Valentina Medeiros, mais conhecida por seu alter ego Killer, é a deusa da morte, uma perfeita executora profissional implacável, sedutora, impiedosa e perversa, a mais procurada no mundo, todos a querem para o mal e bem, quase ninguém conhece seu ro...
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Abandonamos aquela merda de salão estúpido altamente cafona e nos dirigimos ao último andar do altíssimo luxuoso edifício, a megacobertura.
Nikolai fora para a puta que o pariu, mas, obviamente, possui olhos e ouvidos disponíveis infiltrados em todos os lugares e aqui não é uma exceção.
Logicamente, sem a menor sombra de dúvida, ele jamais abandonaria-me completamente sozinha ou permitiria-me desfrutar de um segundo de paz, estou perfeitamente consciente de que deixou uma pequena discreta quantidade invisível de Byki, encarregados de monitorar cada mínimo movimento executado por mim e, desnecessariamente, garantir minha segurança e proteção.
Facilmente, devido ao simples fato de já ser especialista, consegui detectar as inúteis insignificantes presenças dos soldados russos, meus deploráveis brinquedinhos, e eficientemente fornecer uma pequena significativa excelente distração, que os manterão bastante ocupados a longo prazo, para enganá-los e furtivamente desaparecer do radar sem que tenham percebido.
A estonteante suntuosa visão dos mais belíssimos pontos específicos de Moscou, proporcionada neste privilegiado local, é realmente lindíssima e esta é a noite mais longa, entediante e escura de minha porra de vida miserável.
É estranho estar presente aqui, inocentemente, destituída de qualquer tipo de propósito ou missão importante para cumprir, sendo apenas eu mesma, Valentina, não Killer, a assassina mais foda, impiedosa e dissimulada, astuta, implacável, assustadora, perversa e sanguinária existente nos tempos atuais, meu alter ego bem diferente de meu verdadeiro eu.
Geralmente somente costumo visitar coberturas exclusivamente com o propósito impiedoso e único de matar alguma infeliz vítima.
Mas, hoje a ocasião é diferente, é como se eu fosse livre, finalmente toda a imensa inesgotável angústia, dor e as feridas incuráveis, profundas e importantes de meu passado desapareceram e, o que agora resta, é somente memórias boas e lindas.
— É tão lindo aqui. — admiro fingindo deslumbramento, estrategicamente puxando um assunto banal pela primeira vez, de forma sutil, enquanto, acendo um cigarro, não ofereço-lhe outro, pois, ele não fuma, dei uma tragada forte e soprei a fumaça para o alto, observando-a se desintegrar.
— Sim. — concorda, monossilábico. — Faz um longo tempo que não relaxo assim. — confessa estudando minhas feições inexpressivas atentamente.
Meu celular começou a emitir sinal sonoro, avisando a chegada de uma nova mensagem, apanho o aparelho e começo a ler o texto curto e objetivo enviado por um remetente não identificado:
'"Afaste-se de Nikolai Patrov enquanto há tempo, não se engane, ele não é um homem romântico e amoroso. Na verdade, Nikolai é um monstro altamente perigoso, cruel, desequilibrado, doente, egoísta, escroto e muito violento. Nikolai jamais mudará, se tornará pior a cada dia, e destruirá sua vida, exatamente como destruiu a minha, e a descartará feito um lixo não reciclável, exatamente como fez comigo. Quando você quiser se salvar, será tarde demais."
