Just a Pictures - SARIETTE

24.

Reapareci! Feliz ano novo! 🤞🏼❤️
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Juliette não entendeu coisa alguma quando Arthur colocou um braço em seu ombro e disse que iriam jantar juntos. Lumena não perguntou e nem levantou os olhos do seu tablet, apenas murmurou algo em consentimento e continuou seu trabalho. Ela entendeu menos ainda quando entraram no carro dele e observou ele dirigindo pelas ruas.

E tudo ficou ainda mais confuso quando o marido parou em frente ao apartamento de Sarah

— Primeiro, o que estamos fazendo aqui? Segundo, como sabe onde Sah mora? - perguntou e virou-se para o loiro que tinha um olhar estranhamente psicopata.

— Ela me ligou mais cedo, pediu para que viéssemos aqui. - abriu a porta e virou para Juliette para terminar de responder. — E eu sempre soube onde ela mora. Todo mundo sabe onde Sarah Andrade mora. Bem, ao menos todos os modelos.

E ele saiu do carro e Juliette ficou ali parada pensando. Picoli acabou de insinuar que todas as modelos que dormiram com Sarah sabiam onde ela morava? Mas Sarah não levava modelos para seu apartamento...

A atriz tratou de segui-lo e o acompanhou até a portaria. O porteiro sorriu para ela, animado. Era um bom senhor e Juliette sempre gostou de como ele a tratava quando chegava aqui. Ele abriu a porta e Arthur lançou um olhar para Juliette. A morena corou e entrou.

Picoli ficou em silencio até que pararam em frente a porta do apartamento de Sarah, ele ia tocar a campainha, mas a atriz pediu para que ele não o fizesse e enfiou a mão na bolsa, catando um chaveiro. Ignorou o olhar acusatório do loiro enquanto abriu a porta da casa da fotógrafa.

— Ah, finalmente! - uma mulher guinchou levantando-se do sofá em um salto. Seus olhos estavam brilhando de animação. Juliette franziu o rosto, não conhecia ela.

Ela tinha o cabelo perfeitamente arrumado e usava um terninho. Não parecia ser o tipo de Sarah.

Zé saiu de cima da poltrona para correr saltando até Juliette, erguendo-se com as patas na perna da morena, que riu e se abaixou para pegá-lo no colo.

— Faz tempo que não o vejo, rapazinho. - o pug lambeu sua bochecha, fazendo-a soltar uma gargalhada.

— Vejo que ele foi o primeiro a beijá-la. - sarah se aproximou com um sorriso e as mãos no bolso.

Juliette perdeu o fôlego por alguns segundos. A loira usava uma calça social preta e uma camisa social branca, usava saltos e seu cabelo estava preso no alto da cabeça. Mas o mais perfeito de tudo, era os óculos que usava sobre o nariz. Sarah Andrade era extremamente sexy, mas quando colocava os óculos de grau, seu grau de sensualidade aumentava consideravelmente.

Zé latiu sentindo-se excluído e lambeu o rosto da morena, que acordou do seu torpor. Sarah lhe lançava um sorriso divertido.

— Agora que já fizeram sexo pelos olhos. - arthur interrompeu e Juliette revirou os olhos, colocando o pug no chão, vendo-o correr até a fotógrafa, que o ignorou. — O que viemos fazer aqui?

O sorriso de Sarah sumiu.

— Eu sei como ajudá-los, ao menos, em parte. - apontou para a mulher estranha que sorriu para Juliette quando ela virou-se para ela. — Essa é Gizelly Bicalho. Ela é advogada, empresária e publicitária.

— Nossa! - o loiro assobiou e soltou uma risada enquanto se jogava no sofá. Zé subiu ao seu lado e lhe encarou suspeitosamente. — Mil em uma.

Gizelly deu de ombros e um sorriso presunçoso curvou-se em seus lábios.

— Eu apenas estudei demais. - dá de ombros mais uma vez.

