31 - new sunshine

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DERIC POV

Eu não conseguia nem esconder o quão puto eu estava de ver Mel e Neymar andando pra lá e pra cá cumprimentando a todos com aquela pinta de casal dono de festa.

Sei nem quanto eu bebi, vinha whisk eu bebia, gin eu bebia, cerveja eu bebia, o caralho de asa.. eu bebia. Amanhã eu estaria NA MERDA.

Já estava no meio da festa, o pagode comia solto no palco, Neymar tava lá em cima como bom pagodeiro cantando tudo errado, com muita cachaça na mente.

Uma ruiva muito gostosa veio puxar assunto comigo e eu não ia dar assunto, mas vi Mel olhando e quis dar uma provocada. Enconstei no braço da menina, falei algumas coisas no ouvido dela... Melissa saiu batendo o pé pra perto da Ana Clara e da amiguinha loirinha dela, me fazendo dar um sorrisinho vitorioso.

MEL POV

Ele tava de sacanagem, não é possível! Depois que o Neymar me "liberou" dos contatos eu parei com Rafa, Ana e Beth num cantinho pra ficar sambando, já que Da Costa tava bebendo com Deric e uns jogadores de futebol brasileiros que eu só conhecia por nome.

— Bem que podia acreditar, te vejo e falta o ar, meus olhos podem ver... O QUE??? -Rafa cantou fazendo um microfone com a mão para mim.

— O AMOR ACONTECEEEER! E NÃO É ILUSÃO - cantei levantando a minha cervejinha.

— SEGURA MINHA MÃOOOO E VAMOS VIAJAR PRA VER O SOL BRILHAR PRA GENTEEE! - Ana continuou com a mão no peito.

Belo era demais pro meu coração, eu não tinha nem saúde pra isso, precisava tomar um ar.

— Vou lá fora rapidinho!

Falei com as meninas e nem deixei elas constestarem, já fui andando até a área externa, na varanda onde tirei aquela foto mais cedo.

Me apoiei no parapeito, fechei meus olhos e respirei fundo. Meus saltos já estavam me matando, queria um chinelinho, mas sem condições de descer do salto aqui com tanta gente importante.

— Pensei que eu não ia ter um tempinho com você nunca. - aquela voz me paralisou, o seu cheiro era inconfundível.

— O-oi Deric.. - falei me virando, gaguejei, quase engasguei e quase perdi o equilíbrio.

Ele abriu os braços sorrindo e eu não resisti, corri até e ele me abraçou. Era um abraço apertado, mas confortável e cheio de saudade, apoiei minha cabeça em seu peito enquanto ele me fazia um carinho na cintura.

— Senti saudade... - eu falei baixinho.

— Eu também, cê nem imagina o quanto.. - ele falou mais próximo ao meu ouvido.

Ficamos ali alguns minutos só curtindo os nossos corpos juntos. Senti seu carinho, ouvi seu coração batendo, o seu peito subindo e descendo, a sua respiração no meu pescoço. A verdade é que nenhum dos dois tinha coragem de desgrudar um do outro, era como se só existisse o nosso abraço naquele momento.

— Como que você tá? - ele disse enquanto nos afastávamos e fomos caminhando pela varanda externa, só para sair da porta.

— Pra ser sincera, eu tô muito cansada. Trabalhei muito pra essa festa e finalmente ela rolou, vou tirar uma semana de férias da cara da Família Santos.

— E tem como? Cê faz parte da família, pô.

— Eu sei o que cê tá pensando.. E a resposta é não, a gente não ta junto! Não mesmo! Eu e Junior somos amigos...

— Amigos igual eu você? - ele perguntou e eu apenas neguei com a cabeça — Então quer dizer que nossa amizade é diferente?

— Você sabe que era..

— Era?

— Deric, é que faz tanto tempo...

— E você não sente mais nada? - ele disse tocanto as mãos em meu braço direito descendo lentamente até chegar em minha mão.

— Eu não disse isso.

— Não precisa dizer.. Consigo ver dentro dos seus olhos.

Eu nem consegui responder, quando eu dei por mim eu já estava em seus braços e nós nos beijávamos como se não houvesse amanhã.
Era um beijo desesperado, também né? Quase um anjo sem se ver, mas logo fomos encontrando o nosso jeito único de beijar.
Sua mão direita apertava minha cintura e a esquerta segurava meu rosto.

Terminamos de beijar e eu escondi meus rosto na curva de seu pescoço, assim como fiz da primeira vez que o beijei.

— Porra! Que saudade!

Não respondi, apenas fiquei passeando com meu nariz em seu pescoço, lembro que ele amava quando eu fazia isso.

— Cê faz muita falta, pretinha, muita.

— Eu também sinto a sua falta, aqui.

Nos olhamos e demos um sinho devagar, que ia virar um outro beijo, mas fomos interrompidos pela música. O grupo de pagode que estava no palco começou a tocar "sunshine" em ritmo de samba.

Foi automático os nossos olhares se cruzarem e rimos igual dois bestinhas/idiotas.

— Ali me ganhou, depois que você chegou no meu mundo, quase tudo mudou.. - eu cantei.

— É muito foda como que essa música fez uma premonição de tudo que você seria pra mim, né?

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⏰ Última atualização: Nov 16, 2021 ⏰

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