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A proposta

Hope seguiu para a cela de S/n, e como Alaric pediu, a Mikaelson soltou S/n que praticamente implorou para tomar um banho, nem que seja o mais rápido que a tríbida já imaginou.

S/n terminara de se vestir, apenas se admirava no espelho com um sorriso de lado pensando o quanto fica gostosa em roupa preta.

Mesmo que a garota estara gostando da visão, ela foi tirada de seus pensamentos narcisistas por Hope que colocou a cabeça para dentro do quarto.

— Já está pronta?.-Hope analisou S/n da cabeça aos pés.

— Sim, linda.-S/n sorriu.

— Você só veste preto?.-Hope abriu a porta por completo.— E só pra constar, meu nome é Hope.

— Preto é vida, amor.-S/n sorriu de lado.

— É triste.-Cuspiu Hope.

S/n a olhou como se tivesse levado um tiro no peito, por alguns segundos Hope pensara que a garota realmente estara morrendo.

— O que!?.-S/n praticamente gritou.— Não é triste, é poético.-Concluiu a quimera.

Hope prendeu o riso e em uma tentativa bem sucedida de acabar com a discussão, se retirou do quarto sendo acompanhada de S/n que a seguia até a sala do diretor.

"Triste? Triste é a morte de um cachorro". Pensou S/n.

S/n adentrou a sala observando os rostos "conhecidos" que estavam presentes e claro que o olhar cabisbaixo do irmão não passou despercebido.

— Sente-se S/n.-O homem sorriu.— Quer alguma coisa?.

— Uma bebida.-S/n respondeu se sentando em frente ao homem.

— Refrigerante? Água?.-Alaric perguntara encarando a mais nova que negou com a cabeça.

— Bourbon.-S/n sorriu.

— Você não é muito jovem para isso?.-O Homem perguntou recebendo um sorriso largo.— Tudo bem.

Alaric serviu a garota de Bourbon, S/n sentiu o cheiro do álcool perto de sua narina, soltando um sorriso satisfeito, a garota tomou um gole da bebida.

— O que estamos fazendo aqui?.-S/n voltou a olhar para o humano.— Não viemos para beber.

— Eu tenho uma proposta.-Alaric entrelaçou as mãos em cima da mesa.

S/n se manteve em silêncio esperando o homem começar a falar.

— Conversei com o xerife de Mistyc Falls e ele concordou que vocês devem ficar livres, deram a morte dos meninos como ataque de lobos, animais que saíram para caçar longe da floresta.

S/n gargalhou, gargalhou como se tivesse ouvido a melhor piada do mundo.

— Foi sim, confia.-Concluiu a garota.

— Houve morte de crianças, não é nem um pouco engraçado.-Repreendeu o mais velho.

— Crianças? Eu não matei crianças! Eu matei predadores, monstros, eles merecem o que tiveram.-S/n esbravejou.— E acredite, Alaric Saltzman, eu faria de novo e de novo, mais uma vez e novamente se encostarem no meu irmão. E se defender meu irmão faz de mim um monstro, bom, então eu sou.-S/n deu um longo gole do Bourbon.

— Irmã, por favor.-Murmurou Victor massageando as têmporas.

— Por favor o que?.-S/n encarou o mais novo.— Não mate? Se controle? Se segure? Se repreenda? Não mate os malditos monstros?.-S/n se alterou.— Você viu o que eles eram, o que fizeram com você foi cruel e mesmo assim me pede para que eu pare? Defende quem tanto te machucou, irmão? Você estava certo, você é fraco.-S/n cuspiu as palavras como veneno.

Para Hope, ouvir as palavras que S/n jogou para fora foi a pior das torturas, ela não podia mais apenas ouvir.

— Chega.-Hope chamou a atenção de todos.— Ele está tentando te ajudar, assim como o Dr Saltzman e cada um que tá nessa sala. Em vez de descontar sua frustação, apenas agradeça.-Hope disparou.

— Em algum momento eu pedi ajuda a qualquer um de vocês?.-S/n encarou os olhos de Hope.— Não, eu não pedi. Vocês foram até mim, me trouxeram até aqui, me prenderam e me insultaram. Vocês tem sorte, a última pessoa que me tratou desta forma foi parar em sete palmo debaixo da terra. Então diga de uma vez, Alaric. O que você quer?.

— Eu não consigo imaginar pelo o que passaram, sinto muito pelo o que seu irmão passou, de verdade.-Alaric encarou S/n.— Eu quero ajudá-los, aqui vocês poderão estudar sobre suas espécies, conhecer pessoas novas e fazer amigos. Por favor, me deixe ajudá-los.

— É realmente bom da sua parte, Sr Saltzman. Mas eu não posso.-S/n puxou o ar.— Mas meu irmão sim, ele é inteligente, vai se adaptar rápido, é extrovertido, irá fazer amigos.-S/n sorriu.

— Ei, do que está falando?.-Victor murmurou.— É eu e você contra tudo, se lembra? Se você fica, eu fico. Mas se quer ir embora, então eu vou com você.-Victor mantinha seus olhos no chão.

S/n revirou os olhos se xingando mentalmente pela decisão que tomaria, mesmo que ela tentasse negar, o maldito olhos de cachorro pidão que vinha de seu gêmeo a prendia.

— Que saco.-Sussurrou a mais velha.— Quantos anos você tem? Oito?.-S/n deu um leve tapa na cabeça do irmão.

— Talvez.-Victor riu.

— Então a gente fica.-S/n murmurou se levantando.

— Espera, tá falando sério? Tem certeza?.-Victor disparou seguindo os movimentos da irmã.

— Acho que eu tô mudando de ideia.-S/n caminhou em direção a porta ainda sendo seguida pelo seu gêmeo.

— Ok, ok.-O mais novo levantou as mãos em rendição.— Vou buscar nossas coisas.

S/n olhou em volta das risadas, mas seus olhos e ouvidos se fixaram somente em uma. Hope Mikaelson, a tríbida ria como se desta vez quem tivesse ouvido a melhor piada do mundo tivera sido ela.

E este simples e sincero ato fez o coração de S/n esquentar, em um bom sentido.

The New Hope For Me (HOPE MIKAELSON e S/N)1°TEMPOnde histórias criam vida. Descubra agora