Filhos do fogo - Selene

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Acordo e escuto um barulho, me levando depressa da cama. Já está de manhã, pois o sol já está nascendo, deve ser quase 6 da manhã.
Ouço a voz mais alta, o som vem da parede ao lado da escrivaninha, chego mais perto... A uma pintura de uma rainha parece. Toco na pintura e sinto um arrepio, a voz vem de traz da parede.  Como? Começo a tocar em todos os lados, é uma porta, toco em todos os lugares para ver se consigo abrir. Nada. Tento empurrar e... Abriu. A visão se expande para um lugar totalmente escuro, sem qualquer iluminação.
A voz fica mais alta e clara, está chamando Selene, Selene... Venha... Siga a voz Selene.
Pego uma vela e acendo, quando me dou conta já estou nos corredores infinitos, sigo a voz até chegar a uma porta muito abaixa do meu quarto. A porta está entalhada com desenhos antigos. Fico imóvel, reconheço eles na hora, minha mãe falava que usou esses símbolos para invocar a  primeira Rainha de Adarlan Elena. Filha do rei Brannon Galathynius, ancestral da minha mãe. Os símbolos de Wird.
  Vejo luzes pelas laterais da porta vindo de dentro, abro a porta. A rainha Elena esta lá ao lado da sua sepultura. A rainha está bela, radiante com cabelos platinados e um vestido dourado.

- Estava esperando por você Selene - Diz a rainha, fico imóvel - ah, não tenha medo menina, fui grande amiga da sua mãe - ela conhece minha mãe? - Essa situação me lembra de nosso primeiro encontro, na época estava tentando descobrir os monstros que estava deixando uma pilha de mortos, eram walgs , claro.

- Você é Elena, primeira Rainha de Adarlan, com... Como está aqui? Viva - digo assustada e curiosa. Agora me lembro de minha mãe contando que a rainha antiga ajudava ela. Elena sorri.

- Só tenho alguns minutos - diz ignorando minha pergunta - Uma tragédia irá acontecer, fique atenta - a rainha segura meus ombros e diz me encarando - Não desperte o mal novamente Selene, jamais, mesmo que custe a vida dos que ame.

- Não estou entendendo, oque vai acont...

- Não abra o portão Selene, o preço é inominável. - quando vou interrogar para entender oque está acontecendo a rainha desaparece. Simplesmente Buf, como se nunca esteve aqui.

- Quem era ela? Que diabos está acontecendo aqui?! - me viro rapidamente e vejo Lyan boquiaberto olhado para onde a antiga rainha esteve, então me encara.

- Não sei, eu... Eu ouvi uma voz me chamando e a segui até aqui, quando abri a porta me deparei com a antiga rainha Elena, bem aqui - aponto para ao lado da sepultura.

- Está me dizendo que a primeira Rainha de Adarlan era ela? - concluí - Viva? .

- Eu sei, mas você viu também - balanço a cabeça - Que loucura.

- Concordo - diz com dúvida no olhar - Oque ela disse? Só escutei a parte " o preço é inominável" oque quer dizer? - pergunta querendo saber, olho para ele e nossos olhares se encontram, então digo a ele.

- Que merda, oque ela quer dizer com  " não abre o portão" que portão? - diz agitado.

- Não sei - e sou sincera - Vamos sair daqui - Lyan solta um grunhido em concordância.

Subimos pelas escadarias e corredores, totalmente escuros, somente iluminado pela luz da vela.
Chegamos ao quarto e fecho a porta, ficamos meia hora lá dentro. Nos sentamos nas poltronas do quarto, cor de marfim e mal vejo o tempo passar, tentando entender oque houve. Lyan logo saí murmurando que tinha que resolver uns assuntos.

                                  *

Alguns dias se passaram e não vejo Damen, a rainha diz que estava nervoso e queria ficar sozinho, então não quis incomodar. Visto um vestido branco e lilás, e uma tiara de prata e cristais. Saio do quarto e vou passear pelos jardins de rosas e uma caminhada na mata.

Após 1 hora vejo Damen acompanhado por dois guardas se aproximando de cavalo

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Após 1 hora vejo Damen acompanhado por dois guardas se aproximando de cavalo.

- Aí está você - diz descendo do cavalo - Me perdoe ter sumido, uma caminhada pela mata - pergunta.

  - Sim, quis fazer uma caminhada para pensar - digo sendo sincera, ele me encara e seu olhar fica sombrio.

- É sobre o casamento não é? - diz com um tom de raiva - Eu sinto muito, foi por isso que quis ficar sozinho, me sinto culpado por...

- Não - digo o interrompendo com a mão - Você não tem que se sentir culpado, você não tem nada a ver com isso, Damen.

O príncipe se aproxima mais, deixando pouco mais de 20 cm de distância entre nós, ele ergue meu queixo com a mão, delicado mas firme. Me faz encara-lo, seus olhos parecem brilharem.

- É sim, eu deveria ter feito antes.

- O que? - pergunto, estamos tão próximos que consigo sentir sua respiração na minha - Damen?

O príncipe avança e seus lábios tocam nos meus, sua boca é macia e quente sobre a minha. Ele para e nossos olharem se encontram, seu olhar é carinhoso, mas franze a testa e recua uns sentimentos.

- Me desculpe, eu... Eu não deveria - diz gaguejando - Somos amig...

Não o deixo terminar a frase e beijo Damen, sinto seu desejo e carinhosamente suas mãos deslizam até minha cintura me envolvendo em seus braços. Ficamos ali por um tempo, então os guardas nós interrompe.

  - Desculpa interrompe, mas vossas majestades requerem suas presenças imediatamente - o guarda mais velho diz e nos afastamos um do outro, sinto frio onde seu corpo me aquecia.

- Claro - diz o príncipe, então me olha com um sorriso lindo no rosto - Vamos? - me oferece a mão, que a aceito.

- Vamos - respondo abrindo um sorriso.













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