Zona Oeste Sao Paulo
Amanda
-Eii tia!- levo um susto quando ouço a voz. o susto maior vem quando sinto algo frio na minhas costas -Só anda e fica quietinha, se gritar eu atiro
sinto minha pressão baixar na hora. olha pro garoto que nem 16 anos deve ter. paro meus passos e ele emburra mais a arma na minhas costelas
ele me joga em um carro e logo um saco preto esta na minha cabeça, já me sinto claustrofóbica, começo a me debater-para porra! Que morre?
-me solta por favor! leva meu celular, minha carteira, minha bolsa, qualquer coisa. só me solta
--ai piloto!- o garoto rir - A tiazinha aqui ta pensando que nois é ladrão de celular
- então o que vc quer comigo?
-Ué tia! Tu não é doutora?- meu coração acelera -Tem um serviço pra tu aí
- Não sou médica!
- Doutora Amanda de Assis Ribeiro - ele pegou meu crachá, que merda - qual foi doutora tá mentindo pra mim tio?!
Não consigo rezar orar, não consigo fazer nada. Meu corpo treme de medo, minha mente só pensa na minha irmã, depois que mamãe faleceu sou eu por ela e ela por mim.
Terminei minha faculdade de medicina e a pessoa que sempre acreditou e me incentivou não pôde está comigo na minha formatura.
Mas eu jurei por ela que irei salvar quantas vidas estiverem em meu alcance, mas nesse momento eu só penso em tirar uma, a desse garoto que está do meu lado.
O carro para e eu já sinto que é o meu fim, demora minutos que mais se parecem horas até alguém voltar ao carro. Sou pega pelo braço e com o saco na cabeça, vão me carregando até um lugar cm um cheiro MT forte de urina e fezes
- A doutora aí patrão - fala tirando o saco da minha cabeça
- Bom dia doutora, satisfação - um cara estranho tatuado estende a mão pra mim, eu me incolho no canto e isso não agrada ele - qual foi doutora, tua mãe ti deu educação não tio?! Vem de palhaçada comigo que o papo é só um. Ou faz o que eu mando ou morre
- O que eu tô fazendo aqui?
- Preciso de um favorzinho
- Favorzinho?
- É tio! Sua obrigação é manter esse verme vivo até o chefe chegar
- E depois?
- Eí doutora! um dia de cada vez tio?!- ele chega próximo e eu ando pra trás até bater em uma parede. Ele toca meu rosto mechendo no meu cabelo. Meu estômago embrulha, a vontade de vomitar aumenta - tu não é novinha pra ser doutora não? - não respondo e isso faz ele agarrar meu cabelo com força - O gato comeu tua língua?
- Naaao
- Ah! Que bom, que vou querer usar ela
- Ei patrão - uma criança entra no cômodo chamando por ele - o velho lá vai bater as botas já já
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Dono do Morro (Concluído)
FanfictionAté onde você é capaz de fazer coisas por quem ama?