Dono do Morro (Concluído)

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— mãe acorda! Meu pai tá sangrando — levanta no pulo quando ouço a voz de Bernardo

— olha sua irmã— falo andando as pressas

Vou direto pro banheiro escovo os dentes rápido e vou pro quarto de Bernardo. BM está segurando uma fralda de Rafinha que de branca está vermelha de sangue

— o que houve?

— tem como me dá um remédio de dor de cabeça não?— fala quando me aproximo pra vê—  Tô cm muito dor de cabeça

— vou te dá... Primeira vamos vê isso — tiro o pano e vejo que a pele dele não aceitou a linha, está muito inflamado e além do sangue está saindo muita secreção — não está doendo?

— minha cabeça dói mais

— ok... Vou dá um jeito nisso e vou pegar um comprimido

— sua blusa está molhada, consigo vê seu peito todinho

— Rafinha deve está cm fome — falo limpando a secreção pra tentar achar de onde vem esse sangue. Mas BM fica rígido e o machucado começa a sangra

— Rafinha?— merda! Eu não percebi — o nome da minha filha é Rafinha?! Rafaela? Esse é o nome dela Amanda?

Não tenho coragem de olhar pra cima e encarar os olhos iguais da minha filha. mas não me acovardo, e olho pra ele.

— vai chorar? — pergunto sem acreditar no que estou vendo

— porra Amanda!— ele leva o braço a cabeça escondendo o rosto

Sei que ele vivia me pedindo pra engravidar, mas pensei que era fogo de palha. Não esperava encontrar um BM assim. Um BM com coração

No tempo perfeito Rafaela chora no quarto, a barriga de BM volta a sangrar pelo força que ele está fazendo... Eu pressiono pano tentando impedir de voltar a sangra

— para de fazer força BM. Relaxa o abdômen pra não sangrar

— mãe, ela quer vc!— Bernardo aparece cm Rafaela chorando no colo quase caindo

Solto o pano e vou pegar antes que ela caia no chão.

— KD sua vó Bernardo?

— não tá aí não... Eu seguro pra vc pai

olho pra BM que segura o pano sentado na cama olhando pra gente.

— pq vc sentou? — quase grito. Ele deve ter algum probleminha, não é possível

— deixa eu vê ela?— pergunta cm os olhos vermelhos. Vejo Bernardo segurando o pano cheio de sangue tentando se virar  e eu não sei o que fazer — por favor Amanda. Deixa eu vê minha filha

— mãe ... Preciso de vc aqui, pq isso não tá dando certo não

Olho pra Bernardo e pra BM. Minha cabeça chega dói de tanto pensar. Rafaela volta a chorar e eu decido alimentar minha filha primeiro.

Sento na cadeira de computador de Bernardo, boto o peito pra fora e Rafaela mama como se não houvesse  amanhã.

BM continua olhando pra mim pedindo permissão com os olhos. Ate ameaça a levantar. Do jeito que ele é eu não duvido nada que ele levante e acabe cm todo o trabalho que fiz

— eu vou dá mama a ela, te limpar e depois vc pega — ele para o movimento e volta a sentar — preciso que vc deite e relaxa o abdômen

Ele faz sem tirar o olho da gente

— Bê... Pega outro pano

— tá mãe! Segura aqui pai, já volto— ele vai.

Desvio meu olha de BM quando se torna insuportável. Olho minha filha se alimenta enquanto minha cabeça gira.