Jade
Eu observei Feyre tentar acender um pavil de vela, eu estava ao longe, ela não me viu.
Estava tranquilo até que...
Uma criatura surge, a agarrando por trás, eu caí do galho da árvore onde estava, de encontro a neve.
Mas que merda...
— Se gritar, eu te mato. -ele sibilou.
Não sabia como havia ouvido de tão longe.
Ah mas não vai.
— Feyre, abaixe! -grunhi sacando a pistola.
Ela obedeceu, a criatura girou o olhar em minha direção, o disparo soou explodindo entre a neve e o vento frio, e a criatura tombou sua cabeça para trás, sendo atingido em cheio pela bala de prata e freixo, com verbena.
Ele soltou Feyre de imediato, cambaleando, batendo as asas para tentar escapar, mesmo que iria morrer.
A cabeça dele é repleta de protuberâncias duras, a bala deve ter se alojado no crânio, o freixo deve estar fazendo o seu trabalho.
— Ah mas você não vai fugir não. -falei.
Puxei uma pequena esfera de meu bolso, puxando com os dentes o pino dela.
Eu a lancei na direção da criatura, a esfera de partiu em duas, com cordas de de fios de aço.
As cordas se agarraram às asas da criatura, as duas pontas da esfera se encontraram, se chocando e se unindo com seu imã, celando o nó.
A criatura foi ao chão com o impacto, com as asas amarradas.
Feyre me encarou pasma, ofegante.
Eu caminhei lentamente até a ciratura, sem qualquer medo.
— Achou mesmo que iria pegar minha irmã? Criatura asquerosa. -pisei em sua cabeça, a afundando pouco na neve.
Feyre ofegou, era a primeira vez desde que a vi que eu a chamava de irmã de forma nua e crua.
— Tenha piedade. —sibilou a criatura— meu crânio queima.
— É pouco, muito pouco. -ciciei.
— Tenha piedade, você é humana.
Eu sorri.
— Sou uma humana. —concordei— sem um pingo de humanidade.
Eu atirei em sua costela e ele rugiu de dor.
Rhysand surgiu e ouvi Feyre murmurar...
— Sabia que ele viria atrás de mim.
É hoje que teremos grão-senhor no espeto.
Ela começou uma discussão com ele e saiu furiosa para o palacete.
Azriel pousou na neve com graça e poder.
— Deixe que cuido dele. -sua voz era fria.
— Disso? —afundei mais a cabeça da criatura que urrou de dor— eu cuido dele.
— Você não...
Eu fiquei com o rosto a centímetros do de Azriel, nossas respirações se mesclando em nuvens geladas de ar.
— Eu não gosto de ser contrariada.
— É meu dever torturar.
A criatura tremeu ao ouvir aquilo.
— Não está na corte noturna, está nas terras humanas, está na propriedade de minhas irmãs, minha propriedade, e quem dita as regras aqui já que elas não se importam, sou eu. -ciciei.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Corte De Névoa E Vidro
FantasyJade Archeron, a mais nova dentre as três irmãs Archeron, a sonhadora cheia de vida e alegria, tem sua vida mudada completamente quando sua irmã é levada por uma besta horrenda feérica, sendo praticamente "rejeitada" pelas irmãs ela se vê em busca d...