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Amanda

Sabe quando vc sente a alma desgrudar do corpo? Foi exatamente assim. Vim da barra pro VJ  praticamente voando.

Em menos de 30 minutos chegamos. Estranho que estamos indo direto pra casa de BM. Pelo o que Maria Eduarda disse, ele não leva Qualquer um pra casa dele.

Será que é algum dos amigos dele? Já que malvadão eu atendi ele lá

Assim que chego só dá tempo de prender meu cabelo, já entro correndo sendo guiada pelo choro de uma criança. Entro na sala ensanguentada encontro uma garota cm a criança no colo

— porque não levaram ele pro hospital.?

— faz seu trabalho porra

Nesse momento a menina ouve a voz de BM e larga a criança de qualquer jeito no chão. Que chora mais ainda. 

— oi meu amor! A tia vai te ajudar, mas eu preciso que vc me ajude tbm

— tia tá doendo muito me ajuda por favor!

— onde dói? Só aqui? — eu aponto pra ferida no abdômen dele e ele concorda cmg — a tia precisa que vc coloque a mão aqui e aperte bem forte. Pode ser? — ele concorda chorando, mas faz o que pedi.

Antes de ir lavar minhas mãos vou até o casal de bombinhos. BM tem a garota em seus braços enquanto ela chora de uma forma bem falsa. Me aproximo e só BM  me vê chegar

— as coisas que eu usei ainda estão aqui?— pergunto ignorando a garota agarrada nele. Ela vira o rosto e me olha de cima abaixo

— vou mandar alguém buscar

— preciso de bolsas de sangue

— mas alguma coisa?— o que deu nele pra fica carinhoso assim do nada cm essa garota?!

— de um lugar que não seja sua casa— ele me olha levantando uma sombrancelha. Antes que fale merda, deixo eles e vou lavar minhas mãos. Mesmo de longe escuto a garota pergunta quem sou eu

Foi o tempo de lavar minhas mãos pro caos começa. A criança começa a descompensar, fica incoveniente, o ferimento jorra sangue.

— eu preciso de ajuda

— Marquinhos ?— a maluca se joga encima do garoto, tirando ele da maca improvisada

— tira ela daqui— falo cm BM tentando tirar a criança dos braços dela

— bora Patrícia!

— eu não vou sair daqui! Não vou deixar essa mulher tocar no meu irmão, foi só ela chegar pra ele ficar assim— respiro fundo antes de manda ela pra casa do caralho.

Só olho pra BM e ele pega a garota pelos braços. Ela vai sem espernear. Nesse momento Roberta chega com as meninas, malvadão e Breno dormindo no colo

— Patrícia? Marquinhooss?! — Duda fala supresas, parecendo bem intimas. Olho pra Maria Alicia que tá branca igual papel, ela não aguenta vê sangue.

—  malvadão sobe com elas, Maria vai desmaiar— ele olha pra Maria Alicia, pega ela pelos braços e sobe com ela. Duda pega Breno com Robertinha e sobre atrás — Roberta eu preciso de ajuda— falo colocando meu smartwatch, não é da Apple mas vai servi até chegar às coisas

Relato o que sei da criança até o momento pra Roberta. Nesse momento o material já está em nossas mãos. Jogo de forma exagerada álcool 70 por todo o ferimento e abro pra tentar conter a hemorragia. Encontro o projétil e retiro, o ferimento enche de sangue e eu não tenho um sugador

— eu preciso de um sugador

—  calma Amanda— Roberta fala enquanto vou tirando o sangue com a mão jogando pro chão.

Dono do Morro (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora