Capítulo 52: O noivado dos homens.

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As e eu estávamos quase prontos para o casamento. Eu tinha pedido pra ele encontrar um noivado homossexual para irmos e ele achou um. A cerimônia era algo simples: Família e apenas em um ambiente público: Praça Central.

Minha semana ficou maravilhosa. Depois de ontem, As me disse em casa que tinha sido preso quando os últimos traidores foram mortos. Agora Kur era dele novamente e os Russos tinham recuado.


Alguns minutos do apartamento e chegamos um pouco depois do horário.


As desceu vestindo um terno lindo cinza claro, a blusa social branca, os sapatos pretos que eu havia comprado pra ele semana passada e gravata roxa. E o cabelo...


-Que foi?


-Nada eu só... Adoro esse seu cabelo...


As deixava quase todo o cabelo bagunçado, só uma parte da franja ele puxava para que ela ficasse sobre o seu rosto. Era uma mecha levemente ondulada que ia até a ponta do nariz, os fios dela estavam sempre juntos mesmo que ele entrasse na água. A mecha ficava marcada quase como uma marca de nascença.


Deixando de admirar meu marido ele me mostrou os nossos lugares ao lado de uma mulher de cabelos negros curtos bem na frente do altar improvisado:


-Lucy senta ai ok?


-Ta, mas aonde você vai?


-Eu vou pro altar? –Não estou entendendo.


-Você é o padre?


-Eu sou o noivo.


O que? Ele é o noivo... Vai me trair na cara dura Asmodeus?


O casamento começou, As estava todo esbelto ao lado do padre. A mulher do meu lado começou a fumar. Como eu estava super aborrecida com aquilo tudo decidi voltar minha atenção a colega ao lado... Na esperança de que ele me distraia.


Ela era até que fortinha sabe? Braços grossos, tatuagens e maquiagem preta. Jaqueta de motoqueira e jeans branco. Camisa regata de academia e esmalte roxo escuro. Calçava um par de botas pretas em tom petróleo de cano alto. Quis quebrar o silêncio:


-Com licença moça?


-Que é? –Disse pondo outro cigarro na boca.


-Você sabe quem é a noiva?


-Ah. Sei. Se é que você pode usar a palavra "noiva". É o meu marido.


Tudo bem, isso já está estranho demais.


-Olha ele ai. –Me disse apontando pra traz.


Quando olhei pra traz avistei ninguém menos que o Diabo em pessoa. Vestindo um vestido verde horrível.

O meu DemônioOnde histórias criam vida. Descubra agora