Capítulo 11

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Jade

— Isso é um bilhete? -questionou Azriel.

Eu peguei o bilhete que escrevi.

— Olá, seu miserável, desgraçado, mando este bilhete para lhe dizer que sua missão falhou, e que agora, você vai se fuder na minha mão, seu filho da puta, mecheu com a mulher errada, e uh, que vacilo, não queria estar em sua pele, porque na minha mão você vai comer o pão que eu amassei, espero que goste do presente que phe enviei, deu muito trabalho para selecioná-lo de minha coleção, um abraço, cheio de veneno,  espero que vá para a puta que pariu e queime no fogo do inferno, e pelo o que depender de mim, você vai, lhe desejo tudo de mal nessa vida e aviso, minha guerra com você começou, tenha um bom dia. -li o bilhete.

Eu o encarei.

— Achei bem expressivo e poético, não achou? -pisquei inocente.

— Claro. -ele disse irônico.

Eu peguei a caixa de presente embrulhada com um laço cor de rosa.

— A caixa está até que bonita, e eu usei a caixa que é revestida, não dá para ele sentir o cheirinho do sangue. -falei.

Eu abri a caixa e pus o bilhete bem bonitinho na boca do Attor.

— Vamos entregar! -fechei a caixa, batendo palminhas.

— Você e essa sua insistência em ir. -ele me encarou.

— Acha que o presente é só esse? —questionei, pondo minhas criações na cintura— o rei também vai ter outra surpresinha.

E ele nos atravessou.

Azriel me segurou em seu colo quando caímos no céu, me apertando firme contra si.

Eu segurei bem a caixa, e mais a baixo pude ver o castelo de hiberny.

O illyriano pousou comigo.

— Faça o que tiver de fazer, vou ficar de olho nos guardas. -falou.

Eu assenti, pondo a caixa no chão, diante do muro do castelo.

Eu tirei uma das latinhas de spray de minha cintura.

O maior erro do rei não foi só se meter com Feyre, o maior erro dele foi ter se metido com a irmã de um adolescente rebelde e sem paciência, e o principal...

Louca.

Apertei o pequeno botão e a tinta começou a sair enquanto eu desenhava, sem fazer o menor ruído.

Gastei cinco latinhas inteiras para terminar o desenho.

Vandalismo nunca foi tão bom.

Eu peguei a caixa, correndo e a pondo na porta do castelo, batendo fortemente na porta antes de sair correndo outra vez.

Encontrei Azriel, que me puxou para si e se lançou ao céu comigo em seus braços, se escondendo nas nuvens.

— O que fez naquela parede? -questionou ele.

— MALDIÇÃO!!! -Ouvi alguém rugir, o rei.

Eu sorri inocente e apontei.

Azriel olhou para baixo, vendo nitidamente o rei de hiberny com a cabeça do Attor nas mãos, diante do muro que pixei.

Onde havia um grande e detalhado desenho, a cabeça do rei com um pau na boca, e eu com o pé em cima da mesma, em um trono, com uma perna no braço do trono e a outra abaixada para manter a cabeça no lugar, segurando minhas pistolas com as mãos, com a coroa dele na cabeça, um sorriso diabólico nos lábios e meus olhos cobertos por dois grandes X azul e rosa, a pintura completa era nessas cores, azul e rosa fluorescentes.

Corte De Névoa E VidroOnde histórias criam vida. Descubra agora