Valentina Medeiros, mais conhecida por seu alter ego Killer, é a deusa da morte, uma perfeita executora profissional implacável, sedutora, impiedosa e perversa, a mais procurada no mundo, todos a querem para o mal e bem, quase ninguém conhece seu ro...
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Levanto-me da cama, após reviver tais memórias terríveis e encaminho-me ao banheiro, visualizo meu reflexo produzido no espelho e assisto uma pequena lágrima solitária escorregar de meu olho esquerdo para minha bochecha de porcelana.
É um jeito horroroso de começar o dia, estou profundamente melancólica, sinto uma saudade imensa de meu pai e minha madrasta, que verdadeiramente me amava genuinamente como sua filha biológica, contudo, acima de tudo, sou grata a Esmeralda e Alex por terem me acolhido.
Hoje em dia, eu cresci, não sou mais aquela pobre órfã traumatizada, que Esmeralda e Alex tanto se dedicaram a amar e mimar, tornei-me fria e totalmente diferente do que era, meus pais adotivos são as únicas pessoas neste planeta de merda com quem me importo, e sacrificaria minha vida fodida por eles sem apresentar nenhuma hesitação.
No entanto, ofereceria tudo por um único segundo desfrutando das maravilhosas companhias de meu pai, Bruce, e minha madrasta, Olivia, recordo-me com completa exatidão de seu encantador sorriso transbordando emoção e felicidade, quando lhe chamei de "mamãe" pela primeira vez, na ocasião em que completei cinco anos de idade, antes desta idade específica não lembro-me de nada.
Quase esqueço-me do rosto de meu querido pai, se não fosse pelas fotografias jamais lembraria, todavia, aquele bendito sorriso de Olivia, trata-se da única coisa que eu nunca serei capaz de esquecer durante toda a minha existência.
Infelizmente, constantemente possuo o desprazer de relembrar vividamente do fatídico episódio em que ocorreu suas mortes, é simplesmente impossível esquecer e fazer esta porra desgraçada desaparecer magicamente de uma vez.
Desvencilho-me destes pensamentos desagradáveis e adentro a banheira, excepcionalmente na data de hoje completa-se exatamente 1 ano que estou residindo em Moscou, esta desgraça é chata para caralho, estou cansada desta idiotice toda, sem saco para tanta estupidez.
Mesmo com minha incrível habilidade de me adaptar a qualquer mundo, ambiente e pessoa, esta espelunca aqui é um lixão entediante, todo dia é igual, as estações mudam, uma manhã de congelar, um dia escaldante e uma noite fria, sinto falta de minha boa e velha Nova York caótica, só não morro de tédio neste esgoto porque minha rotina é agitada, quase não paro em casa, à toa de preguiça, vivo constantemente viajando pelo globo em aventuras do trabalho.
Mudei-me para a Rússia em busca de minha preciosa liberdade, não que eu não a tivesse antes, entretanto, Esmeralda e Alex sempre me protegiam e toda esta exagerada superproteção era horrível, nunca gostei de proteção, sempre admirei o espetacular perigo e foi por este motivo que tornei-me "Killer", uma figura lendária, pela magnífica adrenalina e para encontrar quem matou meus pais, digamos que sou a Batwoman, versão feminina do Batman.
