"Pelas flores cercam os olhos de quem tem o medo no coração.
Quem disse?!
Você.
Eu? Quando.
Amanhã, hoje e sempre. Me perdi.
Não, você ainda não se encontrou"
~*~
Depois de ter saído da oficia, ainda com a mente perturbada, Asmodeus foi no hospital ver o que ele mais temia: Sua família em risco.
Poucos eram os pensamentos ou vozes que circulavam em sua mente e menor ainda a lucidez que ele sempre procurou manter.
"Lucy... É culpa sua, você não as protegeu, deixou que eles fizessem isso. Sim... eu fiz isso. Você é incompetente! Você tem piedade e compaixão! Eu aprendi a ter. Então aprenderá a perder. Eu não quero perder. Então aprenderá a vencer. Sim, eu irei. Faça!"
~*~
Levantei ainda dolorido, mas tinha que ir atrás do As antes que ele fizesse algo irreversível:
-Alguém ai consegue ligar pro Baraquiel?
-Eu posso tentar. - Elsa dizia com dificuldades. Doía um pouco seu corpo, mas era menos do que qualquer outro ali dentro estirado no chão.
-Perfeito, avisa ele pra dar um jeito no As... Não esconda nada ok. A última pessoa que eu quero ligar é para aquele otaku.
~*~
Ainda pelas ruas encruzilhadas de Kur e sem respostas, Asmodeus ia procurando de canto em canto por algo que o levasse aos culpados.
É incrível como uma mente perturbada pela perda se concentra nas mais terríveis e deploráveis ideias e indagações da consciência humana. Ao se convencer que não há nada para perder, o indivíduo cria uma meta que o faça recuperar/ganhar tudo que for possível, não tendo hesitação quando se trata de ações ou consequências. Lhes apresento: o Desespero.
Ainda sem muitas escolhas eles seguia cambaleando pelos estreitos becos do distrito suburbano da cidade murmurando Lucy, Lucy, incansavelmente.
Mãos tremulas, mas ainda capazes de partir todos os ossos do rosto de uma pessoa ao meio eram seu "obrigado" e o seu olhar sua fala.
Cambaleando e com lagrimas que escorriam, ele sentou na calçada e passou a observar todas aquelas casas ali. Ele entrou em uma deles e viu uma mulher agarrada aos dois filhos e isso o fez lembrar de Lucy. Voltando as suas emoções primitivas ele saiu de lá de mãos ensanguentadas pelo desespero novamente.
Ao levar suas mãos à cabeça ele urrou em aflição. A inveja era algo horrível. Segue sua caça.
~*~
"Onde chegarei?
Aos braços de sua família.
Não tenho essa virtude.
Passou a ter.
Verdade?!
Sim, mas precisa lutar por eles.
Diga-me como.
Persista."
~*~
Fomos todos para Kur, ouvimos algumas pessoas falando sobre inúmeros homicídios brutais nas últimas horas e lá era nossa melhor chance de achar aquele desgraçado:
-Alguém ligou para que a Lucy não fique sozinha?
-Ed. falou que ficaria por perto.
-Ótimo. Baraquiel já está em Kur, mas precisamos parar As, ou pelo menos impedir que ele faça outra coisa.
-Vou revisar o plano: Se dispersem e se acharem As, tentem ganhar tempo para que os outros cheguem. Não enfrentem ele ou nada que resulte em morte.
-Entendido. – Respondemos.
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O meu Demônio
Romance"Não tenho muito que contar, mas o que puder irei dizer. Nunca quis que você passasse por isso. Nunca desejei..." "Não tem com o que se desculpar. Eu te amo e lhe aceito por inteiro. Queira ou não" obs: não consigo editar a historia antiga, repostan...