Capítulo 42: Estatuas em coro

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Elsa tinha me dito brevemente o que iria acontecer. Era entrar e sair.


Limpo, sem testemunhas.


Ao que entendi, estava acontecendo uma confraternização de magnatas do México e países da América do Sul e éramos o evento de encerramento. As ia entrar pela porta da frente e o resto do pessoal ia dificultar o noticiário da noite. Estamos quase em Junho, mas dessa vez a fogueira chegaria mais cedo que o quentão e a pipoca.


~*~



Era realmente uma festa para pessoas de alto calibre bancário. Entrei usando minha identidade civil mesmo.


Quando cheguei vários reportes foram para cima de mim:


-Senhor Maledictus, o que esperarmos para o próximo semestre?


-É verdade o que dizem sobre o estado de seu cônjuge?


-E os supostos relatos de envolvimento criminoso?


Ignorei. Porcos e abutres que vestem mascaras de humanos. Queimarei todos vocês, iguais aos animais que são.


Lâmpadas fortes e brancas mostravam o pátio, era tudo muito castelo de contos de fada. Mesas de vidro com panos dourados e porcelana prata... Garçons todos iguais como o povo alemão em 1940: Sem expressão, sem vida, apenas disciplina.


Com o passar do tempo às coisas foram aparecendo, pessoas se apresentavam, derrubavam os talheres, debochavam dos colegas que se comprometeram apoiar, bolavam esquemas mal elaborados. Era uma pedra de ódio sendo esculpida, até virar algo semelhante ao amor.


A classe alta era cada vez mais deplorável. Quero ir pra casa assistir desenho...


Está demorando muito para aqueles dois aparecerem. Vou ligar pra Elsa, não, melhor não. Ela pode estar ao lado da Lucy, seria falta de educação um telefone tocar no hospital, totalmente indelicado e desagradável com as pessoas ao redor. Vou ligar pro Beel:


-Beel está tudo certo? - Afirmou- Avisa as meninas para ficarem de olho nos fundos, isso aqui tem que afundar até o inferno para que dê tudo certo.


~*~



Estou cansado de esperar, foi quase no final do evento que os pais de Lucy apareceram. Quando eles ficaram no centro do salão dei o sinal para começarem a agir.


Fui simples: Azazel Beel e Jean que estavam do lado de fora do recinto dispararam nos convidados e empregados do lado de fora, as rajadas de disparos formavam um triangulo na portaria. Se tivesse um olho no meio seria legal, mas não tinha. 

O meu DemônioOnde histórias criam vida. Descubra agora