Valentina Medeiros, mais conhecida por seu alter ego Killer, é a deusa da morte, uma perfeita executora profissional implacável, sedutora, impiedosa e perversa, a mais procurada no mundo, todos a querem para o mal e bem, quase ninguém conhece seu ro...
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Felizmente não há mais problemas e eventuais contratempos, absolutamente tudo situa-se em perfeita ordem, exatamente como de mesmíssimo acordo com meu maravilhoso plano sensacional, enfim, para minha extrema satisfação completa, toda a merda concertou-se, retornando a sua devida posição original natural, transcorrendo plenamente bem segundo minhas santas vontades monumentais.
Em breve, Nikolai Patrov será definitivamente expulso de minha vida, bondosamente me concederá o lindo divórcio e serei livre para viver em pura paz e felicidade, inclusive, para considerar a rica sugestão de constituir uma real família verdadeira.
— Tenho uma reserva agendada. — informo friamente, seca e dura, diretamente a profissional recepcionista do Hotel Grand Brizo Buenos Aires. — Em nome de Valentina Medeiros. — acrescento sem o temível "Patrov", amanhã mesmo estarei livre deste sobrenome amaldiçoado.
A filha da puta escaneia-me de cima a baixo com seu arrogante olhar mesquinho de superioridade grotesca, infestado de desdém e reprovação, fulminando-me com inúmeras críticas, julgamentos e acusações, suas feições desprovidas de beleza se retorcem em desagrado e desgosto, assumindo uma nítida expressão indisfarçável de óbvio nojo.
Não me importp e incomodo, qualquer ser deve estar imaginando que sou uma vadia suja e oferecida, praticando algum programa, não é para menos, encontro-me literalmente irreconhecível para caralho, utilizando um excelente disfarce bombástico dos infernos, que em nada se assemelha a minha verdadeira perversa personalidade demoníaca, uma santa Dama casada da Bratva, sagrada esposa de um Pakhan.
Coitadinha desta medíocre vagabunda miserável, se eu não estivesse transbordando um ótimo ácido humor negro, explodiria seu crânio com uma bala. Após, propositalmente, desperdiçar meu valioso tempo precioso verificando a autenticidade das informações transmitidas em seu sistema computacional, a ratinha limita-se a relutantemente entregar-me, em silêncio, desconfiada e enojada, a porra do cartão referente a luxuosa suíte presidencial alugada.
— Gracias, querida. — falsamente agradeço super debochada e sarcástica, lançando uma irônica piscadela fatal acompanhada de um largo sorriso escarnecedor recebendo uma última encarada mortal cheia de repulsa, repugnância e asco.
Vá se foder, piranha!
Bactéria desgraçada! Trata-se apenas de uma patética funcionária de bosta, jamais teria armazenado dinheiro suficiente para custear uma única digna refeição descente nesta fodida espelunca horrível e possui o descaramento de se vangloriar tão arrogante, porca cretina.
Elegantemente, intrigante e misteriosa, firmemente, encaminho-me tranquilamente, desfilando rebolando indecente, impondo determinação, segurança, confiança e respeito em todos os passos destinados ao elevador, atraindo em minha caminhada milhares de olhares da plateia em choque, atenta interessada e curiosa a cada mínimo movimento executado, em um misto de irritação, admiração, desejo e inveja, os espectadores impressionados e surpreendidos, produzem entre si um burburinho de pequenos comentários previsíveis, somente os ignoro, reprimindo a cruel gargalhada maléfica, prosseguindo plena, inabalável, inexpressiva e poderosa, como exige o roteiro.
