XXIV - La Verità

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Eu estava tremendo, percebi que Sasuke não estava entendendo absolutamente nada, ele me colocou no chão com cuidado, tudo o que eu queria fazer era arrombar essa porta e tirar essa história a limpo. Meu moreno me puxou contra ele em um abraço, olhando para a porta e a trancando rapidamente tentando fazer o silêncio o máximo que podia.

— Não fale o nome dela! Essa sua boca suja não devia OUSAR dizer o nome da minha filha.

— Mas estamos com ela Kizashi... Por falar nisso, pensamos bem e depois de todos esses anos te sustentando, merecemos um presentinho de agradecimento, não acha?

— Quanto vocês querem por ela?

— Acalme-se, não seja tão apressado Kizashi... Sou amiga pessoal de Olímpia, não quer que eu ligue para ela, não é?

— Mamãe tem muito contatos, mi corazón~ — a voz da peçonhenta soou baixa como o diabo, causando ainda mais calafrios em minha pele, por ainda estar encharcada isso apenas piorava.

— Você a chamou aqui? — meu pai perguntou em tom assustado, logo em seguida bufou irritado — Você se diz louca por mim e faz uma coisa dessas? É uma traidora... E faço questão de deixar claro: Ti odio con tutto il cuore.

— Own, não me odeie Kiki, eu faço isso por nós, mi corazón, pelo nosso amor.

— Sai de perto de mim! Que amor? Tenho ânsia de vômito só de olhar no seu rosto, você é tão baixa a ponto de não só me ameaçar, mas brincar com a minha família? Isso não é amor, é LOUCURA e OBSESSÃO, é doentio... Você precisa de um tratamento sério.

— OLHA O JEITO QUE FALA COMIGO — escutei o estalo forte do tapa que ela dera, não sei onde, nem em quem, mas pelo grito dela com certeza foi em meu pai, o que me deixou desesperada para sair de dentro daquele banheiro e ir ajudá-lo — Quando estávamos em Ibiza não era assim, eu mandava e você obedecia. Agora foi só chegar perto daquela PUTA LOIRA e de sua CORJA DE FILHOS MALCRIADOS que você me trata assim.

— Não ouse abrir a boca para falar da minha mulher e dos meus filhos.

— EU sou sua mulher! EU sou a MÃE do seu filho — um longo silêncio foi ouvido, senti um carinho na minha cintura sua outra mão seguiu para a minha entrelaçando nossos dedos, como se Sasuke tentasse desesperadamente me confortar e fazer ficar calada — Estou tentando te ajudar, pedi 'pra mamãe falar com a senhora Chiyo, vai conseguir sua filhinha de volta, só precisa...

— Me obedecer.

— O que querem? Falem logo.

— Um pequeno bônus~, em dinheiro é claro... E meu querido netinho, bem... Ele gosta muito daquela menina cor-de-rosa.

— Sakura não está em discussão aqui, peça qualquer coisa, só não me faça eu entregar minha outra filha.

— Não quero que a entregue, só que ela dê para ele o que o pobre garoto tanto quer... Sexo — senti Sasuke apertar minha cintura por um momento, como se fossem me levar embora a qualquer segundo e ele não quisesse me soltar.

— Não.

— Então nada de Narumi para o senhor, a partir de hoje, vídeos e fotos não chegaram mais para você — a velha falou com voz ríspida — Relatarei a Mademoiselle Olímpia que o "casal feliz" não está tão feliz assim, sabe o que acontece quando tratam a filhinha dela mal, não sabe?

— Minha filha não é prostituta... — escutei um suspiro do mais velho, só pelo soar de sua voz sabia que ele se sentia derrotado — Vamos para o escritório.

— Ótima escolha, senhor Haruno — as vozes se distanciaram e os barulhos de saltos indicavam que eles saíram, percebi pelo andar da carruagem que provavelmente estou no quarto de Jouline.

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