07 - jantar

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S/N pov on:

____Lucas...-um homen apareceu primeiro, já vindo com os braços abertos em direção ao meu pai que assim que o viu, se levantou e foi ao encontro dele, também com os braços abertos.

____Luiz...quanto tempo meu amigo -lucas falou abraçando o homem.

____quase dez anos? -ele respondeu sarcásticamente assim que saiu do abraço.- essa é minha esposa Anna -a mulher apenas estendeu a mão para o meu pai e a apertou logo em seguida, e disse: "é um prazer conhecê-lo" e meu pai falou apenas "igualmente".

____as crianças não vieram? -meu pai perguntou e antes que o outro cara pudesse responder uma criança entrou correndo pela sala e eu já conhecia bem aquele rostinho: Mana.

Mais que conhecidência infeliz! Por que se Mana veio, quer dizer que takashi também estava ali, mais que merda, pq aquele idiota tem que ser filho do amigo do meu pai?

A outra irmã de mitsuya entrou pelo mesmo lugar que mana, mitsuya ainda não apareceu e pelo que parece, graças a Deus ele não vem.

____essa minha filha mais nova, Mana, essa é a Luna e esse é...-Mitsuya takashi...brotou do nada naquela sala de jantar e eu arregalei os olhos, assim que o platinado me viu, não tirou seus olhos dos meus por nenhum segundo.

____mitsuya? -smiley fala assim que se depara com o platinado.

____pera, vocês são filhos do amigo do meu pai? CARALHO...que conhecidência da porra -angry, Smiley e mitsuya começaram a conversar, ótimo eu teria descanso do olhar de takashi por agora, só hoje nos encontramos três vezes, em situações bem estranhas.

Todos se sentaram e começaram o jantar, eu evitei contato visual com takashi e me sentei um pouco afastado de todos, mais o filho da puta andou até onde eu estava e se sentou exatamente de frente pra mim e me olhou com aquele sorriso debochado no rosto.

___oi -mitsuya falou sarcásticamente com aquele sorriso sínico estampado no rosto.

___quê? -falei já sem paciência.

___sabia que você fica linda quando tá bravinha? -ele falou e por um momento eu sentir minha bochecha arder, MERDA! Eu estava corada não dar pra negar, mais o que me deixa puta é que eu estava corada por causa do elogio do idiota do mitsuya, se bem que nem sei se aquilo foi realmente um elogio.

___v-vai se fuder mitsuya...-falei desviando o olhar e me chinguei mil vezes por ter gaguejado, aí que ódio!

___cê fica tão fofa quando tá com vergonha. -mitsuya soltou meio que involuntariamente, e me fez encarar ele, eu não respondir nada apenas o encarei com a cara mais neutra que eu conseguia naquele momento.

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___sua filha é realmente muito linda! -Anna a mulher de Luiz fala assim que o assunto aleatório do qual falavam antes acabou.

___sim ela é -meu pai respondeu de um jeito convencido e sorriu pra mim e eu apenas sorrir sem mostrar os dentes como resposta pro meu pai.

___a senhora também é muit...-antes que eu pudesse terminar minha fala a mulher me interrompe.

___ela se parece muito com a Hana, puxou muito os traços da mãe, principalmente o rosto. -aquilo que ela falou me fez ficar pálida, não só eu, mais meus irmãos e meu pai, a gente nunca tocava no nome da Hana, não naquela mesa, não quando eu estava presente, aquele nomr era como um tabu pra mim, aquele mulher não é minha mãe, não é!

Mil coisas se passavam pela minha mente agora, eu só queria sair dali e ficar sozinha, ou talvez...morrer.

Estava um clima bem tenso naquela mesa e a mulher e os outros convidados maiores pareceram perceber esse clima, ninguém falava nada, só se ouvia o som das duas crianças comendo a sobremesa, como se fosse a primeira vez comendo aquele doce.

___m-me desculpe se eu falei algo que não dev...-antes da mulher terminar a fala eu me levantei de vez causando um barulho e todos me olharam espantados.

___tudo bem dona Anna, não se preocupe...papai -meu pai olhou pra mim espantado, eu quase nunca o chamava assim, a menos quando eu tinha uma crise de ansiedade das bem fortes e batia na porta do quarto dele de madrugada, e eu só tinha 8 anos.- eu...-continuei a falar- vou me retirar, mais continuem o jantar por favor, boa noite a todos -sorriu de um jeito obviamente falso e meu pai acenou positivamente com a cabeça e eu sair daquela sala subindo diretamente pro meu quarto onde eu apenas me deitei na cama e voltei a fitar a porra do meu teto branco.

Eu queria chorar, mais eu não conseguia, pra falar a verdade eu não lembro da última vez que eu chorei, acho que foi quando eu entendi de vez que eu não tinha uma mãe...ou não...pode ter sido quando eu fui abandona pelo "amor da minha vida", pala pessoa que disse que eu podia "contar com ele pra tudo", aquele filho da puta que prometeu que me amaria, mais no final me traiu da maneira mais horrível de todas. MAIS QUE MERDA...por que eu tô pensando naquele idiota...talvez seja por que todos os traumas que eu tenho hoje em dia seja por culpa dele e por culpa da mulher que dizem ser minha mãe. Ela nunca vai...aquela mulher nunca vai ser minha mãe, mãe é quem cuida, aquela lá só me emprestou a porra da b*cera dela pra mim nascer, ela não é minha mãe, eu não tenho mãe, eu só tenho um pai, um pai maravilhoso que cuidou de mim do jeito que pode, sempre dando o seu melhor, ele sim merece meu respeito.

Me levanto da cama depois de alguns minutos e coloco um casaco de frio e desço as escadas, evitando olhar para a sala onde tinha acontecido e tava acontecendo aquele jantar, passo pela sala rapidamente e esbarro em alguém, mais não me importo nem um pouco em olhar quem era, eu só queria sair daquela casa, só por alguns minutos...só isso. E assim fiz, respirando aliviado quando eu cheguei do lado de fora da casa.

Por trás dos seus olhos -mitsuya Takashi-Onde histórias criam vida. Descubra agora