𝙇𝙤𝙗𝙤𝙨 (𝐉𝐢𝐤𝐨𝐨𝐤)

Capítulo 42

Jimin.

Retiro Jungkook do quarto ao perceber que ele está ao ponto de deixar seu lobo dominar, porém, de uma forma muito perigosa.

— Meu amor, se acalme, está tudo bem! — abraço meu noivo deixando um pouco do meu cheiro sair na tentativa de acalmá-lo. — Vem, senta aqui comigo.

O abraço enquanto seguimos para as cadeiras que há no corredor, enquanto seu pai vai buscar um copo de água.

— Me desculpa se te assustei... — Jungkook deita sua cabeça em meu ombro cheirando meu pescoço. — Eu  não suportei vê-la tentando te deixar angustiado mais uma vez. Foi difícil controlar meu lobo, ele queria sair e fazer picadinhos dela. Além dele nunca ter gostado dela, nem mesmo do seu cheiro, piorou ainda mais depois do que você me contou, sobre ela dizer que eu te usaria somente para procriar... Não gosto nem de lembrar dessa história.

— Como é que é? Agora quem quer saber dessa história direitinho, sou eu! — o Sr. Jeon se aproxima ao lado da esposa que parece tão furiosa quanto o marido. — Vão me contar ou terei que voltar para o quarto para perguntar?

— Já passou, não precisa se preocupar. — tento amenizar, por estar preocupado com meus pais, mais do quê com a Rosé. — Eu tive uma conversa bem sincera com Jungkook depois do cio, e já está tudo bem, agora somos marcados e eu sei que seu sentimento por mim é verdadeiro. Antes eu já sabia, pelo jeito que ele cuidava de mim, mas agora tenho mais que certeza.

— Mesmo assim, queremos saber... — a Sra. Jeon senta ao meu lado e como sempre segura minha mão me passando tranquilidade. — Quando ela te falou isso?

— Pouco antes dela se jogar da escada. — abaixo minha cabeça preocupado. — Quando ela entrou no meu quarto, ela começou a falar diversos absurdos para mim, dizendo que o Jungkook só me queria por eu ser um lúpus e assim poderia dar continuidade aos líderes da Alcatéia Sul, depois que eu engravidasse, ele me abandonaria largado num canto qualquer e iria se divertir com mulheres lindas como ela...

Conto tudo que Rosé me disse, cada detalhe antes dela se jogar da escadaria da casa dos meus pais na Alcatéia Sul.

— Estávamos conversando sobre sua ansiedade, para que ele se sentisse melhor, eu pedi para ele me contar sobre seus medos e angústias, sobre o que eu sentia sempre que ouvia seu chamado, foi quando ele me falou sobre isso, eu fiquei furioso, mas pensei que o assunto já estava resolvido, já que a senhora já havia decidido sua sentença. — Jungkook afirma após ouvir toda a história novamente — Tudo que ele viveu até aqui o deixou doente, e esse tipo de comportamento da irmã, fez com que ele pensasse até em não permitir que eu o marcasse, por medo de sofrer com as traições que a louca afirmou, fazendo ele realmente acreditar que aconteceriam.

— Você deveria ter me contado sobre isso, meu filho... — a Sra. Jeon segura meu rosto com as duas mãos me fazendo olhar para ela. — Isso que ela afirmou foi muito grave, põe em dúvida não só o caráter do meu filho, mas de toda a nossa família, como se para termos a liderança fosse necessário pisar nos sentimentos dos outros.

— Acho que tudo que aconteceu, foi necessário para que hoje tivéssemos mais certeza dos nossos sentimentos. — Jungkook me tranquiliza fazendo um carinho em meu rosto. —  Agora vamos para a consulta, quero cuidar de você, e também aprender a lidar com a sua ansiedade.

— Sim, vamos, mas quando chegarmos em casa faremos uma reunião com todos vocês e quero que o Jimin conte toda essa história novamente, só que agora na frente de todos, inclusive da própria Rosé. — o Sr. Jeon comenta, demonstrando estar bastante irritado. — Eu tentei compreender os motivos dela ser assim, mas acredito que ela já ultrapassou todos os limites. Eu não queria me envolver, deixei sua mãe tomar a frente, por ser ômega, mas terei uma conversa muito séria com essa menina na frente dos pais dela, deixando bem claro a gravidade da sua afirmação. Ela não tem noção do que aguarda por ela.

A Sra. Jeon nos acompanha até a sala do psiquiatra, e durante todo o tempo permanece ao nosso lado, enquanto seu marido saiu falando ao telefone logo após nossa conversa.

Ao deixarmos o hospital, meu sogro pediu um táxi para meus pais e Rosé, e assim fomos para casa.

Meus sogros no banco da frente em silêncio, logo eu pego no sono deitado no peito de Jungkook enquanto ele fazia um carinho em meu braço.

— Amor, chegamos. — Jungkook me desperta beijando meus cabelos. — Vem, vou te levar para almoçar antes da reunião.

Ao descermos do carro, eu estranho a quantidade de pessoas circulando na Alcatéia Sul, vários carros estacionados próximo da entrada... Quando saímos daqui estava tudo calmo.

— O que está acontecendo? — pergunto ainda olhando para aquele tanto de gente.

— Meu pai chamou os líderes das alcatéias adjacentes para uma reunião. — Jungkook explica me deixando muito preocupado. — Ele disse que fará primeiro a reunião com nossas famílias junto com a família Kim, depois levará o resultado para júri popular,  aproveitando para comunicar sua decisão sobre os outros presos. Pelo que ouvi meus pais conversando, Rosé está muito encrencada, pois sua afirmação deixou meu pai muito irritado, algo muito difícil acontecer.

Jeon Wonwoo.

Enquanto todos estão almoçando no grande refeitório, levo Rosé para meu escritório ao lado de seus pais e Somin.

— Logo que saímos do quarto do hospital, eu fiquei sabendo do que a Rosé comentou com o Jimin na intenção de fazê-lo reagir e com isso saindo como vítima. — me sento na minha cadeira de frente para a família Park — Você faz ideia da gravidade do que você afirmou para o Jimin, garota?

Me levanto e vou para a janela tentando me acalmar para não usar a voz lupina. Ainda mais ao perceber que ela tenta negar.

— O que ela disse para o Jimin, não afeta somente o meu filho, mas toda a nossa família — volto a me sentar após um tempo.

— O que foi que ela disse ao irmão? — Hyung-Sik questiona intercalando o olhar entre mim e Rosé.

— Darei a oportunidade que ela mesma diga. — cruzo meus braços na frente do peito a encarando. — Vamos, Rosé, repita agora na frente dos seus pais o que você disse para o seu irmão!

— Eu não me lembro de ter falado nada...— bato na mesa fazendo ela dar um pulo na cadeira pelo susto que tomou. — Eu não me lembro, não estou mentindo...

— Então, você não se lembra, não é mesmo? — me levanto e vou até a porta da minha sala chamando os guardas que estão ali. — Levem essa jovem para a cela aqui do lado de fora. Daqui a pouco mandarei te buscar para o interrogatório. Agora vamos almoçar, se quiserem podem tomar um banho e descansar.