XI - Assuntos de Família

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— Vamos terminar o trabalho - macumba - de matemática logo — disse para Sasuke que assentiu parando de me empurrar.

Fomos até o quarto dele novamente em silêncio, agora pensando melhor o final de semana estava quase chegando e o interrogatório/conversa com a minha mãe também, estou louquinha para chegar em casa falar mal da Dona Capeta, digo Mikoto, para minha adorável mãezinha.

— Paramos na questão sete, faltam três. Vou começar aqui, se precisar de ajuda com as fórmulas ou as contas me chama — ele se sentou na cadeira giratória escorregando até a escrivaninha onde estava seu caderno e a folha de atividade.

Depois de alguns minutos terminamos o trabalho e revisamos as questões, eu havia trocado alguns números na última questão, mas foi só no final - apesar de eu ter apagado a questão nove vezes - e de quase fazer um ritual satânico para invocar a Senhora Uchiha no meu caderno, lá estava ela nos chamando para jantar e perguntando onde estava seu filho mais velho.

— Vamos jantar sem eles — Fugaku disse depois de meia hora esperando pelo mais novo casal de Roma que se trancou dentro da biblioteca.

— O que eles tanto fazem enfurnados naquele lugar? Sei que a menina é um rato de biblioteca, mas atrasar nosso jantar por isso...

— Mamma, o Itachi pediu a Izumi em namoro.

— Como é? — o rei bom e a rainha má perguntaram em conjunto parando de comer enquanto fitavam a mim e ao seu filho.

— Ajudamos o Ita a desencalhar Tio Fugaku, ele estava todo 'felizinho porquê ela aceitou. Aposto que devem estar de boiolagem lá em cima.

— Sacanagem? — a morena perguntou não entendendo a palavra, ela ficou vermelha e começou a se abanar, os olhos pretos arregalados e a feição completamente chocada.

— Não, não, boi-o-la-gem, é tipo ficar "ain eu te amo tanto" e esses frufrus que são tão doces a ponto de causar diabetes em qualquer um — meu professor explicou, inteligente como sempre. Ri da cara de desgosto que a matriarca Uchiha fazia, em comparação ao patriarca que estava SUPER MEGA ULTRA POWER feliz.

— Finalmente fez alguma coisa que preste além de trabalhar. A garota Izumi é ótima, sempre soube que iriam ficar juntos.

— Xuxu, como ousa dizer uma blasfêmia dessas? Vou acabar com essa palhaçada agora mesmo!

— Senhora Satã, larga de ser estraga prazeres...

— O que disse, sua pobretona?

— LARGA DE SER ESTRAGA PRAZERES, aceita que seus filhos estão crescendo e podem fazer suas próprias escolhas. Itachi está feliz, se não se tocou ainda...

— Quero que ele seja feliz mas não com 'aquelazinha! — os olhos dela embargaram e ela fez um bico teatral, o senhor Uchiha olhou fixamente para um dos empregados que saiu prontamente do lugar.

— Mio amore — ele fez um carinho na mão dela — Nosso filho mais velho está feliz, não consegue ficar feliz por ele?

— Eu não quero que eles cresçam Fufu — o empregado havia retornado com uma cartela de remédios e um copo de água.

— Beba querida, vai se sentir melhor — ela pegou uma cápsula e eu peguei a cartela, pelo que eu entendi que era um remédio a base de camomila, talvez um calmante.

— Obrigada, mio amore — olha, no fundo, mas bem lá no fundo mesmo! Ela tem um coração bom - BEM LÁ NO FUNDO MESMO, você acha petróleo e não acha o coração dela, mas veja por esse lado: o senhor Fugaku é rico e pode comprar a mineradora de petróleo inteira -.

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