Capítulo20: Começaram os problemas. De novo...

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Toda aquela confusão no final não me levou a nada, mas Lucy me parecia ter piorado, então deixei que ela ficasse ali mesmo até que dormisse. No dia seguinte nós dois esclareceríamos as coisas. Fui para o Jardim junto de meu irmão. Algo tinha de ser discutido.


~*~



-Então foi assim que as coisas vieram até onde estão hoje?


-É. Só merda né.


-Humpf, maninho vou te falar, você está bem ferrado. –Concordei – Vai fazer o que a respeito de tudo?


-O que está dizendo, vou acabar com essa palhaçada toda antes que alguém se machuque.


-Sempre com mão de ferro quente, não é.


-Não perdi o costume, desculpe.


-Não tem pelo o que se desculpar, se fosse envolvendo a "Ta" ou a Lilith eu ia fazer a mesma coisa.


-Ainda não entendo por que você não fala "Ishtar".


-Por que, parece masculino: Ishtar. –Você quem escolheu o nome da própria filha, imbecil.


-Mas quem entende acha lindo, e dá até pra a chamar de... –Reparei sobre como ele me olhava e decidi deixar a frase morrer. – Deixa pra lá.


-É bom mesmo.


~*~



Que horas eram? Droga, acabei dormindo, será que eu perdi o jantar? Chorei até apagar...


Estou com fome. Malditas lembranças... As? Não está aqui, onde será que ele foi? Afinal, em que lugar eu estou?


Era uma casa de madeira com paredes brancas onde tinha uma espécie de faixa vermelha detalhada um pouco acima do chão. Bonita, luzes todas centrais e com luminárias em alguns lados da sala, ela era um pouco pequena, mas eu não achei que chegasse a ser apertada. Passei pela sala e foi até a cozinha com uma porta lateral que dava para fora da casa.


Eu encontrei um homem e pensei ser o meu marido:


-As?


-Ele saiu. –Respondeu um moço alto de cabelos raspados acima das orelhas e moicano simples que estranhamente caia sobre um de seus olhos. Usava uma calça jeans com o corpo cheio de cicatrizes em formatos semelhantes a manchas de cor azul:


-E você é?


-Pode me chamar de Sath. Ou Satã.

O meu DemônioOnde histórias criam vida. Descubra agora