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Volteeeei! Mini maratona 1/3
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Juliette fechou a porta do seu apartamento com um suspiro. Passou a mão pelo rosto e jogou a bolsa em cima do sofá, arrastando os pés pelo corredor, mas travou antes que levasse a mão até a maçaneta da porta. Engoliu em seco quando escutou gemidos repetitivos. E eram gemidos masculinos.

Sentindo-se extremamente desconfortável, virou-se de costas e andou pelo corredor até a cozinha. Seu rosto estava se avermelhando sem parar, de tanta vergonha que sentia. Não Conseguiu entrar na cozinha quando a porta do seu quarto se abriu. A atriz pensou em correr para a cozinha, mas uma voz a fez parar.

— Ju? O que...? - a morena virou-se e levou uma mão ao rosto.

— Você poderia ter vestido alguma cueca, Arthur?

Arthur estava na sua frente, completamente nu com o pênis ereto, bem ali. Juliette já tinha visto o pênis de Arthur antes quando eles tentaram fazer sexo uma vez, mas foi apenas um momento ruim, ninguém conseguiu terminar e no final, Juliette saiu do apartamento e só apareceu no dia seguinte.

— Foi mal, mas eu não sabia que você estaria aqui. - o loiro se explicou e Juliette tirou as mãos dos olhos, revirando-os ao ver que ele ainda estava nu e nem ao menos envergonhado. — Achei que fosse dormir no apartamento da Sarah já que passou o dia com ela!

— Arthur...

— Thur? Com que está falando? - uma voz masculina surgiu de dentro do quarto e Juliette arregalou os olhos quando um homem alto, de cabelos negros e um corpo admirável surgiu.

— Ahn... - a atriz travou de olhos arregalados no meio do corredor. O moreno também estava nu, mas graças a Deus, Arthur estava na frente dele e cobria a parte intima do rapaz.

— Bil, essa é a Juliette. - apontou para Juliette que lambeu os lábios e cruzou os braços. Sentia seu rosto ficando cada vez mais quente. — E Ju, esse é o Bil.

O tal de Bil virou para sorrir para Juliette, que sorriu de volta, um sorriso totalmente falso, mas ainda assim, tentou. Bil parecia ser um rapaz legal.

— Oi, Juliette. - o moreno acenou para ela e levou uma mão até a sua área intima, escondendo-a com ambas as mãos.

Ao menos alguém além de Juliette sentia vergonha ali.

— Olá, Bil. - desviou o olhar para Arthur, que tinha um sorriso para o moreno. — Picoli? Posso dar uma palavrinha com você?

O loiro olhou para Acrebiano que sorriu mais uma vez e apontou para o quarto, entrando logo em seguida. Antes que Arthur virasse para Juliette, lhe lançou alguma peça de roupa e o loiro pegou no ar, sorrindo para o rapaz antes que a porta se fechasse. Arthur vestiu uma cueca boxe azul e se aproximou de Juliette, que tinha uma sobrancelha erguida.

— Sim? - ele sorriu para Juliette, que revirou os olhos antes de suspirar.

— Ele parece legal... - a atriz comentou e sentou-se no sofá. Arthur lhe acompanhou sentando-se ao seu lado.

— Ele é. Muito. - Arthur parecia levemente sonhador com um sorriso idiota no rosto. Juliette riu com isso. — E ele é supertranquilo com a nossa situação.

O sorriso de Juliette sumiu e ela arregalou os olhos.

— Como assim?

— Como assim o quê?

— "A nossa situação?". - a morena repetiu lentamente.

— Sim. Eu contei sobre nós dois. - ele apontou para a aliança no dedo de Juliette. — Sobre o casamento.

— Você contou?

— Claro que contei. Ele disse que me ama e eu o amo. Eu precisava contar, precisava confessar isso.

Juliette levou uma mão para a testa e suspirou. — E como ele reagiu? - questionou nervosamente.

Arthur olhou para o corredor antes de virar-se
para Juliette mais uma vez. Seus olhos chocolate cintilaram rapidamente, como se tivessem lhe avisando que o que viria seria bom. Juliette prestou atenção no que estava por vir.

— Ele quer me ajudar. - disse e soltou um suspiro. — Quer nos ajudar com isso. Seu irmão é juiz e seu primo é advogado. Ele pode nos ajudar, Juliette. Você quer entrar nessa?

A morena lambeu os lábios nervosamente.

— Eu quero. - sussurrou apressada e passou a mão pelo cabelo. Suas mãos tremiam. — Mas eu preciso falar com Sarah antes.

Arthur acenou e deixou um sorriso crescer no canto dos lábios.

— Você a ama, né? - seu tom era brincalhão e Juliette deixou uma risada nervosa escapar.

— Eu não sei ainda, mas ela me disse algo hoje que... mexeu comigo.

— O que ela disse?

Juliette soltou um suspiro suave e no final uma risada.

— Que se importa comigo.

Arthur a encarou e soltou um bufo seguido de uma risada.

— Só isso? Achei que tinha confessado que ama você. - zombou e a atriz revirou os olhos.

— Eu sei que não é tanto, mas é pra mim. - soltou um suspiro trêmulo. — Nosso relacionamento não envolvia nada disso e... saber que ela se importa comigo foi diferente pra mim. Achei que ela apenas queria sexo.

— E, aparentemente, ela não quer. - o loiro supôs com um sorriso suave.

— Sim e.. eu sei que ela disse que não evitaria ter sentimentos por mim, mas saber que esses sentimentos estão acontecendo de verdade... Eu não sei... - levou a mão até a testa mais uma vez. — Eu não sei mais o que pensar, quanto menos o que sentir.

— E o que você fez quando ela disse que se importa com você? - o modelo virou no sofá, cruzando as pernas e apoiando o braço nas costas do sofá.

Juliette comprimiu os lábios e tirou a mão da testa.

— Hm... Bem, eu meio que sai correndo. - pigarreou e passou a mão pelo cabelo.

— Poxa, isso que é coragem. - o loiro debochou e a atriz revirou os olhos.

— Eu entrei em pânico. - se explicou choramingando. — Tudo o que queria era voar nela com as pernas abertas e esperar que ela me co...

— Thur? - Bil surgiu na sala completamente vestido e Juliette corou ao lembrar da frase que estava falando antes de ser interrompida.

— Bil. - arthur sorriu para o rapaz que sorriu antes de continuar a falar.

— Meu irmão me ligou e eu tenho que ir agora. - ele avisou e Arthur se levantou rapidamente.

— Aconteceu algo?

— Não, nada demais. Meu pai quer nos ver pelo Skype. - ele sorriu carinhosamente e se inclinou para beijar os lábios de Arthur suavemente. — Te vejo depois.

Arthur o acompanhou até a porta e os olhos de Juliette foram seguindo-o. Ela estava feliz por seu suposto marido. Apesar de estar feliz pelo loiro estar amando alguém que merece, Juliette sentia inveja. Inveja por querer algo parecido. Algo parecido com Sarah.

Ela queria isso.

Just a Pictures - SARIETTE Onde histórias criam vida. Descubra agora