Dono do Morro (Concluído)

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O dia amanhece novamente e eu tô perambulando pela casa. Dentinho não está, Maria deitada no sofá. A casa que estamos é simples e bonita. Mas nem a visão do mar azul a minha frente consegue alegrar o meu dia

Minha cabeça dói de tanto pensar. tento de todas as formas enteder o pq. Mas não adianta, a única pessoa que poderia me explicar eu quero distância. Minha raiva por ele é tanta que me arrependo de ter pedido o coroa pra não colocar uma bala na cabeça dele.

Sai tão desesperada que esqueci do meu outro coração. Meu Bê. Mas não seria covarde o suficiente de trazer mais alguém pra Ka. Ele não merece isso, e por mais que me doa, ele é uma criança e tenho certeza que com o tempo irá ficar tudo bem   
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BM

Não passou um único dia que eu não procurei por ela. Em todos eles eu pensei na merda que eu fiz... Eu vacilei pra caralho. Não confiei na primeira oportunidade que apareceu. Se tem uma coisa que me destrói é a ingratidão. Tô ligado que cada um faz o que quer da vida parceiro, mas aquele que ta por noix, noix é até o fim.

Porra! A mina passou por coisas pra caralho que não tinha necessidade tendeu?! Provou sua lealdade até o último segundo, e o que eu fiz? Fudi com tudo.

Todos dias eu olho a certidão do menor... Se eu tivesse perguntado parceiro... Se eu tivesse ouvido o que ela ia falar.
Porra!

Todo dia acordo pior que o dia anterior, pq tô ligado como Amanda é cabeça dura, e a grande merda que eu fiz deixa as coisas pior ainda pro meu lado. Cada dia que passa sei que vai ficar mais difícil de fazer ela pelo menos me ouvi.

Eu já fiz de tudo pra achar ela.   Tô ligado que ela ta na proteção do coroa, mermo jefinho sendo sinistro no rastreio, o coroa é esperto suficiente pá fazer ela sumir do mapa. Vai ser pika achar ela.  Mas o primeiro mole que ela der, parceiro, não vai ter jeito. Vou na direção dela.

Demorou pra caralho pras minha perna fica boa, ainda mais quando tu não toma os bagulho certo. Agora que tô um pouco melhor vou atrás das minhas atividades.

Broto na favela que é dia de bailão, nada melhor pra descontrair a cabeça. Tô fora dos assuntos da favela, mas nada me impede de ir na minha favela

Primeira coisa que faço é brota na casa da tia. tô com maior saudade de vê o menor e ela.. que isso! 

Mas descubro que ela não ta por lá. Ligo pra ela e ela não me atende. Ligo pra Bernardo e nem chama. Tô ligado que ela tinha voltado pá k, falo cm Bernardo todo dia. A tia ta tristona cmg ainda, mermo eu pedindo desculpa. Mas tem coisa que nem desculpa da jeito, vou provar pra ela que mudei, tô arrependidao com meus bagulhos.

Uma vez quando era menor, o coroa falou pá mim que  Tu reconhece teu erro não te deixa mais fraco não, te deixa mais forte. E é esse bagulho aí mermo tendeu. O único que não era ta lá no céu

Vou direto no bar do Rogerinho bater aquele rango e saber notícias dos bagulho. Meus parceiros são os únicos que tão do meu lado. Sempre foi assim, mermo no erro noix ta aí

Como aquele rango do bom resenhando com os parceiros. Sair de casa foi  melhor bagulho que fiz. Agora aqui na favela, sinto que tô de volta.

Geral sabe que deu algum k.o cmg e a doutora, mas ninguém sabe qual. E eu fora daqui só ajudou a fofoca rolar pelo morro.

— a patroa voltou?— Branco, o parceiro da antiga que fica na baixada da favela pergunta

— ialá oh do leite! Se mete nos meu assunto não parceiro

— foi mal aí chefe, é que tem gente atrás dela aí na favela com os negócios de consulta

— já dá o papo pá esquece parceiro, mermo ela voltando não quero ela aqui com esses bando de gente fofoqueiro não