Capítulo 39: Despedida do sonho

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Asmodeus se levantava do acidente da van e aos poucos já voltava ao normal, ainda abatido com tudo que tinha passado ele se levantou e cambaleava de cabeça baixa até que esbarrou em alguém:


-Você está mal.


-O que você quer Baraquiel? ...


-Vim te buscar.


-Não quero ir...


~*~



Ignorei e caminhei reto. Ele me acertou na orelha com o punho fechado. Eu estava consciente, só fingi que não, mas não me importei quando ele me pôs em seu ombro e me levou pra qualquer outro lugar que seja. Já não me fazia tanta diferença mesmo.


~*~



Eu fui levado até em casa onde todos estavam me esperando. Eu fui deixado no sofá da sala onde eu costumava ficar assistindo desenhos depois do trabalho, pouco tempo depois Lucy apareceu e essa deixou de ser minha rotina:


-As você ta melhor? - Não responderei você e nem ninguém Azazel.


-As você sumiu por umas vinte horas cara, o que ficou fazendo esse tempo todo? -Elsa


-Ele não vai falar nada! -Bellzebu


-Cara deixa ele voltar a consciência! –Jean


Eu não queria falar, mas se não dissesse nada não iam se calar:


-Eu já voltei minha consciência... 


Chamei a atenção de todos. Se calaram para me ouvir.


-Mas... Mas isso... Isso não muda nada...


As palavras saltitavam da minha boca, eu estava começando a engasgar com minha língua e tossia toda vez que falava por causa da tristeza:


-Sabe... Eu achei que tudo sempre melhora depois que piora... Eu acreditei nisso, você também Azazel. –Ele concordou – Mas, não sei galera, parece que eu fiz algo de errado, parece que o que nos ensinam é o errado. Você segue as regras, obedece certinho a tudo, faz as coisas normais, mas parece que as pessoas que se dão bem são sempre as que não seguem isso. Elas são cruéis, desonestas, arrogantes e egoístas, e... E parece que tudo de maravilhoso acontece com elas enquanto você que respira, luta, acredita, ou seja lá o que você faça para as coisas darem certo... Só se ferra! Deus abandonou essa terra e o Diabo a tomou para ele. Ele tomou para-se quando nós o matamos com nossa maldade e o enterramos com nossas mentiras. Tentamos fingir que não e olha só: Voltamos aonde tudo começou.


Eu já não me importava com o choro.


O meu DemônioOnde histórias criam vida. Descubra agora