— Bem, tanto faz. - Sarah cortou antes que ele falasse alguma coisa. Aproximou mais um pouco de Juliette, entorpecendo-a com seu cheiro, colocando a mão no meio das suas costas. — Eu mostrei o contrato de vocês para Gizelly e ela fez algumas observações.

Os olhos da atriz vão para a advogada que estava sentada na poltrona com um papel em mãos.

— Primeiramente... esse contrato pode ser alegado como falso. - ela mostrou o contrato e Arthur pareceu chocado. — Vocês foram, claramente, obrigados a assinar isso. Então quer dizer que não estão de acordo com o que tem aqui e nem estavam claramente conscientes do que aconteceria. Então, tem como livrá-los disso.

Juliette não entendeu exatamente como se sentiu, ela olhou para Sarah, que lhe lançava um sorriso suave e sexy. E ela sentiu-se corajosa por estar ali ao lado da fotógrafa. Mas então algo lhe surgiu...

— Mas eles estariam prontos para isso. - comentou lançando um olhar para o marido que ergueu a cabeça para ela. Ele estava tendo o mesmo pensamento que ela.

Lumena e Projota tinham alguma coisa na manga. Sempre tinham. Apenas para o caso disso acontecer.

— Ela fala a verdade. - Arthur murmurou e virou-se para Sarah antes de voltar-se para Gizelly. — Ju contou para Sarah sobre as ameaças? Se ela contou, tenho certeza que a Andrade lhe disse.

Gizelly soltou um suspiro e jogou o contrato em cima da mesa de centro, entrelaçando os dedos.

— Eu não sei o que fazer quanto a isso. - ela confessa e Juliette sente toda a sua esperança sumir.

A mão de Sarah em suas costas vai para a sua cintura, apertando a lateral do seu corpo. Como se lhe passasse confiança. E ela lhe lançou um olhar agradecido. Ela precisava de Sarah agora, e não ia negar nenhum carinho que a fotógrafa lhe desse. Mesmo sentindo uma sensação estranha em seu estômago.

— Nós poderíamos tentar processar. - a fotógrafa sugeriu e olhou para a advogada com um olhar curioso. — Podemos?

A doutora a olha por alguns segundos, parecendo pensativa.

— Sim, nós podemos, mas não acho que seria
inteligente colocar Picoli e Freire para fazer isso. - ela diz apontando para Juliette e Arthur, que suspiram ao mesmo tempo, sentindo-se derrotados. Então Gizelly se levanta da poltrona. — Eu preciso ir, Sarah. Tenho que chegar em casa antes das sete.

Sarah acena rapidamente e solta Juliette, andando até a advogada e dando-lhe um abraço. A atriz cruza os braços e olha para Arthur, que tinha um olhar atento no contrato.

— Projota comentou uma vez que já teve outros clientes. - o loiro murmurou curiosamente depois que Gizelly tinha saído. Sarah estava fechando a porta quando ele continuou falando. — Pode até ser blefe, mas eles não seriam tão bons no ramo se não tivessem tido outros.

— Então devemos procurar os outros? - a fotógrafa indaga ao se aproximar de Juliette. Picoli levantou do sofá e deu de ombros.

— Bicalho disse que Ju e eu não podemos fazer isso, então a opção seria procurar outros clientes e fazer com que eles processassem. - ele enfia as mãos no bolso. — Eu vou indo. Juliette?

— Sim? - a morena estava tão perdida em
pensamentos que se assustou ao ouvir seu marido lhe chamando.

— Vai passar a noite aqui? Se for eu vou para a casa do Bil. - seus olhos praticamente imploravam para que Juliette dissesse que sim.

A atriz deu de ombros e passou a mão pelo cabelo, jogando algumas mechas para trás do ombro.

— Pode ser.

Arthur acenou e sorriu para Sarah antes de se encaminhar até a saída. Juliette observou Sarah abrir a porta com Zé lhe seguindo pelos calcanhares. Ela fechou a porta e virou-se para Juliette com um sorriso suave.

— Agora nós podemos conversar. - a fotógrafa murmura e Juliette acena lentamente sentando-se no sofá.