Capítulo 46: As águas turvas

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Estávamos andando por aquelas ruas e encruzilhadas a mais tempo do que podia lembrar, As me disse que as pessoas que ali moravam eram muito pobres e por dinheiro ajudavam a criminalidade, desde com falsos álibis até incriminações forjadas:


-Por quanto mais tempo vamos andar por aqui?


-Pouco, mais a frente e vamos pegar umas coisas com o pedófilo.


-Pedófilo?!


-É. Não ouviu não?


-Você não se sente mal, sabe você tem uma filha pequena e tudo mais...


-Olha: Ninguém gosta desses caras, ninguém se envolve com eles, esses caras são os quadros de uma mansão vazia: veem e ouvem tudo.


-Faz sentido.


Não vou dizer que estou tranquila, mas também não é como se eu devesse me preocupar. No carro As me disse para carregar uma carta e eu estava ate agora com ela no bolso.



Após algumas ruas chegamos a um marcadinho, As apontou para uma figura de boa aparência, casaco e roupas elegantes encontrado na parede, aquele era o cara que falou antes:


-Alû! E mulher?!


-Calado Frank, me dá aquilo que eu vim buscar.


-Claro, mas antes...


-Pom, entrega pra ele o envelope. –É comigo? –Pom!


É. Entreguei


-Tudo certo?


-Tudo, tudinho. O cara que vocês procuram é um drogadinho que fica na parte de trás, se forem rápidos podem "cuidar dele" antes que mais alguém apareça, entendem?


~*~



Queria entender o que eles disseram, falou parte de trás e eu achei que falavam do mercado, era outro lugar:


-A.. –Me interrompeu.


-Shh!


-Alû... Que conversa foi aquela?


-Parte de trás e por onde as coisas entram nessa cidade, e bem. Pode ser que tenha mais gente atrás dele.


-Tipo quem?


-Quem nós queremos.

O meu DemônioOnde histórias criam vida. Descubra agora