Dono do Morro (Concluído)

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Amanda

Parece que esse pesadelo nunca irá passar. Mas uma vez, aqui estou eu, cuidando dos feridos de mais uma guerra do tráfico.

Como eu superava, não demorou MT pra aparecessem pra me chamar. Só deu tempo de terminar o tomar café da manhã e já vim correndo atender eles

Graças a Deus não tem muitos feridos, e os que tem, são ferimentos leves ou são os ferimentos da última invasão que não deu tempo nem de cicatrizarem.
Ninguém fala nada, não sei se é lei aqui, ou se eu preciso perguntar. Mas tbm, não tenho esse atrevimento, já que meu pensamento estão em uma única pessoa. BM é a única pessoa que quero a notícia

Estou MT preocupada, pq o último que saiu pra uma troca de tiro após uma discussão, chegou quase morto em meus braços. O problema é... si não der tempo pra BM? E si ele for feriado e ficar por lá mesmo?! Ou preso ou morto.

Pela primeira vez consegui perceber, que nada é tão ruim que não possa piorar. Sem ele por aqui, não quer dizer que meu inferno acabou....

Queria eu ser uma pessoa tão egoísta a esse ponto, de pensar somente em mim. Mas infelizmente não é isso que está dentro do meu peito. Meu maior medo não é dele não me libertar, mas de nunca mais voltar pra mim.

Tirei coragem do cú, e assim que atendi todos que estavam aqui, perguntei um dos vigias da casa como estão as coisas. E a resposta dele foi que a invasão já tinha acabado ... Foi o que esperava, mas isso não ajudou em nada só me deixar mais angustiada.

Como Roberta continua de palhaçada e os feridos de hj foram menos grave, não achei necessário chamar por ela.

Mas com ela aqui, talvez eu tivesse mais informações sobre o estado de BM, o que me restou foi ligar pra Maria e descobri que dentinho já chegou em casa, e que estava muito nervoso.

Já que a casa está vazia, somente cm um menino tomando medicação eu Pondero ir até lá, Mas foi só pegar minhas coisas que mais chegaram gente pra ser atendido, me fazendo ficar

Vai eu colocar minhas coisas de volta no quartinho...

Por mais consertada que eu tentava ficar, sinto que minha cabeça estava longe... Ah um duelo em meus pensamentos, minha razão brigando cm o coração.
Se teoricamente eu estou brigada a um tempo cm esse homem, e eu queria tanto minha liberdade pra me livrar de tudo, pq sinto que não quero mais ir?

Estava fazendo tudo no automático, nem vi a hora passar e quando eu vejo, já está a noite .

Pela milésima vez arrumo minha bolsa pra ir embora.
Já faz um tempinho que não chega ninguém por aqui, só tenho um menino que vou liberar agora mesmo. Pego minhas coisas do quartinho e paro no lugar quando sinto meu corpo se arrepiar.

Ele está aqui!

Não adianta o tempo que estou cm ele, meu corpo sempre reage a esse maldito homem. Mas meu medo é tão grande de olhar pra trás e vê-lo ferido que me trava no lugar

Sinto o calor do seu corpo encostar no meu antes mesmo dele tocar a mão na minha cintura. Meu corpo que estava arrepiado entra em chamas com o simples contato, levando a loucura meu corpo. Sinto roça o nariz na minha nuca, fecho meus olhos sentindo a sensação correr por todo o meu corpo, eu acabo deixando a bolsa cair da minha mão me trazendo de volta pra realidade. Tento me virar de frente, mais ele me segura mais forte

- vamos pra casa? - ele pergunta tão rouco em meu ouvido que eu quase gemi

Além do controle do meu corpo, esse homem tem o controle da minha lipídio não é possível... Me sinto pingando como só um toque e um cheiro