Capítulo 56

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Rosé.

Que ódio dessa mania ridícula da sebosa suprema se meter em tudo!

Estava sendo tão fácil manipular os meus pais para deixarem o rejeitado sem a sua companhia durante a gravidez, mas insuportável da minha mãe tinha que passar por cima do meu pedido e falar para líder suprema, e a sebosa tinha que chamar a médica que cuida das aberrações para me examinar.

Eu fiz uso de uma planta para forjar os sintomas da minha gravidez, cheguei até a pensar que fosse morrer de tanto que me senti mal por causa disso, pra ela estragar tudo em apenas algumas horas.

Ainda bem que a doutora me deu a deixa que eu precisava para seguir com meus objetivos, isso me deu ânimo para concluir meu plano, além da minha “situação” garantir uma certa segurança, pois meus pais realmente acreditaram que estou psicologicamente instável, e meu pai é capaz de qualquer coisa para me proteger, infelizmente ainda não posso dizer o mesmo da insuportável da minha mãe... Mas é só uma questão de tempo.

Sei que terei que continuar usando a planta para dar continuidade aos sintomas.

Meu pai é tão manipulável coitado, que conseguiu convencer os líderes a melhorarem minha estada no cárcere, agora meu quarto mais parece uma suíte de luxo, inclusive meus pais ficam comigo a maior parte do tempo, e por eu estar passando mal, não tenho saído para trabalhar. Tenho ficado deitada na minha cama confortável, assistindo série na tv enorme que eles instalaram, além de usar meu celular para estudar melhor sobre meu plano.

Durante às noites, eu escrevo minhas ideias num aplicativo que eu deixo oculto numa pasta aleatória, quando  meus pais precisam ir para seus quartos me deixando finalmente sozinha. Eu aproveito as manhãs, nesses breves momentos livre dos olhares deles para usar a planta que separei cuidadosamente em um potinho junto com meus produtos de banho. Usei um pote de condicionador vazio para guardar as ervas. É preciso somente uma pequena porção para fazer efeito, então, durante o banho matinal eu aproveito para usar.

Ao descermos do carro, eu precisei esforçar muito para não rir da expressão abatida e preocupada do meu pai, que segura minha mão tão cuidadoso enquanto me leva de volta ao meu quarto.

— Não se preocupe, nós cuidaremos de você, tá bom meu amorzinho? — meu pai me deita na cama cheio de cuidados — Você vai tomar seu remédio agora para poder almoçar, já que nem o café da manhã ficou no seu estômago.

Não se enganem pensando que me importo com os idiotas dos meus pais, tudo que eu quero na verdade é ver o maldito filhotinho perdido e rejeitado sofrendo muito, nem que pra isso eu precise fazer algo extremo, é justamente o que farei... Ele não pode ganhar todas, não será tão simples viver sua vidinha de conto de fadas, com borboletinhas e passarinhos voando ao seu redor, enquanto o príncipe canta alegremente... Logo ele estará no chão, de preferência com a cara sufocada na lama... Sem a proteção dos lúpus que lambem o chão por onde ele pisa.

Meu plano ainda está de pé, só preciso ter paciência e aturar os imbecis dos meus pais só mais um pouquinho.

Não vejo a hora de estar bem longe daqui sendo muito feliz ao lado do MEU ALFA LÚPUS!

Sim, meu alfa lúpus, afinal meus pais me criaram para substituir o rejeitado perdido, mas bastou eu colocar meus olhos no deus grego, para que ele surgisse do quinto dos infernos e roubasse meu alfa de mim. Se o Jungkook fosse um monstro de feio, eu nem ligaria, mas como posso aceitar perder um homem lindo desses para a aberração como o Jimin? Logo eu, linda, loira e com um corpo escultural, vou perder para uma ômega macho?

— Aqui minha filha, toma seu remédio — meu pai me entrega um copo de suco e um comprimido — Sua mãe já foi buscar seu almoço. Quer conversar enquanto espera?

— Não, eu queria dormir... — entrego o copo vazio em suas mãos e me ajeito na cama — Não estou com fome, afinal minha cabeça está uma bagunça pai...

— Vai ficar tudo bem minha linda — meu pai beija meus cabelos se deitando ao meu lado — Eu entendo perfeitamente o que você pode estar sentindo, eu sei que está sendo muito difícil pra você toda essa situação que você está vivendo. Vai chegar a sua vez de construir sua família, eu tenho certeza que você será muito feliz também, é só ter um pouquinho mais de paciência.

Escondo meu rosto em seu peito, na verdade rindo, o que fez ele pensar que eu estava chorando, e meu pai fica fazendo carinho em meus cabelos enquanto canta uma canção de ninar... 

— Não dorme antes de almoçar — minha mãe chega no quarto trazendo uma bolsa térmica e começa a colocar os potes sobre a mesa — Vem comer enquanto está quentinho, depois você dorme. Trouxe nosso almoço também amor.

O cheiro da comida está maravilhoso, uma coisa que não posso reclamar, pois a comida daqui é muito boa, e esses dias sem poder comer me deixou faminta.

— Somin me contou que Hoseok também está esperando gêmeos, olha só que fofo, ele e o Jimin terão dois bebês — minha mãe comenta toda feliz, depois me olha como se lembrasse algo muito importante e põe a mão na boca — Desculpe minha filha, eu esqueci completamente, não foi minha intenção te deixar triste, é que eu fiquei tão feliz com a notícia...

— Não se preocupe, não me deixou triste — continuo comendo sem dar importância para sua notícia maravilhosa, afinal não tô nem aí para as aberrações — Pode continuar falando, eu não me importo mesmo.

A partir daí o almoço seguiu no mais absoluto silêncio. Me senti feliz por ela não ter continuado com sua festinha pelos filhotes das aberrações.

Não nego que a informação fez eu pensar melhor nos meus planos, mudando para algo ainda mais sórdido, eles não perdem por esperar, sei que quando estão esperando gêmeos, dificilmente vão até os nove meses, e isso me favorece muito, pois pelo que andei ouvindo pela Alcatéia, é que o meu querido irmãozinho vai ter seus bebês aqui mesmo, sendo assim, é capaz das outras aberrações terem seus filhotes do mesmo jeito, seria ainda melhor pra mim se eles tivessem os bebês no mesmo dia... Aí sim, seria perfeito para os meus planos.

𝙇𝙤𝙗𝙤𝙨 (𝐉𝐢𝐤𝐨𝐨𝐤) Onde histórias criam vida. Descubra agora