Capítulo 42
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(Gatilho Pov do Frank: compulsão alimentar, são as memórias dele sobre seus sentimentos em relação a tudo que ele viveu até esse momento, não terá descrição explícita sobre as crises)
FRANK
Todo dia é um dia a mais para continuar seguindo em frente, principalmente para alguém como eu que precisa manter o foco. Nunca é fácil lutar para ficar saudável e não voltar aos velhos hábitos, na verdade, a terapia tem me ajudado muito. Hoje em dia eu tenho rotina alimentar, pratico atividade física e visito os profissionais da saúde responsáveis por tratar de cada um dos problemas causados pelo transtorno alimentar que luto há seis anos.
Os meus doze a quinze anos foram traumatizantes, foi muito difícil me manter bem com todo aquele bullying que eu sofria por causa do meu corpo, a pressão estética que eu sofri e as comparações que eu fazia sobre o meu corpo em relação ao corpo dos meninos da minha idade, me machucavam tanto que eu passei a me machucar para entrar num padrão cruel, irreal e inalcançável. Eu tive muita sorte de ter minha família para me apoiar.
Há sete meses atrás eu estava completamente inseguro sobre tudo, sobre meu potencial, sobre meu corpo e principalmente sobre meu valor, aquele garotinho assustado de doze anos voltou a ocupar o espaço que eu, no auge dos meus dezoito anos não estava sabendo mais ocupar.
Eu nunca quis machucar ninguém e a cara de decepção do cara que eu amava depois de ter transado comigo fez eu me sentir muito mal, mesmo ele sendo muito gentil, se desculpando e dizendo que nunca deveria ter chegado a esse extremo comigo.
Ele não sabia que foi a minha primeira vez e não foi nada romântica como uma primeira vez deveria ser, ou como as pessoas sonham. Para mim foi incrível e eu não me arrependo em nenhum momento de ter sido com ele, só sinto muito por ter acontecido naquelas circunstâncias, ele era comprometido e eu sabia muito bem disso e mesmo assim continuei com tudo.
Eu realmente achei que ele estava sentindo algo por mim, mas, me enganei muito e eu tive que segurar o choro quando ele disse:
"me perdoa, Frank ... eu nunca deveria ter feito isso com você, meu Deus eu sou desprezível, eu traí o homem que eu amo".
Pois é o homem que ele ama. Descobri tempos depois que era o namorado do meu irmão, o choque que foi saber disso e ainda por cima ele ser a pessoa mais legal que já conheci, me deixou com tanto peso na consciência.
Ser rejeitado reacendeu todas as minhas inseguranças, principalmente por eu ter passado por cima de todas as coisas que meus pais me ensinaram, sobre honestidade. Me senti sujo e feio, todas as vezes que me olhava no espelho eu via uma pessoa horrível, capaz de fazer coisas horríveis, que só machucava às pessoas ao redor, foi angustiante viver na minha cabeça.
Hoje em dia graças ao acompanhamento psicológico e ao apoio da minha família eu consegui passar por tudo, eles são meu alicerce, meu pai e sua proteção, minha mãe e seu amor incondicional, meu irmão e sua parceria que não me julgou em nenhum momento e guardou os meus segredos, e também o meu cunhado, sim, eu o considero família, foi muito importante a nossa aproximação, eu sei que minhas ações o afetaram e muito e o fato dele ter me perdoado e aceitado ser meu amigo significou muito, tirou um grande peso dos meus ombros.
Eu segui em frente como pude, me dediquei aos estudos, saí mais com meus amigos, fiquei com outras pessoas, apesar de não ter dado certo com nenhum deles. Eu ainda acredito que deve ter alguém nesse mundo para mim, mas, tem algo que eu não consegui enfrentar ainda, eu sei que mais cedo ou mais tarde vamos nos encontrar.
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BRIGHTWIN YOUR SWEET SMILE
RomancePRÓLOGO " - Então ... Acho que vou indo ... é ... Como é o seu nome mesmo senhor fotógrafo? - solta uma risada contagiante. - ... Bright, meu nome é Bright, e o seu? Desculpa não ter me apresentado de primeira. - Que isso, eu cheguei atrasado. E meu...