porta do armário após pegar seus livros.

Victor assentiu sussurrando um simples "ok" antes de seguir para seu cronograma diário.

S/n seguiu para a sala nove, onde a aula de química havia acabado de começar e já estava entediando a garota.

— Professora.-S/n levantou a mão chamando a atenção da mais velha.

— Sim?.-A mulher se virou para a garota que esticou um sorriso simples.

— Fofa.-S/n suspirou.—Posso ir ao banheiro? Estou apertada.

A mulher revirou os olhos com a desculpa mais esfarrapada da mais nova, se dando por vencida, a mulher respondeu:

—Vá rápido.

S/n apressou-se em se retirar da sala e correr para o banheiro neutro. Já que se ela entrasse no feminino, as reclamações que chegariam ao ouvido da diretora seria nojentas e falsas acusações de assédio. E se fosse ao masculino, os comentários maldosos a chamando de aberração e que "aquilo" que tem seios e um pênis não deveria estar naquele cômodo e muito menos naquela escola.

E quando isso acontecia, o pensamento que "martelava" na cabeça da garota era:

"Do que eles tem medo? Do meu pau ser maior do que o deles?"

S/n suspirou em cansaço tirando um cigarro de seu bolso, o acendendo, S/n puxou a fumaça para dentro e segundos depois a jogou novamente para fora.

Ao olhar para a janela, a garota suspirou vendo os funcionários preparando o campo para o jogo desta noite.

— Tediante.-S/n sussurrou para si.

— Então é aqui que você está.-A voz feminina fez S/n se assustar e jogar o cigarro pela janela.

— Porra, Anny.-S/n cuspiu.— Achei que era a professora.

— Ops.-A garota sorriu.— Estava te procurando.

Anny caminhou até S/n que observava a aproximação da garota sem fazer nada a respeito. Anny agarrou os lábios de S/n que retribuiu o beijo por alguns minutos antes de se afastar ouvindo o sino tocar.

— Eu gostaria de continuar isso, mas disse ao meu irmão que iria vê-lo jogar desta vez.-S/n passou pela garota que arqueou uma de suas sobrancelhas.

Prendendo S/n na parede, Anny murmurou:

— Só mais 3 minutinhos e você pode ir.

— Não seja grudenta.-S/n a empurrou.—Já disse que tenho que ir.

S/n mexeu no cabelo saindo pela porta, Anny cruzou os braços suspirando irritada.

[...]

No vestiário, Victor colocara seu uniforme enquanto tentara manter os pensamentos positivos de que desta vez e somente desta vez S/n apareceria para vê-lo jogar. Já que que havia um tempo desde a última vez que sua irmã havia aparecido na arquibancada. Quando não estar na pista de Skate, estar em bar e quando não estar em bar, estar na casa de alguma desconhecida que acabara de conhecer.

Victor suspirou terminando de se vestir.

—Victor.-A voz masculina chamou a atenção do garoto.—Posso falar com você?.-o homem sorriu simples.

— Claro, treinador.-Victor sorriu.

— Estava a algum tempo pensando nisso, mas só tive a oportunidade hoje, então, não vou enrolar mais.-O homem levou as mãos O ombro do mais novo.—Você vai jogar como capitão hoje, acabe com eles.-O treinador animou-se.

—Sério?.-Victor sorriu empolgado.— Espera, você tem certeza treinador?.

— É claro, devido a alguns acontecimentos, você é o que mais se adequa ao cargo.-O homem sorriu.

— Mas eu sou o capitão.-Lucas, o babaca, se aproximou.— Esse idiota só jogou dois jogos.-Indagou irritado.

— Isso foi antes de você desobedecer uma das minhas regras mais importantes, Lucas.-O treinador comentou "jogando" no ar.— Já está decido.-Foi a última fala do homem antes de se retirar do vestiário.

— Eu sinto muito.-Victor se aproximou de Lucas.

— Não fode!.-Esbravejou Lucas.

A tensão que gerou no vestiário causou calafrios no gêmeo. Ele sabia que aquilo não ia ser bom para ele, ou, para Lucas. Mas ele não podia abusar de seus poderes por motivos fúteis, então ele manteve a calma respirando devagar.

The New Hope For Me (HOPE MIKAELSON e S/N)1°TEMPOnde histórias criam vida. Descubra agora