Capítulo 47:Três dias

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Ainda não me senti segura com esse homem que por acaso ainda não si quem é. As ligou e disse que estávamos indo encontrar os outros.


~*~



O local de encontro era num dos bares da cidade próximos à rodovia:


-Ai estão eles. –Elsa


Ao chegarmos o Gerente foi matar a saudade dos nossos amigos como se fossem próximos:


-Navalha! Ainda ruiva?


-Não estou tão velha assim.


-E então o que tem pra nos dizer? –Azazel 


O rapaz insistiu mais um pouco:


-Faz tanto tempo! Não vamos querer deixar de lado esse reencontro?! –Silencio – Desanimados... Os anos foram cruéis pro humor de todos. 


As pediu para que ele parasse:


-Kuroshi, por favor...


"Kuroshi"? Serio que esse é o nome do rapaz? Ele nem é asiático, qual a dele? Resolvi me pronunciar:


-Ei meninos, vamos para com isso. Kuro diz o que queremos de uma vez! - Exigi.


Andávamos de cima a baixo atrás dessa menino e eu ainda não sabia porque. Toda hora que eu parecia fazer algum progresso com as meninas chegávamos em um beco sem saída. Estava frustrada. E agora parece que com esse moço tudo vai se resolver fácil assim? 


Ele me olhou estranho. Parecia procurar ou reconhecer algo em meu rosto. Ele deu alguns passos para frente e para trás. Olhou para o teto, curvou as costas. Ele sorriu e falou para mim com um tom um pouco diferente:


-Desculpe, mas... Por acaso existe algo em você que lhe faça exercer sua vontade sobre os demais? Que eu saiba você não e nada aqui. Nada! Eu nem sei o que você fez para merecer estar aqui, nem sei nada sobre você além do fato que e casada com esse homem que este sim! Pode dar sugestões. Você nem atenção minha deveria receber.


O clima foi ficando tenso. Por maior tempo que durasse ninguém ousava dizer algo ou fazer qualquer coisa. Pareciam todos estarem com medo? Eu não estou gostando do tom deste homem:


-Mas serio quem você pensa que é? Você não é nada. Você é só uma mulher fútil aqui. Não vou dar palavra alguma a alguém que não demonstre merecer.


-Esquete aqui seu... Moleque! Eu não vou ser obrigada a ouvir você!


Novamente ele muda seu tom para um mais indago:


-Ah é mesmo? Então mulher me diga, apenas me diga ou me faça, de alguma forma, entender o que você pode fazer? Você pode fazer alguma coisa por si só ou vai pedir a estas pessoas mais ajuda com antes?

O meu DemônioOnde histórias criam vida. Descubra agora