Capítulo 28: Força dos anjos

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Liguei para as meninas me encontrarem no café depois do trabalho, eu tinha coisas a conversar com elas, posso ser apenas uma mulher que trabalha em uma editora, mas desejo ajudar meu marido do jeito que eu puder.


Pensei muito e percebei que meu papel também é fundamental nisso tudo, darei meu apoio da melhor maneira possível As!



~*~



Então é aqui que eles se esconderam... Vamos acabar com isso. Desci do carro acompanhado de Leo. 

Melhor descobrirmos algo interessante aqui, ou vou ficar muito revoltado:


-Quem vem ai?


-Negócios garoto. Não se meta.


-Qual é babaca, quer morrer?


Baraquiel já me assustou algumas vezes, confesso que Azazel mesmo concorda comigo a respeito do irmão. Ele não tem expressão ou personalidade, parece um quadro em branco. Mas é ótimo quando deve entrar sem ser visto. Escondeu o corpo do garoto que vigiava sem demorar e já foi me acompanhando enquanto entravamos na antiga fábrica de congelados que ficava em Kur.


~*~



Quando elas chegaram, eu já estava dizendo o que pretendia. Claro que elas não concordaram, mas nem por isso se negaram a participar:


-Lucy eu não sei até onde ou até o que o As te disse, mas o pouco que eu imagino que você saiba deve ser o bom o bastante pra não fazermos nada. Os meninos e nós tivemos uma história a parte. Nos conhecemos nas ruas usando outros nomes e agradecemos que isso não impediu ninguém de construir uma vida nova. Mas é exatamente igual no clube, nós fingimos que nunca aconteceu, que nunca existiu e seguimos fingindo. Como se tudo fosse pela primeira vez! Faça o mesmo.


-Eu sei Elsa, mas...


-Nada de mais Lu, ela não está errada. Deixa pra lá, nossos tempos já se foram.


-Jean!


-Lucy, eu entendo seu posicionamento, mas já pensou nela? Agir em suas condições?


Um silêncio foi se formando naquela sala depois que Elsa me disse isso.


As pessoas ficavam usando outros para me segurarem mesmo depois de adulta. Ficam usando covardemente minha filha para me controlar. Eu estou gravida, não doente.


-Elsa... Não tem um único maldito dia em que eu não pense na minha filha, eu sei que em minhas condições eu não tenho o mesmo dom de agir, e sei que se fosse por As, eu estaria em casa agora, sentada. Sentada enquanto ele está fazendo não sei lá o que! Eu não sou inútil!


Quando era pequena eu sempre ouvi dos outros o que fazer, eu sempre fui controlada e regrada pelos meus familiares. Mas Elsa parecia ter esquecido disso:

O meu DemônioOnde histórias criam vida. Descubra agora