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Victor sentia a dor de gêmeo da irmã, sabia que sua gêmea estara ferida e queria ajuda-la. Parando de correr sussurrando um "espera" para si, Victor usou sua audição de lobo.

"Patas? São lobos!" Pensou o garoto voltando a correr.

S/n olhara para o sangue que escorria de seu ombro se perguntando o motivo de não estar curando.

"Aconito" lembrou S/n.

Voltando o seu olhar para o homem, S/n sorriu.

— Alguém que ataca.. em grupo.-S/n buscava forças para dizer suas palavras.— É pior do que uma mutação igual a mim.

— Pior?.-O homem riu.— Vocês tem super força, super velocidade e audição elevadas, é muita apelação, não acha? Eu sou ciente o suficiente para não vir despreparado.

— Hã?.-S/n encarou o homem.— Eu nem sequer lutei direito, não usei nem trinta porcento do que eu posso.-S/n riu.

— E ainda assim tentou escapar?.-O homem sorriu.— Por que?

— Por que eu falaria?.-S/n sorriu.

— Que seja.-Foi a última fala do homem.

S/n sentia seus olhos cada vez mais pesados, mas antes de ceder ao cansaço e possível morte, o olhar da garoto se encontrou com lobos enorme saindo de trás das árvores.

Uma alcateia.

Lobos normais estariam longe dos sons e caçadores. O que significava que aqueles lobos não são da mesma espécie dos que vivem nessa floresta.

S/n se espantou quando os lobos avançaram nos caçadores, arrancando seus braços, cabeças, pernas, uma completa chacina.

S/n conseguira se soltar com dificuldade, a garota se escorou em uma árvore já sem forças para sequer dar um passo por conta do aconito que já estava no caminho de seu coração.

Victor chegou e não demorou muito para que o resto do "grupo de resgate" de S/n chegasse logo atrás. Os lobos haviam sumido, a única que restava era S/n sentada com a costa apoiada em uma árvore.

Victor correu até sua gêmea analisando o ferimento, o garoto desviou o olhar para os corpos desmembrados.

— S/n.-Victor engoliu em seco voltando a encarar a garota.

— Não me olhe a assim.-S/n se esforçou para falar.— Não foi eu.

— Ei, você está bem?.-Hope se agachou em frente a garota.

— Sim.-S/n sorriu.— Não foi nada.

— O que você fez?.-Alaric olhou ao redor espantado com o que via.

— Já disse, não foi eu.-S/n repetiu.

— Aconito.-Victor praticamente gritou.— Precisamos levar ela de volta para a escola.

— Vocês podem ir na frente.-Alaric tirou o telefone do bolso.— Tenho que ligar para o Matt.

— O que vai fazer?.-Hope encarou o homem.

— Dar um jeito nisso.-O homem discou o número do xerife rapidamente.

S/n sentiu seus olhos pesando, ela não podia mais aguenta-los abertos, então se permitiu apagar.

Victor colocara sua gêmea em sua costa e apressou-se para andar em direção a escola.

"Aguenta só mais um pouco, só mais um pouco". Sussurrou Hope.

[...]

Victor a deitou na primeira mesa que viu, o garoto analisava os ferimentos da irmã que não pareciam nada bons.

— Como lidaremos com o veneno?.-Perguntou Hope ajeitando S/n na mesa.

— Eu cuido do veneno, só segurem ela e não deixem ela se mexer.-Victor explicou pegando um canivete de seu bolso.

Hope, Lizzie e Josie seguraram a quimera contra a mesa. O gêmeo mais novo perfurou a barriga de S/n com a lâmina afiada fazendo uma fumaça quase que minimamente verde sair da garota.

— Para que serve o corte?.-Josie perguntou.

— O veneno tem que sair por um lugar que não foi infectado.-Explicou o garoto.— Não deixem ela se mexer, pode facilitar a chegada do veneno ao coração.

Mg adentrou a sala e como pedido por Hope, o vampiro ajudou a segurar S/n que abria os olhos lentamente.

S/n soltou um grito de dor sentindo o veneno a rasgando enquanto passava pelo corte profundo em sua barriga. A quimera tentara se debater a todo custo, dificultando o trabalho de Hope, Mg e as gêmeas.

— Segurem firme.-Victor segurou as pernas da irmã.

Ao perceber que o veneno estava quase todo para fora do corpo da sua gêmea, Victor encarou as bruxas.

— Queimem dentro do ferimento.

— O que?.-Hope o olhou.

— Não se preocupe, ela vai se curar.-Victor se mantinha firma segurando as pernas da irmã.— Mas para isso ela precisa que o veneno seja aniquilado por completo, é preciso queimar.

Lizzie sussurrou um feitiço fazendo os ferimentos de S/n queimar, a fazendo gritar novamente de dor.

E mais uma vez a quimera desmaiou.

Hope levou a garota até seu banheiro, ligou a torneira da banheira e colocou S/n dentro para que ela pudesse lavá-la e tirar o sangue do corpo da garota.

— Lo..bos.-S/n sussurrou chamando atenção da Mikaelson.

Hope ficara confusa, mas lembrou do que S/n disse mais cedo. Sobre ter sido lobos que fez a chacina e não ela.

— O que isso significa?.-Hope perguntou colocando uma mecha do cabelo de S/n atrás de sua orelha.

S/n adormeceu sem responder a tríbida que suspirou voltando a despi-la e a limpá-la com cautela.

Hope terminou o banho de S/n e a levou até sua cama para que a quimera tenha um descanso.

Hope se retiraria do quarto, mas continuava pensando "e se ela tiver pesadelos?" "E se ela precisar de alguém?", então a Mikaelson se deu por vencida e deitou ao lado da quimera.

The New Hope For Me (HOPE MIKAELSON e S/N)1°TEMPOnde histórias criam vida. Descubra agora