Capítulo 43: Histeria coletiva dissociativa

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Já haviam se passado alguns dias desde a noite em que matei meus pais, as coisas em casa estavam melhores, eu me sentia mais livre e mais alegre. Tinha um espaço que à muito tempo não era preenchido: Felicidade.


A pequena era a estrela da casa, todo dia alguém ia lá ver ela. Até Salazar disse que ela era linda, mas ele é cego então é uma beleza inegável:


-As, hora que você voltar traga umas cervejas, ta.


-Lucy eu não acho que isso seria algo coerente.


-Não é nada demais. Traga logo.


-Está bem então.


Sai daquela vida de antes, agora para ser feliz tem que estar bem, tem que estar mal:


-Oi minha princesa. –Falava com uma voz manhosa. - Você ta muito sorridente hoje sabia? Você ta feliz igual à mamãe não é?


Fiquei ali brincando com ela, parecia uma menininha que brincava com a boneca nova. Era minha bonequinha, só minha, minha filha, minha vida, meu tudo.


~*~



Francamente, acho que uma mãe devia entender que álcool e filhos não combinem. Ai Lu, eu não vou dizer nada:


-E ai paizão. –Azazel – Tem paparicado a pequena demais ou precisa que eu faça isso por você também?


-A única cosia que eu preciso é dos documentos reais da investigação da festa.


-Todas trocadas, alteradas e as pontas soltas aparadas.


-Ótimo.


-A Lucy ta bem agora?


-Ta melhor sim, tirando o fato de que ela ta com a ideia de que tem que ser desamparada pra ser feliz.


-Ei, você não é o melhor exemplo disso também não.


-Nem você!


-É, mas eu diferente de você, além de mais bonito.


-Que seja.


-Vou hoje à tarde ver ela tá.


Isso me deu uma ideia. E Azazel ia me poupar trabalho:


-Ta, ta. Leva cerveja!


-Por quê?


O meu DemônioOnde histórias criam vida. Descubra agora